Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro - Novembro 2021
De janeiro a outubro de 2021, o estado do Rio de Janeiro registrou saldo comercial superavitário de US$ 9,1 bilhões, maior valor da série histórica desde 1996. No acumulado anual, o Rio somou US$ 44,5 bilhões, sendo US$ 26,8 bilhões em exportações e US$ 17,7 bilhões em importações, tornando-se novamente o segundo player entre os estados com maior fluxo internacional, atrás apenas de São Paulo.
No acumulado anual, as exportações fluminenses cresceram 40%, reflexo do incremento nas vendas de produtos básicos que somaram US$ 20,4 bilhões, também maior valor da série histórica desde 1996. Entre as indústrias fluminenses, 8 entre as 10 maiores exportadoras apresentaram crescimento nas vendas no acumulado anual, destaque para os avanços de 72% nos embarques de Metalurgia (US$ 2,8 bilhões) e 53% para Coques, produtos derivados do petróleo e bicombustíveis (US$ 1,3 bilhão). Também se ressalta o crescimento de 88% nas vendas de produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 2,3 bilhões), principalmente para os mercados estadunidense e argentino.
No acumulado anual, o avanço de 19% nas importações fluminenses foi consequência do incremento de 214% nas aquisições de combustíveis e lubrificantes (US$ 5,4 bilhões), principalmente de Petróleo e gás natural (US$ 2,9 bilhões) e Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (US$ 957 milhões). Entre as indústrias, também é possível destacar o crescimento das importações do setor de Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (US$ 1 bilhão), principalmente os desembarques de medicamentos para medicina humana e veterinária (US$ 885 milhões) que incrementaram 82% no acumulado anual.
As vendas de petróleo fluminense avançaram 42%, somando US$ 20 bilhões entre janeiro e outubro. Em relação aos parceiros comerciais, as exportações fluminenses da commodity tiveram crescimento com parceiros do continente asiático, principalmente Coreia do Sul (225%), Índia (129%) e China (11%). As compras de petróleo estrangeiro pelo estado incrementaram em 69% (US$ 1,4 bilhão), tendo a Arábia Saudita (US$ 1,1 bilhão) como principal parceiro, representando 78% do total importado.
Em relação às exportações exclusive petróleo, de janeiro a outubro, os embarques do Rio avançaram 34%, totalizando US$ 6,8 bilhões. No período, houve crescimento de 35% nas exportações para o USMCA (US$ 3,2 bilhões), principal bloco econômico parceiro do estado, reflexo dos incrementos nos embarques fluminenses com destino ao México (85%) e aos EUA (32%). No âmbito do Mercosul, houve crescimento de 63% nas vendas para o bloco, registrando o maior crescimento no período, destaque para o avanço de 1000% nas exportações de produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 273 milhões) para a Argentina.
Quanto às importações exceto petróleo, as compras fluminenses cresceram 17% no acumulado anual, somando US$ 16,3 bilhões. O Rio aumentou as importações oriundas do Mercosul (US$ 2 bilhões) em 415%, efeito do avanço acima de 1000% nos desembarques provenientes do Paraguai. Também é possível ressaltar o incremento de 32% nas compras do estado com origem dos EUA (US$ 5,6 bilhões) que representou 34% das importações fluminenses. No tangente aos produtos destinados ao combate à Covid-19, destacaram-se as importações de outras vacinas para medicina humana (US$ 535 milhões) e de outros reagentes de diagnóstico (US$ 88,4 milhões).
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