Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro - Julho 2021
No primeiro semestre de 2021, o estado do Rio de Janeiro registrou uma corrente de comércio de US$ 25 bilhões, crescimento de 10% frente ao mesmo período de 2020. A balança comercial fluminense somou US$ 15,3 bilhões em exportações e US$ 9,7 bilhões em importações, gerando um saldo comercial superavitário de US$ 5,5 bilhões. O desempenho do acumulado anual garantiu novamente ao Rio a segunda posição no ranking dos estados com maiores fluxos internacionais de comércio, mantendo-se atrás apenas de São Paulo.
As exportações fluminenses avançaram 27% no período, reflexo do aumento de 30% nas vendas de produtos básicos (US$ 11,8 bilhões; 77% do total) e de 72% de produtos semimanufaturados (US$ 1,3 bilhão; 8% do total). Cabe destaque para o incremento de 50% nos embarques da indústria de Veículos automotores, reboques e carrocerias, ocasionado pelo aumento da demanda argentina por automóveis de passageiros. As vendas de torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes aumentaram 163%, impulsionando as exportações do setor de Máquinas e equipamentos (US$ 213 milhões).
As importações do estado do Rio reduziram 9% no acumulado anual, como resultado da retração de 66% nas compras de bens de capital (US$ 1,4 bilhão), responsável por 15% das encomendas do estado. As aquisições da indústria de Outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores, que detém a maior participação nas importações fluminenses (23%), registraram queda de 45%, com destaque para redução de 74% nas compras de plataformas de perfuração (US$ 611 milhões). Em contrapartida, os desembarques de partes e peças de aviões (US$ 214 milhões) e veículos de carga (US$ 159 milhões) aumentaram 145% e 121%, respectivamente.
Em relação ao comércio de petróleo, as exportações do estado do Rio cresceram 30% quando comparadas ao mesmo período do ano anterior, atingindo o valor de US$ 11,6 bilhões. Os embarques para a China, principal destino das exportações fluminenses de óleos brutos de petróleo, aumentaram 16% (US$ 6 bilhões). Também cabe destaque para o acréscimo de 315% nas vendas para a Coreia do Sul (US$ 738 milhões); 125% para o Chile (US$ 580 milhões) e 107% para a Índia (US$ 953 milhões). Com relação às importações de petróleo, houve aumento de 16% no período, totalizando US$ 724 milhões. Esse resultado é reflexo da alta de 6% nas compras provenientes da Arábia Saudita (US$ 597 milhões) e de 117% do Iraque (US$ 128 milhões).
Quanto ao comércio exclusive petróleo, os embarques do estado do Rio cresceram 20% no período, registrando o valor de US$ 3,7 bilhões. As exportações para a Argentina (US$ 496 milhões) apresentaram crescimento de 135%, com destaque para as vendas de automóveis de passageiros (US$ 95 milhões) e produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 194 milhões). Houve aumento de 90% nas vendas fluminenses para o Mercosul (US$ 589 milhões), no entanto, o USMCA (US$ 1,7 bilhão) permaneceu como a principal área de destino das exportações fluminenses, com participação de 41%.
Já nas importações, o Rio registrou retrocesso de 10% (US$ 9 bilhões), devido, principalmente, à redução de 7% dos desembarques provenientes dos Estados Unidos (US$ 2,9 bilhões) e de 79% da China (US$ 511 milhões).
No que se refere aos índices de Preço e Quantum no acumulado anual, observou-se que o setor de Móveis registrou crescimento de 70% no índice de Preço, seguido por Metalurgia, com aumento de 61%. Em paralelo, no índice Quantum, o setor de Impressão e reprodução de gravações cresceu 911%, enquanto Móveis contraiu 39%.