Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro | Novembro 2022
Na soma entre janeiro e outubro de 2022, a corrente de comércio nacional registrou o valor de US$ 510 bilhões, com um saldo comercial positivo de US$ 51,3 bilhões. No acumulado anual de 2022, a balança comercial do estado do Rio de Janeiro apresentou superávit de US$ 13,2 bilhões. No período, as exportações somaram US$ 34,3 bilhões enquanto as importações registraram US$ 21,1 bilhões, representando uma corrente de comércio de US$ 55,4 bilhões. Este resultado fez com que o estado do Rio de Janeiro permanecesse como o segundo player entre os estados com maior fluxo internacional na corrente de comércio brasileira, atrás apenas de São Paulo.
Entre os meses de janeiro a outubro de 2022, as exportações fluminenses tiveram crescimento de 23% frente ao mesmo período do ano anterior. Este cenário reflete o avanço de 23% nas classes de manufaturados e básicos e de 24% nas vendas internacionais de produtos semimanufaturados. O crescimento da venda de manufaturados foi impulsionado pela indústria de Produtos de Borracha e de Material Plástico (US$ 378 milhões), com aumento de 9% na venda de pneumáticos (US$ 320 milhões). Destaca-se também o crescimento de 41% nas vendas de Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (US$ 1,9 bilhão), consequência do avanço de 55% nos embarques de óleos combustíveis (US$ 1,2 bilhão), e de 127% nos embarques de naftas (US$ 171 milhões).
As compras fluminenses no acumulado anual registraram um incremento de 19% quando comparadas ao mesmo período de 2021. Em relação às indústrias fluminenses, é possível destacar o crescimento de 50% nas importações do setor de Petróleo e gás natural (US$ 4,3 bilhões), que representou 20% da pauta de compras do estado, reflexo do aumento de 105% das importações de óleos brutos de petróleo (US$ 2,8 bilhões). Além disso, os desembarques do setor de Veículos automotores, reboques e carrocerias (US$ 1,3 bilhão) registraram um avanço de 17%, impulsionado pela compra de automóveis de passageiro (US$ 435 milhões), com um incremento de 24%, e veículos de carga (US$ 335 milhões), com uma variação positiva de 5% no mesmo período.
No que se refere ao comércio de petróleo, as exportações fluminenses registraram US$ 25,8 bilhões, crescimento de 23% em comparação ao ano de 2021. Os embarques para todos os principais destinos apresentaram variações positivas, com exceção da China, a maior compradora de petróleo fluminense (US$ 9,8 bilhões), que registrou uma diminuição de 3%. No que se refere às importações, o estado do Rio aumentou em 105% suas compras de petróleo estrangeiro, somando US$ 2,8 bilhões, tendo como fornecedores a Arábia Saudita (US$ 2,7 bilhões), com 97% da participação, e a Guiana (US$ 92,5 milhões), com 3%.
Em relação ao comércio exclusive petróleo, as exportações tiveram crescimento de 25%, totalizando US$ 8,5 bilhões no acumulado anual. A pauta exportadora foi marcada por um aumento da diversidade de destinos, com um incremento de 67% das vendas para demais países (US$ 2 bilhões), e de 62% para demais áreas econômicas (US$ 1,5 bilhão), ou seja, soma dos valores exportados exceto os principais destinos. Dos 10 maiores destinos, 7 países apresentaram variações positivas, enquanto as vendas para Argentina (US$ 732 milhões), México (US$ 176 milhões) e China (US$ 191 milhões) apresentaram diminuições de 4%, 28% e 38% respectivamente. No tocante às áreas econômicas, as exportações fluminenses registraram avanço para os 6 principais destinos, com destaque para a UE (US$ 1,2 bilhão; crescimento de 112%).
Quanto às importações exceto petróleo, os desembarques do estado do Rio avançaram 12%, registrando US$ 18,3 bilhões. Apesar das compras fluminenses do bloco asiático (US$ 2,6 bilhões) terem registrado uma diminuição de 7%, as importações provenientes da Índia (US$ 398 milhões) cresceram 46%, movidas pelo incremento de 158% de compostos heterocíclicos, seus sais e sulfonamidas (US$ 97,3 milhões) e de 127% de coques e semicoques (US$ 33,5 milhões). Em relação aos produtos da Lista Covid-19, as importações fluminenses registraram a soma de US$ 939 milhões, crescimento de 13% no acumulado anual. Dois produtos que se destacaram na Lista foram outras obras de alumínio (US$ 28 milhões), com um incremento de 90%, e outras máquinas e aparelhos mecânicos com função própria (US$ 104 milhões), com um avanço de 68%.