Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro - Por regiões
O estado do Rio de Janeiro, sem considerar a capital, somou uma corrente de comércio de US$ 31,4 bilhões, avanço de 1% frente ao ano anterior. Nas exportações, o estado registrou US$ 15,3 bilhões, retrocesso de 21%, enquanto houve crescimento de 37% nas importações fluminenses, que somaram US$ 16 bilhões no ano de 2020. Tal cenário representou um saldo comercial deficitário em US$ 704 milhões.
Vale observar que o critério para as exportações por municípios é diferente daquele utilizado nas exportações por Unidades da Federação, pois este considera o domicílio fiscal da exportadora (e não o estado produtor). Logo, o total computado (de um mesmo período) para a exportação por UF não será idêntico à soma das exportações dos municípios daquela determinada unidade da Federação.
Ao longo do ano de 2020, as empresas localizadas em Caxias e Região somaram uma corrente de comércio de US$ 11,4 bilhões, queda de 17% comparando ao ano anterior. As exportações da região totalizaram US$ 9,2 bilhões, sendo a China o principal destino, representando 54% deste valor. Entre os municípios, cabe destaque para Duque de Caxias, que registrou US$ 9,2 bilhões em exportações. Entre os produtos exportados pela região, as vendas de óleos brutos de petróleo somaram US$ 8,1 bilhões, recuo de 9% comparado ao ano anterior.
Em relação às compras das empresas de Caxias e Região, as importações em 2020 recuaram 34% comparadas ao ano anterior, totalizando US$ 2,1 bilhões. Os principais munícipios importadores foram Duque de Caxias (US$ 1,5 bilhão) e Belford Roxo (US$ 642 milhões). A Arábia Saudita (US$ 921 milhões) foi o principal parceiro das compras da região com um preço médio de US$ 0,35. O principal produto importado pela região foram óleos brutos de petróleo (US$ 1 bilhão), com recuo de 44% frente ao ano anterior.
Em 2020, a corrente de comércio da região Centro-Norte Fluminense registrou queda de 29%, totalizando US$ 28,3 milhões. Em relação aos embarques, a região somou US$ 3,2 milhões, representando um recuo de 14%. O Paraguai está entre os principais parceiros (US$ 1,3 milhão), representando o destino de 40% das exportações da região. Já entre os municípios, destaca-se Nova Friburgo (US$ 1,3 milhão) como principal exportador e Cachoeiras de Macacu (US$ 715 mil), que teve crescimento de 123% nas exportações comparado ao ano anterior. Por fim, a região registrou o avanço de 862% nas vendas de cervejas de malte em 2020.
Nas importações, a região somou US$ 25,1 milhões, representando um recuo de 31%. Entre os municípios, Macuco se destaca com US$ 9,2 milhões, cujas compras atingiram um preço médio de US$ 1,20. Apesar da queda de 8% em relação a 2019, a Argentina (US$ 7,6 milhões) foi a principal origem das importações da região Centro-Norte Fluminense. Entre os produtos, destacam-se as compras de máquinas de lavar louça (US$ 2,1 milhões), que cresceram 634% frente ao ano de 2019.
As empresas do Centro-Sul Fluminense somaram uma corrente de comércio de US$ 158 milhões, sendo US$ 53 milhões em exportações e US$ 105 milhões em importações. Destacaram-se as vendas da região para países da América do Norte, principalmente para os EUA (US$ 34,5 milhões), que registraram incremento de 1%, e para o México (US$ 5,4 milhões), que cresceu 28% no período. O principal munícipio exportador foi Três Rios (US$ 50 milhões), com um preço médio de US$ 3,27. Já entre os produtos, destacaram-se os embarques de outras preparações e conservas de carne (US$ 27,4 milhões).
Dentre as importações, é possível ressaltar a diversificação dos parceiros comerciais da região, uma vez que as compras dos Demais países (US$ 52 milhões), que consideram vendas além dos 5 maiores valores, registraram crescimento de 14% comparadas a 2019. Em relação aos municípios, destacam-se as compras de Paraíba do Sul (US$ 24,3 milhões), que cresceram 103% no período. Entre os principais produtos importados, é possível destacar os desembarques de vaselina, parafina e cera de petróleo (US$ 11,2 milhões), que foi a 3ª principal categoria de produto da pauta importadora da região, com crescimento acima de 1000%.
Em 2020, a corrente de comércio da região Leste Fluminense (US$ 1 bilhão) teve recuo de 43%, refletindo o retrocesso de 67% nas exportações (US$ 486 milhões), por consequência do recuo de 69% nas vendas de Niterói (US$ 436 milhões). O cenário se repete entre os produtos da região leste com a queda de 66% nas vendas de óleos brutos de petróleo (US$ 323 milhões), principal produto da pauta exportadora da região. Entre os principais parceiros, destacaram-se as vendas para Malásia (US$ 114 milhões), que, após um crescimento expressivo em 2020, representaram 24% do valor total exportado pela região.
Já nas importações, a região registrou crescimento de 58% no período, somando US$ 531 milhões ao total. Este resultado é consequência do avanço de 142% nas compras de Niterói (US$ 326 milhões). No tocante aos produtos, é possível destacar os desembarques de outras obras de ferro e aço (US$ 47,5 milhões) e torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes (US$ 39,2 milhões), com crescimento acima de 1000% e 288%, respectivamente.
Com relação à corrente de comércio, a região Noroeste teve queda de 54%, somando US$ 1,2 milhão no acumulado anual de 2020. Quanto às exportações (US$ 326 mil), o principal parceiro foi a Angola (US$ 219 mil), que representou 67% do total exportado pela região. Entre os municípios, se destacaram os embarques de Itaperuna (US$ 220 mil), com crescimento de 489% comparado ao ano anterior.
Nas importações, a região Noroeste recuou 61% em 2020, consequência do retrocesso dos desembarques de Itaperuna (US$ 683 mil) e Santo Antônio de Pádua (US$ 246 mil), cuja queda foi de 51% e 73%, respectivamente. Apesar da tendência, houve crescimento de 847% nas importações com origem na Alemanha (US$ 272 mil), principal parceiro da região. Entre os produtos, cabe destaque para as compras de fibras óticas (US$ 193 mil), com avanço de 149%.
As exportações da região Norte registraram recuo de 26%, somando US$ 1,7 bilhão ao final de 2020. Entre os municípios, destacaram-se os embarques de São João da Barra (US$ 730 milhões) com crescimento de 3%. Já no tocante aos produtos, cabe ressaltar o retrocesso de 10% das exportações de óleos brutos de petróleo (US$ 1,5 bilhão), principal produto da pauta exportadora. Em paralelo, a China (US$ 778 milhões) foi o principal destino das vendas da região, com participação de 46% no total exportado.
No que se refere às importações (US$ 11,1 bilhões), a região Norte Fluminense apresentou crescimento de 101%, refletindo no incremento de 64% da corrente comercial (US$ 12,9 bilhões). Estes resultados retratam o avanço de 90% nas compras de Macaé (US$ 10,1 bilhões). O principal produto importado pela região foram plataformas flutuantes de perfuração ou exploração (US$ 7,9 bilhões), com crescimento de 194%.
Em 2020, Nova Iguaçu e Região somou US$ 2,2 bilhões na corrente comercial, sendo US$ 2 bilhões em exportações e US$ 161 milhões em importações. Em relação às exportações, o principal parceiro comercial da região foi a China (US$ 1,3 bilhão), com participação de 62%. Entre os produtos, cabe ressaltar as vendas de produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 20,2 milhões).
Já nas importações, Nova Iguaçu e Região tiveram queda de 14% no período, consequência do recuo nas compras de 4 entre os 5 maiores municípios importadores da região: Seropédica (US$ 59 milhões; -15%), Queimados (US$ 34 milhões; -11%), Nova Iguaçu (US$ 13 milhões; -35%) e Paracambi (US$ 6 milhões; -62%). No tocante aos parceiros comerciais, a China (US$ 38,6 milhões) se destacou com uma participação de 24% nas importações da região. Por fim, o principal produto da pauta importadora de Nova Iguaçu e Região foram tubos e seus acessórios (US$ 28,4 milhões), com crescimento de 61% em 2020.
A região Serrana, que considera somente o município de Petrópolis, registrou uma corrente de comércio de US$ 932 milhões, recuo de 57% comparado a 2019. Nas exportações, a região Serrana somou US$ 836 milhões, recuo de 59%, sendo os EUA o destino de 79% destas mercadorias. Em relação aos principais produtos, destacaram-se as vendas de turborreactores, turbopropulsores e outras turbinas que, apesar do recuo de 62% em relação a 2019, somou US$ 582 milhões.
Já referente às importações, as compras da região Serrana somaram US$ 96 milhões, representando um retrocesso de 30%. Entre os principais parceiros, os EUA (US$ 51,3 milhões) foram origem de 53% das compras da região em 2020, apesar do recuo de 28% nos valores em relação a 2019. Por fim, é possível destacar as compras de veios (árvores) de transmissão (US$ 3,3 milhões), que tiveram crescimento de 46% no período analisado.
Em 2020, a região Sul Fluminense somou US$ 1 bilhão em exportações e US$ 1,8 bilhão em importações, totalizando uma corrente de comércio de US$ 2,8 bilhões, o que representou recuo de 15% frente ao período anterior. A queda de 16% nas exportações refletiu o retrocesso nas vendas de Porto Real (US$ 296 milhões; -13%), Resende (US$ 269 milhões; -32%) e Volta Redonda (US$ 236 milhões; -2%). A tendência se reflete também entre os parceiros comerciais, uma vez que as vendas para Argentina, principal parceiro da região, recuaram 9%. Os automóveis de passageiro (US$ 271 milhões) foram o principal produto da pauta exportadora da região, apesar do retrocesso de 39% comparado ao ano anterior.
Em relação às importações, as compras da região Sul recuaram 14% em 2020. Entre os principais parceiros, foi possível notar uma diversificação das origens das importações da região, com a participação de 41% dos Demais países (US$ 746 milhões) considerando o total importado. Entre os municípios, cabe relevância para Resende (US$ 478 milhões) como o principal município importador, com um preço médio US$ 7,24. Por fim, pode-se destacar as compras de coque e semicoques de hulha (US$ 266 milhões), que teve crescimento de 10% no período.
Firjan - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Presidente: Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Diretoria de Competitividade Industrial e Comunicação Corporativa
Diretor: João Paulo Alcantara Gomes
Conselho Empresarial de Relações Internacionais
Presidente: Luiz Felipe de Seixas Corrêa | Vice-presidente: Ricardo Keiper
Diretoria Internacional
Diretor: Frederico Cezar de Araujo
Gerência-Geral de Relacionamento (GGR)
Gerente-Geral: Cesar Kayat Bedran
Gerência de Suporte Empresarial (GSM)
Gerente: Rachel Morais Brasil
Firjan Internacional
Coordenador: Giorgio Luigi Rossi
Coordenação do Rio Exporta
Mariana Nogueira e Joana Eckhardt
Apoio
Adriana Carvalho, Lucas Peron e Bernardo Torres
Projeto Gráfico
Gerência de Comunicação e Marca da Firjan (GCM)
Elaboração do estudo
Firjan Internacional com base nos dados da Funcex e Secex
Contato
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