Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro | Julho 2024
Panorama Geral
Ao longo do primeiro semestre de 2024, a corrente de comércio brasileira (US$ 293 bi) cresceu 2%, enquanto as exportações (US$ 168 bi) e as importações (US$ 125 bi) avançaram 1% e 4%, respectivamente. Acompanhando este cenário, o comércio exterior fluminense (US$ 35,2 bi) teve um crescimento de 4% no mesmo período, valor superior ao nível nacional. Dessa forma, o estado do Rio representou 12% da corrente de comércio do país, permanecendo em 2º lugar entre os estados.
Exportações Fluminenses
Neste período, as vendas internacionais fluminenses avançaram 5%, totalizando US$ 22,2 bi. Quando segmentadas por fator agregado, é possível destacar o crescimento da participação dos embarques de produtos básicos (US$ 18,3 bi; 82% do total) que avançaram 12% nos 6 primeiros meses de 2024. Em contraponto, pode-se observar também o recuo de 42% nos embarques de bens semimanufaturados (US$ 1,0 bi), principalmente devido à queda de 43% nas exportações da indústria de Metalurgia (US$ 1,2 bi). Dentre as indústrias, destacam-se o incremento de 10% nas vendas internacionais da indústria de Produtos Químicos (US$ 188 mi), reflexo do crescimento das exportações de polímeros de etileno, propileno e estireno (US$ 57,5 mi), principalmente para o mercado francês.
Importações Fluminenses
Em paralelo, as importações do estado do Rio de Janeiro cresceram 8% no acumulado anual até o mês de abril, totalizando US$ 8,4 bilhões. Entre os principais setores, 4 entre as 5 maiores indústrias importadoras apresentaram incrementos nas suas compras internacionais, destaque para Outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (US$ 2,2 bilhões) e Máquinas e equipamentos (US$ 741 milhões) que cresceram 11% e 48%, respectivamente. Entre os produtos, é possível ressaltar os setores farmacêutico e químico, com o incremento nos desembarques de medicamentos para medicina humana e veterinária (US$ 313 milhões; 36%) e compostos heterocíclicos, seus sais e sulfonamidas (US$ 212,8 milhões; 46%), principalmente de mercados europeus.
Comércio de Petróleo
O comércio de óleos brutos de petróleo do estado do Rio de Janeiro alcançou US$ 11,5 bilhões nos quatro primeiros meses de 2024. Basicamente metade destas vendas destinaram-se à China (US$ 5,2 bilhões). Ademais, as exportações para os EUA (US$ 1,3 bilhão) subiram 69%, enquanto no terceiro maior mercado, Espanha, houve aumento de 22% dos embarques (US$ 1,2 bilhão). Importante também mencionar a Índia, que é o quinto maior destino das exportações de óleos brutos de petróleo do estado e que, no período analisado, sofreu um aumento de 434% nas vendas do produto (US$ 681 milhões). Por sua vez, no que tange às importações, constata-se, no acumulado anual, um total de US$ 920 milhões, havendo o encolhimento de 14% em relação ao mesmo período de 2023. Os dois fornecedores de óleos brutos de Petróleo ao estado do Rio de Janeiro são Arábia Saudita (US$ 665 milhões) e Guiana (US$ 254 milhões). As compras provenientes do mercado do vizinho sul-americano caíram 37%.
Exportações exclusive petróleo
As exportações fluminenses recuaram 8% no acumulado anual, se comparado ao mesmo período de 2023, totalizando US$ 3 bilhões. Nesse cenário, observa-se uma diminuição de 25% das vendas de produtos semimanufaturados de ferro ou aços aos EUA (US$ 679 milhões) e um recuo de 11,5% no que é embarcado para o Mercosul, consequência do encolhimento das vendas de automóveis de passageiros para a Argentina (US$ 64 milhões; retrocesso de 4%). Em contrapartida, dentro do bloco, percebe-se crescimento de 23% das exportações para o Uruguai (US$ 38 milhões), reflexo do aumento em 10% das vendas de torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes e partes (US$ 10,6 milhões).
Importações exclusive petróleo
No que tange às importações exceto petróleo, houve aumento de 12% nos desembarques fluminenses, alcançando o valor de US$ 7,5 bilhões no acumulado anual em 2024. As compras de países membros da ALADI tiveram aumento de 14% (US$ 898 milhões), com atenção para as importações de energia elétrica do Paraguai (US$ 353 milhões) e de catodos de cobre e seus elementos do Chile (US$ 155 milhões, acréscimo de 37%). Por outro lado, nota-se queda de 3% das importações oriundas da Colômbia (US$ 186 milhões), em especial devido ao recuo das compras coques e semicoques deste país (US$ 173 milhões, decréscimo de 4%).
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