Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro - Abril 2021
A balança comercial do estado do Rio de Janeiro registrou um superávit de US$ 1,6 bilhão entre janeiro e março de 2021. Este cenário é reflexo das exportações, que somaram US$ 6,2 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 4,6 bilhões. A corrente de comércio fluminense somou US$ 10,8 bilhões no período, permanecendo como o segundo player entre os estados com maior fluxo internacional na corrente de comércio brasileira, atrás apenas de São Paulo.
Ao longo do mês de abril, foi divulgada uma alteração na metodologia de dados do Ministério da Economia na Nota Técnica SITEC n° 01/2021/ME. Em decorrência disto, não foi possível a inclusão dos índices de Preço e Quantum nesta edição do Boletim Rio Exporta.
No acumulado anual, as exportações fluminenses recuaram 7% frente ao mesmo período de 2020, consequência da queda de 5% nas vendas de produtos básicos (US$ 4,8 bilhões) e de 31% nos embarques de produtos manufaturados (US$ 846 milhões). Em relação às indústrias, o setor de Petróleo e gás natural (US$ 4,7 bilhões) permaneceu como principal expoente das vendas do estado com uma participação 76% no total. Pode-se destacar também o avanço de 24% nas exportações da indústria de Metalurgia (US$ 585 milhões), reflexo do incremento de 46% nas vendas de produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 540 milhões), e o crescimento de 12% nos embarques de Máquinas e equipamentos (US$ 92 milhões), consquência do aumento de 191% nas exportações de torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes (US$ 64 milhões).
No tocante às importações do estado do Rio de Janeiro, as compras fluminenses tiveram recuo de 39% no acumulado anual, somando US$ 4,6 bilhões. Este cenário foi consequência do retrocesso de 17% nos desembarques de bens de intermediários e matéria-prima (US$ 2,2 bilhões) e queda de 74% nas importações de bens de capital (US$ 1 bilhão). Em relação às indústrias, destaca-se o crescimento de 62% nas compras de Coque e biocombustíveis (US$ 308 milhões) e o avanço de 36% nas importações de Produtos químicos (US$ 353 milhões). Já dentre os produtos, é possível ressaltar a diversificação na pauta importadora fluminense sendo que 39% do total foi representado por Demais produtos (US$ 1,8 bilhão), ou seja, a soma dos outros produtos além dos 10 principais de maior valor nas compras fluminenses. Por fim, houve o crescimento de 8% nas importações de produtos da Lista Covid-19, principalmente das compras fluminenses de outras vacinas para medicina humana (US$ 78 milhões) que avançaram 112% no acumulado anual.
Quanto ao comércio de petróleo, as exportações fluminenses registraram US$ 4,7 bilhões, com uma retração de 6% em comparação ao mesmo período de 2020. O principal destino das vendas de petróleo do estado do Rio de Janeiro foi a China (US$ 3 bilhões), com um aumento de 7% frente ao ano anterior. Em paralelo, o Chile (US$ 390 milhões), foi o segundo maior destino das vendas fluminenses, consequência do crescimento de 111% nos embarques para o país. Também é possível destacar as exportações para a Coreia do Sul (US$ 192 milhões) que atingingiram a maior variação, totalizando um aumento de 145%. No âmbito das importações, o estado do Rio comprou óleos brutos de petróleo de um único fornecedor, a Arábia Saudita, somando um total de US$ 192 milhões, apesar da redução de 40% nos desembarques.
Em relação às exportações exclusive petróleo, houve uma contração nas exportações de 9%, totalizando US$ 1,5 bilhão no acumulado anual. Os EUA (US$ 663 milhões) foram o principal destino das exportações exclusive petróleo fluminense, com participação de 44% no total. Destacam-se também as vendas de produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 467 milhões) para o mercado estadunidense. Entre as áreas econômicas parceiras do estado do Rio, é possível ressaltar as exportações fluminenses para o Mercosul (US$ 229 milhões) que avançaram 9% no acumulado anual, consequência do crescimento de 38% nos embarques com destino à Argentina (US$ 188 milhões).
Já as importações fluminenses exclusive petróleo recuaram 39% somados os meses de janeiro à março, totalizando o valor de US$ 4,4 bilhões. Em relação às áreas econômicas parceiras, houve um recuo de 56% nas compras fluminenses com origem na Ásia, reflexo da queda de 88% nas importações vindas da China (US$ 248 milhões). Em contraponto, outros países se destacaram na pauta importadora fluminense, entre eles: Japão (US$ 535 milhões; avanço de 57%), Singapura (US$ 154 milhões; crescimento de 795%) e Coreia do Sul (US$ 55 milhões; incremento de 97%). Por fim, ressalta-se também o crescimento das importações fluminenses junto às áreas econômicas latino-americanas, sendo avanço de 48% com o Mercosul (US$ 179 milhões) e de 28% das compras com a Aladi (US$ 297 milhões).