Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro - Agosto 2021
No acumulado anual de 2021, a balança comercial do estado do Rio de Janeiro apresentou superavit de US$ 6,2 bilhões. No período, as exportações somaram US$ 17,8 bilhões enquanto as importações registraram US$ 11,6 bilhões, representando uma corrente de comércio de US$ 29,4 bilhões. Este resultado fez com que o estado do Rio de Janeiro permanecesse como o segundo player entre os estados com maior fluxo internacional na corrente de comércio brasileira, atrás apenas de São Paulo.
Entre os meses de janeiro a julho de 2021, as exportações fluminenses tiveram crescimento de 25% frente ao mesmo período do ano anterior. Este cenário reflete o avanço de 27% nas vendas de produtos básicos, consequência do aumento de 26% nos embarques da indústria de Petróleo e gás natural (US$ 13,4 bilhões). Destaca-se também o crescimento de 47% nas vendas de Metalurgia (US$ 1,6 bilhão), consequência do avanço de 71% nos embarques de produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 1,4 bilhão), e a alta de 45% de Veículos automotores (US$ 322 milhões), devido ao incremento de 138% nas vendas de veículos de carga (US$ 100 milhões).
As compras fluminenses, no acumulado anual, mantiveram-se estáveis, quando comparadas ao mesmo período de 2020, recuando 0,1%. Em relação às indústrias fluminenses, é possível destacar a diversificação da pauta importadora do estado devido ao crescimento de 52% nas importações das Demais indústrias (US$ 2,1 bilhões), ou seja, a soma das outras indústrias exceto as 10 principais de maior valor. Em relação aos produtos, houve avanço superior a 1000% na importação de energia elétrica (US$ 834 milhões), que representou 7% das compras totais. Na mesma linha, as compras de partes e peças de aviões e outros veículos aéreos (US$ 246 milhões) registraram incremento de 138% no período, atingindo 2% do total.
No que se refere ao comércio de petróleo, as exportações fluminenses registraram US$ 13,4 bilhões, crescimento de 26% em comparação ao ano de 2020. Os embarques para a Coreia do Sul (US$ 738 milhões) registraram o maior crescimento (315%), seguido pelas vendas para o Chile (US$ 737 milhões), que cresceram 128%. Em paralelo, a China (US$ 7,1 bilhões), foi o principal destino das exportações fluminenses, representando 53% do total. No que se refere às importações, o estado do Rio aumentou em 61% suas compras de petróleo estrangeiro, somando US$ 1,1 bilhão e tendo como fornecedores a Arábia Saudita (US$ 932 milhões) e o Iraque (US$ 168 milhões).
Em relação ao comércio exclusive petróleo, as exportações tiveram crescimento de 23%, somando US$ 4,4 bilhões no acumulado anual. Este cenário foi consequência do aumento de 14% nas vendas fluminenses com destino aos EUA (US$ 1,9 bilhão), dado o aumento de 76% nas vendas de produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 1,2 bilhão) para o país. No tocante às áreas econômicas, o USMCA (US$ 2 bilhões) permaneceu como o principal parceiro das exportações do estado do Rio, com incremento de 14% no período. Também é possível destacar o avanço de 86% nas vendas com destino ao Mercosul (US$ 675 milhões), reflexo do crescimento de 123% nos embarques para a Argentina (US$ 565 milhões).
Quanto às importações exceto petróleo, os desembarques do estado do Rio recuaram 4%, registrando US$ 10,5 bilhões. O USMCA (US$ 3,7 bilhões), principal origem das importações fluminenses, foi responsável por 34% dos desembarques no período. Em paralelo, as importações oriundas do Mercosul (US$ 1,3 bilhão) registraram crescimento de 508%, dado o incremento acima de 1000% nas compras originárias do Paraguai (US$ 797 milhões). Em contraponto, houve recuo de 77% nas importações da China (US$ 584 milhões), que representou 6% do total. Em relação aos produtos da Lista Covid-19, as importações fluminenses registraram a soma de US$ 861 milhões, crescimento de 8% no acumulado anual. O principal produto da Lista foi outras vacinas para medicina humana (US$ 149 milhões) com um incremento de 113%.
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