Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro | Agosto 2024
No acumulado anual, o Brasil totalizou um saldo comercial de US$ 49,6 bilhões. Tal valor foi consequência das exportações que somaram US$ 198 bilhões, e das importações que representaram US$ 149 bilhões. Já no que se refere à corrente de comércio, o Rio de Janeiro se manteve estável como segundo maior ator na corrente.
De janeiro a julho de 2024, as exportações fluminenses totalizaram US$ 26,4 bilhões, crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tal cenário é reflexo do acréscimo de 85% das vendas internacionais na indústria de Máquinas e equipamentos (US$ 595 milhões), que por sua vez foi beneficiada pelo aumento de mais de 1000% nos embarques de bombas, compressores, ventiladores e suas partes (US$ 350 milhões) e por um crescimento de 839% nas vendas de centrifugadores e aparelhos para filtrar (US$ 137 milhões). Por outro lado, é importante destacar a retração de 35% de produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 1,2 bilhão), principal produto exportado pelo estado do Rio, exceto petróleo e derivados.
Já no que se refere às importações fluminenses, o acumulado anual foi de US$ 15,7 bilhões, representando um crescimento de 3%. Apesar da relativa estabilidade, é possível destacar um aumento de 22% nas compras internacionais da indústria de Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (US$ 825 milhões), consequência do acréscimo de 20% nos desembarques de medicamentos (US$ 625 milhões) provenientes, sobretudo, da França. Além disso, vale destacar o aumento de 11% nas importações da indústria de Equipamentos de informática (US$ 529 milhões), valor que pode ser explicado pelo crescimento de 17% nas compras de instrumentos de análise química e física (US$ 281 milhões).
A exportação de óleos brutos de petróleo do estado do Rio de Janeiro alcançou US$ 21 bilhões nos meses de janeiro a julho de 2024, um crescimento de 11% se comparado com o ano anterior. Esse aumento é resultado de um acréscimo de 6% nas vendas de petróleo para a China (US$ 9,8 bilhões), juntamente com um incremento de 67% nos embarques para a Espanha (US$ 2,5 bilhões), que representaram os dois principais destinos das vendas fluminenses de óleos brutos de petróleo, ocupando 47% e 12% de participação, respectivamente. Já nas importações, o Rio de Janeiro totalizou US$ 1,6 bilhão, e, apesar do cenário estável, as compras internacionais de petróleo oriundas da Arábia Saudita (US$ 498 milhões), maior fornecedor de óleos brutos do estado, registraram uma diminuição de 10%.
No comércio exclusive petróleo, as exportações fluminenses somaram US$ 5,4 bilhões no acumulado anual de 2024, retração de 9%, o que pode ser explicado pelo recuo de 15% nas vendas internacionais para o bloco USMCA (US$ 2 bilhões), consequência da diminuição de 15% nas exportações EUA (US$ 2 bilhões), país que representa o principal destino dos embarques de produtos exclusive petróleo do Rio de Janeiro. Em contrapartida, houve um aumento nas exportações para países da Ásia (US$ 1,5 bilhão; 21%), com enfoque para Singapura (US$ 977 milhões; 32%). Neste cenário, destaca-se o aumento de mais de 1000% nos embarques de bombas e compressores.
Já com relação às importações fluminenses exclusive petróleo, houve uma variação positiva de 4%, totalizando US$ 14,1 bilhões. Reflexo do aumento dos desembarques de origem de sete dos dez maiores parceiros do estado. Além disso, cabe ressaltar o aumento de 57% das compras 3 oriundas da Rússia (US$ 419 milhões), principalmente devido ao acréscimo de 130% das importações de produtos semimanufaturados de ferro ou aços (US$ 135 milhões). Entretanto, vale destacar a redução de desembarques de origem de países do Mercosul, especialmente o recuo de 9% do Paraguai (US$ 574 milhões), resposta do declínio de 40% nas importações de desperdícios e resíduos de cobre (US$ 586 mil), e de 10% nas compras de energia elétrica (US$ 551 milhões). Por fim, o estado do Rio manteve o USMCA como seu principal parceiro nas importações, com uma participação de 33% e um incremento de 12% no acumulado anual, totalizando US$ 5,1 bilhões.
Agosto 2024