Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro | Setembro 2024
No acumulado de 2024, a corrente de comércio brasileira totalizou US$ 400 bilhões. Esse valor tem origem nos US$ 227 bilhões referentes à exportação, valor que representa uma estabilidade em relação ao ano anterior, e nos US$ 173 bilhões referentes à importação, número 7% superior à 2023. Tais valores resultaram em um saldo comercial positivo de US$ 54,1 bilhões.
Em relação ao Rio de Janeiro, o estado se manteve como segundo maior player na corrente de comércio nacional, com uma corrente de comércio de US$ 49,3 bilhões, o que representa um aumento de 6% frente ao mesmo período de 2023 e uma participação de 12% em relação à corrente nacional.
Entre os meses de janeiro e agosto de 2024, as exportações do estado do Rio totalizaram US$ 31,1 bilhões, crescimento de 6% em relação ao ano anterior. Esse avanço deve-se, em parte, ao acréscimo de 12% nas vendas internacionais da indústria de Produtos Químicos (US$ 261 milhões), o qual foi consequência do aumento de 21% das exportações de polímeros de etileno, propileno e estireno (US$ 84,1 milhões).
Por outro lado, vale ressaltar a retração de 12% nas exportações da indústria de Produtos de borracha e de material plástico (US$ 215 milhões), consequência da diminuição de 12% nos embarques de pneumáticos (US$ 166 milhões), principalmente para o mercado da Alemanha (US$ 1,3 milhão).
Com relação às importações fluminenses, o acumulado anual totalizou US$ 18,2 bilhões, apresentando um crescimento de 5%. Reflexo do incremento de 36% da terceira principal indústria, Máquinas e equipamentos (US$ 1,6 bilhão), que pode ser explicada pelo aumento de 240% na compra de bombas, compressores e ventiladores (US$ 349 milhões) e de 22% de rolamentos e engrenagens (US$ 344 milhões). Além disso, é possível destacar a redução de 28% de bens de consumo duráveis (US$ 318 milhões), que está também relacionada ao decréscimo de 2% da indústria de Veículos automóveis, reboques e carrocerias (US$ 857 milhões).
Entre os meses de janeiro e agosto de 2024, houve uma variação positiva de 8% das exportações de óleos brutos de petróleo do estado do Rio de Janeiro, totalizando US$ 24,4 bilhões. Reflexo do aumento de 61% das vendas desse produto para a Espanha (US$ 3,1 bilhões), segundo maior parceiro do estado com relação a esse tipo de operação, ocupando 13% de participação.
Quanto às importações fluminenses, o estado atingiu US$ 1,9 bilhão, apresentando um cenário de estabilidade se comparado ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, cabe ressaltar o acréscimo de 11% dos desembarques de óleos brutos de petróleo com origem na Arábia Saudita (US$ 1,4 bilhão), principal fornecedor desse produto para o Rio.
No comércio exclusive petróleo, as exportações fluminenses totalizaram US$ 6,8 bilhões, apresentando um recuo de 0,4%. Essa diminuição decorreu da redução nos embarques para sete dos dez principais parceiros comerciais do estado. Entre esses, vale ressaltar o decréscimo de 12% das vendas para os EUA (US$ 2,4 bilhões), especialmente a retração de 29% de produtos semimanufaturados de ferro ou aços (US$ 1,4 bilhão).
Em contrapartida, observou-se um aumento nas exportações destinadas à União Europeia (US$ 626 milhões) e à Ásia (US$ 2,2 bilhões), com variações de 15% e 54%, respectivamente. Destaque para o aumento de 85% de vendas para Singapura (US$ 1,5 bilhão), segundo maior parceiro desse tipo de operação com o estado, contando com a influência do acréscimo de mais de 1000% do comércio de bombas, compressores e ventiladores.
Já no que se refere às importações fluminenses exclusive petróleo, o acumulado anual totalizou US$ 16,3 bilhões, apresentando um aumento de 5%. Resposta do aumento de desembarques de produtos de origem de cinco das seis principais áreas de comércio com o estado, com destaque especial para USMCA (US$ 6 bilhões) e União Europeia (US$ 3,7 bilhões). Isso pode ser reflexo do acréscimo de 14% das compras do estado oriundas dos EUA (US$ 5,8 bilhões) e de 10% dos desembarques provenientes da Alemanha (US$ 986 milhões), países que representam duas das três principais origens das importações exclusive petróleo fluminenses.
Esse aumento pode estar relacionado ao incremento de 88% na importação de tubos de ferro fundido, ferro ou aço (US$ 163 milhões) de origem alemã, e de 37% em partes de motores e turbinas para aviação (US$ 1,9 bilhão) de origem estadunidense.
Setembro 2024