Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro | Maio 2024
Panorama Geral
A corrente de comércio brasileira somou US$ 190 bilhões nos 4 primeiros meses de 2024, apresentando um saldo comércio superavitário em US$ 27,7 bilhões. No total, as exportações somaram US$ 109 bilhões enquanto as importações representaram US$ 81 bilhões. Em relação ao Rio de Janeiro, o estado permanece como o segundo player entre as unidades federativas no comércio exterior nacional, com participação de 12% na corrente de comércio brasileira, totalizando US$ 22,9 bilhões no acumulado anual.
Exportações Fluminenses
No acumulado de janeiro a abril, as exportações fluminenses somaram US$ 14,4 bilhões, crescimento de 5% comparado ao ano anterior, consequência do avanço de 9% das vendas de produtos básicos (US$ 11,7 bilhões). Dentre as indústrias, destaca-se o incremento de 53% das exportações de Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (US$ 818 milhões), principalmente devido às vendas de óleos combustíveis para os mercados de Singapura, China e França. Pode-se ressaltar também a estabilidade das vendas de produtos manufaturados (US$ 2,0 bilhões), reflexo do recuo de 36% das exportações da indústria de Metalurgia (US$ 834 milhões) e o crescimento de 9% nas vendas de Máquinas e Equipamentos (US$ 226 milhões).
Importações Fluminenses
Em paralelo, as importações do estado do Rio de Janeiro cresceram 8% no acumulado anual até o mês de abril, totalizando US$ 8,4 bilhões. Entre os principais setores, 4 entre as 5 maiores indústrias importadoras apresentaram incrementos nas suas compras internacionais, destaque para Outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (US$ 2,2 bilhões) e Máquinas e equipamentos (US$ 741 milhões) que cresceram 11% e 48%, respectivamente. Entre os produtos, é possível ressaltar os setores farmacêutico e químico, com o incremento nos desembarques de medicamentos para medicina humana e veterinária (US$ 313 milhões; 36%) e compostos heterocíclicos, seus sais e sulfonamidas (US$ 212,8 milhões; 46%), principalmente de mercados europeus.
Comércio de Petróleo
O comércio de óleos brutos de petróleo do estado do Rio de Janeiro alcançou US$ 11,5 bilhões nos quatro primeiros meses de 2024. Basicamente metade destas vendas destinaram-se à China (US$ 5,2 bilhões). Ademais, as exportações para os EUA (US$ 1,3 bilhão) subiram 69%, enquanto no terceiro maior mercado, Espanha, houve aumento de 22% dos embarques (US$ 1,2 bilhão). Importante também mencionar a Índia, que é o quinto maior destino das exportações de óleos brutos de petróleo do estado e que, no período analisado, sofreu um aumento de 434% nas vendas do produto (US$ 681 milhões). Por sua vez, no que tange às importações, constata-se, no acumulado anual, um total de US$ 920 milhões, havendo o encolhimento de 14% em relação ao mesmo período de 2023. Os dois fornecedores de óleos brutos de Petróleo ao estado do Rio de Janeiro são Arábia Saudita (US$ 665 milhões) e Guiana (US$ 254 milhões). As compras provenientes do mercado do vizinho sul-americano caíram 37%.
Exportações exclusive petróleo
As exportações fluminenses recuaram 8% no acumulado anual, se comparado ao mesmo período de 2023, totalizando US$ 3 bilhões. Nesse cenário, observa-se uma diminuição de 25% das vendas de produtos semimanufaturados de ferro ou aços aos EUA (US$ 679 milhões) e um recuo de 11,5% no que é embarcado para o Mercosul, consequência do encolhimento das vendas de automóveis de passageiros para a Argentina (US$ 64 milhões; retrocesso de 4%). Em contrapartida, dentro do bloco, percebe-se crescimento de 23% das exportações para o Uruguai (US$ 38 milhões), reflexo do aumento em 10% das vendas de torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes e partes (US$ 10,6 milhões).
Importações exclusive petróleo
No que tange às importações exceto petróleo, houve aumento de 12% nos desembarques fluminenses, alcançando o valor de US$ 7,5 bilhões no acumulado anual em 2024. As compras de países membros da ALADI tiveram aumento de 14% (US$ 898 milhões), com atenção para as importações de energia elétrica do Paraguai (US$ 353 milhões) e de catodos de cobre e seus elementos do Chile (US$ 155 milhões, acréscimo de 37%). Por outro lado, nota-se queda de 3% das importações oriundas da Colômbia (US$ 186 milhões), em especial devido ao recuo das compras coques e semicoques deste país (US$ 173 milhões, decréscimo de 4%).
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