Panorama geral
Entre os meses de janeiro e outubro de 2024, o Brasil acumulou um saldo comercial de US$ 63 bilhões. Tal valor é consequência dos US$ 284 bilhões em exportações e US$ 221 bilhões em importações. No que se refere ao Rio de Janeiro, a corrente de comércio fluminense alcançou o valor de US$ 61 bilhões, se mantendo como segundo maior player na corrente de comércio nacional. Em paralelo, o estado registrou um saldo comercial de US$ 14,3 bilhões.
No acumulado anual de 2024, as exportações do estado do Rio de Janeiro totalizaram US$ 37,7 bilhões, valor que representa uma diminuição de 3% se comparado com o mesmo período de 2023. Esse recuo pode ser explicado em parte pela redução de 29% na indústria de Metalurgia (US$ 2,2 bilhões).
Por outro lado, houve um crescimento de 93% nas vendas internacionais da indústria de Outros equipamentos de transporte (US$ 867 milhões), impulsionado pelos embarques de plataformas de perfuração, que totalizaram US$ 563 milhões em 2024 e não registraram valores em 2023, com destaque para os envios para o mercado de Singapura e Estados Unidos.
Já no que se refere às importações fluminenses, constatou-se crescimento de 8%, resultando em um total de US$ 23,3 bilhões. Esse aumento reflete o acréscimo na indústria de Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (US$ 1,2 bilhão), que registrou uma variação positiva de 20% nos desembarques, impulsionada pelo aumento de 4% nas compras internacionais de medicamentos para medicina humana e veterinária (US$ 897 milhões), principalmente para mercados europeus como Polônia, França e Itália.
Vale destacar também o crescimento de 11% nas importações da indústria de Equipamentos de informática e produtos eletrônicos (US$ 783 milhões), influenciado pelo aumento de 15% nos desembarques de instrumentos e aparelhos de medida (US$ 395 milhões).
De janeiro a outubro de 2024, as exportações fluminenses de petróleo alcançaram US$ 29,5 bilhões, representando uma variação negativa de 2% se comparado ao mesmo período de 2023. Consequência do recuo de 7% nas vendas para a China (US$ 13,6 bilhões), principal parceiro do estado nas exportações petrolíferas. Em contrapartida, cabe ressaltar o avanço em 91% e 54% nos embarques com destinos à Índia (US$ 966 milhões) e Espanha (US$ 3,6 bilhões), respectivamente.
Em paralelo, houve uma estabilidade nas importações de petróleo do estado do Rio, totalizando US$ 2,4 bilhões. Apesar do cenário, é importante destacar o aumento de 12% nas compras com o principal fornecedor fluminense, a Arábia Saudita, totalizando US$ 1,7 bilhão. Por outro lado, as importações da Guiana (US$ 650 milhões; 28%) recuaram 22%.
No acumulado anual de 2024, as exportações fluminenses exclusive petróleo alcançaram US$ 8,2 bilhões, valor que apresenta um recuo de 4%. Esse quadro pode ser explicado pela diminuição de 15% nos embarques para os EUA (US$ 2,9 bilhões), principal parceiro do estado nesse tipo de transação, reflexo do decréscimo de 28% das vendas para o país de produtos semimanufaturados de ferro ou aços (US$ 1,7 bilhão).
Apesar desse cenário, vale destacar o aumento de 33% nas exportações para a Ásia (US$ 2,4 bilhões), principalmente para Singapura (US$ 1,5 bilhão), Filipinas (US$ 119 milhões) e China (US$ 586 milhões). As vendas de bombas e compressores registraram alta superior a 1000% em Singapura (US$ 322 milhões) e 56% nas Filipinas (US$ 1,8 milhão), enquanto as exportações de óleos e combustíveis para a China cresceram mais de 1000%, totalizando US$ 252 milhões.
Já com relação às importações fluminenses de produtos exclusive petróleo, o estado registrou US$ 21,0 bilhões, crescimento de 9% impulsionado pelo aumento das compras internacionais fluminenses originadas em cinco das seis principais áreas do comércio parceiras. Destaca-se o acréscimo de 10% nos desembarques de origem dos países da Aladi (US$ 2,3 bilhões), com destaque para o crescimento de 25% de compras devindas da Argentina (US$ 475 milhões), 19% do México (US$ 621 milhões) e 16% do Chile (US$ 517 milhões).
Da Argentina, o aumento foi puxado pelo avanço de 67% das importações de veículos de carga (US$ 254 milhões); do México, pelo acréscimo de 39% em partes e peças para veículos automóveis e tratores (US$ 149 milhões); e do Chile, pelo crescimento de 20% em catodos de cobre e seus elementos (US$ 413 milhões). Além disso, é importante destacar o aumento de 16% dos desembarques vindos da USMCA (US$ 7,6 bilhões), especialmente dos EUA (US$ 7,4 bilhões), principal parceiro do estado, com uma variação positiva de 35% nas compras de partes de motores e turbinas para aviação (US$ 2,4 bilhões).
Novembro 2024