Destaques do Comércio Exterior do Estado do Rio de Janeiro por Regiões | Março 2024
Em 2023, o estado do Rio de Janeiro acumulou uma corrente de comércio de US$ 76 bilhões, apresentando um cenário de estabilidade em relação ao ano anterior, com crescimento de 3%. O aumento de 4% nas exportações (US$ 49,7 bilhões) junto com a estabilidade nos valores de importação (US$ 25,8 bilhões), contribuíram para um saldo comercial superavitário em US$ 23,8
bilhões.
Excluindo a capital fluminense, as regionais do estado alcançaram US$ 25 bilhões em vendas internacionais, valor que representou 50% exportações de todo estado. Já no que se refere às importações, a participação foi de 73%, totalizando US$ 18,8 bilhões em 2023.
Cabe observar que o critério de classificação das exportações por municípios é diferente daquele utilizado nas exportações por Unidades da Federação, pois este considera o domicílio fiscal da exportadora (e não o estado Produtor). Logo, o total computado (de um mesmo período) para a
exportação por UF não será idêntico à soma das exportações dos municípios daquela determinada Unidade da Federação.
No acumulado anual de 2023, as empresas da capital fluminense registraram uma corrente de comércio de US$ 31,8 bilhões, valor 4% superior ao de 2022. Esse resultado é consequência do avanço de 13% nas exportações do município do Rio de Janeiro (US$ 24,7 bilhões), reflexo do crescimento de 19% nas vendas de óleos brutos de petróleo (US$ 20,1 bilhões).
Em relação aos países parceiros, a China (US$ 10,7 bilhões) se manteve como principal destino dos embarques da capital fluminense, com 43% de participação. Além disso, vale destacar o incremento de 76% nas vendas para os Países Baixos (US$ 2,3 bilhões).
Nas importações, as compras internacionais da capital fluminense recuaram 18%, alcançando US$ 7,1 bilhões. Tal redução foi consequência da diminuição de 18% nas importações de energia elétrica (US$ 1,1 bilhão). Por outro lado, as compras de medicamentos (US$ 439 milhões), produto que possui preço médio de US$ 183,95, cresceram 38%. Em relação a mercados parceiros, os EUA (US$ 1,6 bilhão) se mantiveram como principal origem das importações da capital fluminense, com participação de 23%.
Com relação à corrente de comércio, Caxias e Região teve redução de 14%, totalizando US$ 20,3 bilhões no acumulado anual de 2023. Nas exportações (US$ 15,4 bilhões), apesar da China (US$ 5,4 bilhões) manter a posição de principal parceiro, vale destacar o crescimento de 92% nos embarques para Singapura (US$ 2,3 bilhões), sobretudo de óleos brutos de petróleo.
Em relação aos municípios, Duque de Caxias (US$ 15,4 bilhões) permaneceu como o principal município exportador da região, além disso, Belford Roxo se destacou com crescimento de 8% nas vendas internacionais, número impulsionado pelo aumento das exportações de preparações antidetonantes (US$ 16 milhões).
Nas importações, os desembarques internacionais de Caxias e Região (US$ 4,9 bilhões) diminuíram em 8%. Tal cenário pode ser explicado pela redução de 17% nas compras de óleos brutos de petróleo (US$ 2,8 bilhões), principal produto da pauta importadora da região. Em relação aos municípios, destacam-se as importações de Belford Roxo (US$ 1,1 bilhão), oriundas principalmente de Alemanha (US$ 383 milhões) e Suíça (US$ 345 milhões).
Em 2023, as empresas localizadas na região Centro-Norte somaram uma corrente de comércio de US$ 22,9 milhões, redução de 14% frente ao ano anterior. No total, as vendas internacionais da regional alcançaram US$ 4,4 milhões, destacando-se as exportações de Cadeados, fechaduras e ferrolhos (US$ 856 mil), com destino, principalmente, para a Bolívia. Em relação aos municípios, destaca-se o aumento de 22% nas vendas de Soutiens, cintas, espartilhos e suspensórios (US$ 583 mil) oriundas de Nova Friburgo (US$ 2,8 milhões), município que concentrou 64% das vendas internacionais da região.
No que se refere às importações, as compras internacionais da regional Centro-Norte (US$ 18,5 milhões) reduziram em 18%. Tal redução pode ser explicada pelo recuo de 36% nas importações de coques de petróleo (US$ 4,5 milhões).
Entre os municípios, é possível destacar o aumento de 60% nas compras internacionais de Nova Friburgo (US$ 7,6 milhões), valor explicado pelo crescimento de 482% dos desembarques de vinhos de uvas frescas (US$ 2,3 milhões). Além disso, a China (US$ 5,1 milhões) consolidou-se como segundo principal fornecedor de produtos da região, com 27% de participação.
No acumulado anual de 2023, a regional Centro-Sul fluminense apresentou aumento de 10% em sua corrente de comércio, registrando US$ 297 milhões. Nesse cenário, foram registrados US$ 76,3 milhões em exportações e US$ 221 milhões em importações, o que representou um saldo comercial deficitário em US$ 145 milhões.
No quesito exportações, houve redução de 22% em relação a 2022, cenário que foi consequência da diminuição de 34% nas vendas de outras preparações de carne (US$ 35 milhões) e de 27% nos embarques de outras chapas e folhas de plástico (US$ 20,5 milhões), que representam os dois principais produtos da pauta exportadora da região. Por outro lado, destaca-se o aumento de 483% nas vendas de minérios de cobre (US$ 4,4 milhões), sobretudo com destino à China, país que atingiu o posto de terceiro principal destino das vendas da região.
Nas importações, a região somou US$ 221 milhões, representando um aumento de 29% frente a 2022. Destacaram-se as compras de turborreatores, turbopropulsores e outras turbinas a gás (US$ 86,8 milhões) com variação superior a 1000%. Em relação aos países, os EUA (US$ 103 milhões) se mantiveram como principal origem das importações da regional, com 47% de
participação.
No ano de 2023, a corrente de comércio da região Leste fluminense apresentou redução de 10%, alcançando US$ 1,1 bilhão. No que se refere às exportações, a regional somou US$ 340 milhões, diminuição de 51% se comparado ao ano anterior. Tal situação é explicada pelo decréscimo de 58% nas vendas de óleos brutos de petróleo (US$ 250 milhões), produto que compõe 73% da pauta exportadora da região. Vale destacar o crescimento de 227% nos embarques com destino à Singapura (US$ 199 milhões).
Em relação aos municípios, destaca-se o crescimento de 17% nas vendas internacionais de Tanguá (US$ 15,8 milhões), reflexo do aumento de 658% nas exportações de gorduras e óleos de peixes (US$ 3,2 milhões) originárias no município.
Já nas importações, o Leste fluminense acumulou US$ 774 milhões, representando um avanço de 44% em relação ao ano anterior. Esse valor é resultado do aumento de mais de 1000% nas compras de tubos e perfis ocos de ferro ou aço (US$ 113 milhões) provenientes, sobretudo, da Alemanha, país que, por sua vez, foi a principal origem das importações da região, com 27% de participação. Além disso, vale destacar o aumento de mais de 1000% nos desembarques de aparelhos elétricos para telefonia (US$ 16,9 milhões) originários da China.
No acumulado anual de 2023, a corrente de comércio da região Noroeste fluminense totalizou US$ 2,8 milhões, recuo de 24% comparado ao ano anterior. Apesar do resultado, as exportações das empresas da região Nordeste cresceram 27%, somando US$ 325 mil, impulsionadas, principalmente, pelo crescimento de 144% nas vendas de café (US$ 163 mil) originadas no município de Varre-Sai e destinadas sobretudo para o Uruguai, país que manteve o posto de principal destino das vendas da região, com 69% de participação.
Já nas importações (US$ 2,5 milhões), houve retração de 28% nos desembarques internacionais da regional Noroeste fluminense. Essa situação pode ser explicada pelo recuo de 54% nas compras de máquinas e aparelhos (US$ 187 mil). Por outro lado, vale destacar o aumento de 276% nas importações de maçãs, peras e marmelos (US$ 326 mil) oriundos de Portugal.
No ano de 2023, a regional Norte fluminense registrou uma corrente de comércio de US$ 5,3 bilhões, crescimento de 49% comparado a 2022 e um saldo comercial superavitário de US$ 2,4 bilhões. Nas exportações, a região somou US$ 3,8 bilhões, aumento de 51%. Esse acréscimo está relacionado ao crescimento de 85% nas vendas internacionais de São João da Barra (US$ 3,6 bilhões), município responsável por 97% das exportações de óleos brutos de petróleo da região, produto que compõe a maior parte da pauta exportadora do norte fluminense. Além disso, máquinas e aparelhos (US$ 20,2 milhões) apresentaram crescimento de 859% nas exportações.
Nas importações, as compras de região aumentaram em 42%, alcançando US$ 1,4 bilhão, reflexo do crescimento nas importações nos 5 principais produtos da região. Dentre estes, 4 possuem valor agregado alto e preço médio acima de US$ 30. Além disso, com um aumento de 94%, os EUA (US$ 492 milhões) permanecem como a principal origem das compras internacionais da região norte fluminense.
Nesse sentido, Macaé (US$ 795 milhões) se destacou com uma variação positiva de mais de 100% nos desembarques oriundos dos EUA em relação ao ano anterior, representando o principal destino dos produtos provenientes do país na região.
Em 2023, Nova Iguaçu e Região registrou uma corrente de comércio de US$ 3,3 bilhões, valor 39% superior ao registrado em 2022. Com relação às exportações, houve crescimento de 41%, reflexo do aumento de 41% dos embarques com origem no município de Itaguaí (US$ 3 bilhões), destinados, sobretudo, para a China (US$ 2,4 bilhões).
Em relação aos produtos, vale destacar as vendas de preparações capilares (US$ 11,7 milhões), as quais têm como principal origem o município de Seropédica, que exportou US$ 10,4 milhões do produto, o que representa 89% das vendas internacionais de preparações capilares.
Já nas importações, as compras de Nova Iguaçu e Região apresentaram crescimento de 21%, totalizando US$ 239 milhões. Assim como nas exportações, a China se manteve como principal parceiro comercial da região, com as compras oriundas desse país alcançando US$ 65,6 milhões.
No que se refere a produtos, destaca-se um aumento de 992% nos desembarques de medicamentos (US$ 12,9 milhões) originários principalmente do México. Já em relação aos municípios, Seropédica (US$ 108 milhões) se destacou com um aumento de 46% nas importações, com destaque para os desembarques de preparações para higiene bucal (US$ 15,7 milhões).
No acumulado anual de 2023, as empresas localizadas na região Serrana somaram uma corrente de comércio de US$ 7,1 bilhões, avanço de 17%. Nas exportações, os embarques totalizaram US$ 562 milhões, destaque para o crescimento de 67% nas vendas de turborreatores e outras turbinas a gás (US$ 355 milhões), produto que apresenta preço médio de US$ 14.626 e tem como principal destino os EUA.
Em relação aos municípios, Petrópolis se destacou com uma variação positiva de 43%, alcançando US$ 561 milhões, valor que representa praticamente 100% das exportações da regional.
Com relação às importações, as compras da região Serrana incrementaram 15% se comparadas com 2022, somando US$ 6,6 bilhões. Os EUA (US$ 4,7 bilhões), permaneceram como principal origem dos desembarques da regional, com 72% de participação, porém, a França (US$ 902 milhões) se destacou com crescimento de 28% em relação ao ano anterior.
Consequência do aumento de 61% nas importações de veios de transmissão (US$ 92,2 milhões) provenientes do país. No que se refere a produtos, turborreatores e outras turbinas a gás (US$ 5,6 bilhões), produto que representou 85% da pauta importadora da região, apresentou crescimento de 15%.
Em 2023, a região Sul fluminense totalizou US$ 6,3 bilhões em sua corrente de comércio, avanço de 12% em relação a 2022. Nas exportações, os embarques totalizaram US$ 1,7 bilhão, com destaque para o aumento de mais de 1000% nas vendas de Angra dos Reis (US$ 135 milhões), que foram, em sua maioria, de máquinas e aparelhos mecânicos (US$ 81,4 milhões) destinadas, principalmente, para a Suíça (US$ 131 milhões).
Além disso, Resende (US$ 571 milhões) se manteve como principal município exportador da regional, com destaque para as vendas internacionais de veículos automóveis para transporte de mercadorias (US$ 178 milhões) e automóveis de passageiros (US$ 93 milhões).
Já nas importações, as compras internacionais da região Sul avançaram 24% com relação a 2022, totalizando US$ 4,6 bilhões. Esse resultado pode ser explicado pelo crescimento de 228% nos desembarques de coques e semicoques (US$ 1,2 bilhão), produto que representou 26% das importações totais da região.
Ainda em relação aos produtos, as importações de hulhas e briquetes (US$ 525 milhões) apresentaram avanço de 126%. Considerando os principais mercados parceiros, os 5 maiores mercados de origens das importações da região Sul apresentaram variações positivas em 2023 (China, 7%; Colômbia, 249%; México, 86%; Austrália, 570% e Chile, 1%).
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