Destaques do Comércio Exterior do Estado do Rio de Janeiro por Regiões
O estado do Rio de Janeiro, sem considerar a capital, apresentou uma corrente de comércio de US$ 36,5 bilhões, crescimento de 38% frente ao ano de 2020, resultado da soma de US$ 23,2 bilhões nas exportações e US$ 13,2 bilhões nas importações. Este cenário refletiu em um saldo comercial superavitário de US$ 10 bilhões.
Cabe observar que o critério de classificação das exportações por municípios é diferente daquele utilizado nas exportações por Unidades da Federação, pois este considera o domicílio fiscal da exportadora (e não o estado Produtor). Logo, o total computado (de um mesmo período) para a exportação por UF não será idêntico à soma das exportações dos municípios daquela determinada unidade da Federação.
No acumulado anual de 2021, as empresas localizadas em Caxias e Região totalizaram uma corrente de comércio de US$ 18,7 bilhões, 62% maior comparando ao ano anterior. As exportações da região somaram US$ 15,3 bilhões, tendo a China (US$ 6,7 bilhões) como principal destino, representando 44% dos embarques da região. Entre os municípios, Duque de Caxias permanece como destaque nas exportações com US$ 15,2 bilhões em 2021. Entre os produtos exportados, as vendas de óleos brutos de petróleo somaram US$ 13,3 bilhões, uma participação de 87% na pauta exportadora de Caxias e Região.
Já nas importações, Caxias e Região incrementaram suas compras em 48% com relação ao ano anterior, somando US$ 3,4 bilhões. Entre os munícipios importadores, destaque para Duque de Caxias (US$ 2,6 bilhões) e Belford Roxo (US$ 788 milhões). A Arábia Saudita (US$ 1,4 bilhão) foi o principal parceiro das compras da região com um crescimento de 50% frente à 2020. O principal produto importado pela região foram óleos brutos de petróleo (US$ 1,7 bilhão), principalmente de origem saudita.
A corrente de comércio da região Centro-Norte Fluminense somou US$ 22,9 milhões com um recuo de 19% em relação ao ano de 2020, reflexo da queda de 22% das importações (US$ 19,7 milhões) da região. Com relação aos embarques, o Centro-Norte Fluminense somou US$ 3,3 milhões, com destaque para os envios de cadeados, fechaduras e ferrolhos (US$ 829 mil), principal produto da pauta exportadora e incremento de 154% frente ao ano anterior. Entre os municípios, destaca-se Nova Friburgo (US$ 2,1 milhões) como principal exportador, enquanto Carmo (US$ 151 mil) teve o maior crescimento comparado ao ano anterior, 80%.
Nas importações, a Argentina (US$ 6,8 milhões) foi a principal origem das compras da região, representando 34% do total. Entre os municípios, destaque para Cantagalo (US$ 6,2 milhões) como principal importador da região, reflexo dos desembarques de hulhas e combustíveis sólidos no município. Em paralelo, poliacetais e outros poliéteres (US$ 6,2 milhões) foi o principal produto da pauta importadora do Centro-Norte Fluminense com uma participação de 31%.
As empresas do Centro-Sul Fluminense somaram US$ 99,5 milhões em exportações e US$ 171 milhões em importações, totalizando em um saldo comercial deficitário em US$ 72 milhões. Os EUA (US$ 68,8 milhões) permaneceram como principal parceiro das vendas da região, com uma participação de 69%. Com relação aos municípios, cabe destacar as vendas de Três Rios (US$ 94,8 milhões), com incremento de 90% comparado com o ano anterior. Pode-se destacar também que outras preparações de carne (US$ 63,7 milhões) foram o principal produto da pauta exportadora da região.
Nas importações, pode-se ressaltar os desembarques com origem do mercado peruano (US$ 37,2 milhões), principalmente de zinco em formas brutas. Em relação aos municípios, destaca-se a participação das compras de Três Rios (US$ 129 milhões) com participação de 75%. Com relação à pauta importadora, destacam-se as compras de polímeros de etileno (US$ 19 milhões) e borracha natural (US$ 13,9 milhões) com avanços de 25% e 52%, respectivamente.
No acumulado anual de 2021, o Leste Fluminense teve uma corrente de comércio de US$ 844 milhões, recuo de 3% frente ao ano anterior, reflexo do retrocesso de 27% nas exportações (US$ 313 milhões) da região. Entre os principais parceiros, a Malásia (US$ 216 milhões) foi o principal mercado das exportações das empresas do Leste Fluminense. Com relação aos municípios, Niterói (US$ 269 milhões) representou 86% das vendas da região para o exterior. Entre os produtos se destacam as vendas de óleos brutos de petróleo (US$ 252 milhões) que somaram 81% do total exportado pela região.
Nas importações, a região registrou crescimento de 20% no período, totalizando US$ 532 milhões ao total. Este cenário é consequência do crescimento nas compras dos município de Niterói (US$ 314 milhões) e São Gonçalo (US$ 158 milhões) de 31% e 23%, respectivamente. No tocante aos produtos, é possível destacar os desembarques de fios de ferro ou aço (US$ 37,9 milhões), principalmente para o mercado estadunidense.
A região Noroeste totalizou US$ 2,9 milhões na sua corrente de comércio, valor 130% maior frente à 2020. As vendas da região reduziram em 41%, totalizando US$ 194 mil, reflexo da retração de 90% nas exportações de Itaperuna (US$ 21,4 mil) e de 23% nos embarques para o Uruguai (US$ 64,3 mil), principal destino das vendas com 33% de participação.
Nas importações, as compras das empresas do Noroeste Fluminense avançaram 189% em 2021, somando US$ 2,7 milhões. O crescimento foi reflexo do aumento superior a 1000% nas compras oriundas dos Países Baixos (US$ 1,6 milhão), principal mercado de origem das importações (59% de participação), ressaltando as compras de instrumentos e aparelhos para medicina, principal produto da pauta importadora da região.
A região Norte registrou uma corrente de comércio de US$ 3,7 bilhões, recuo de 17% frente ao resultado de 2020. Contrapondo esta tendência, as exportações das empresas da região Norte cresceram 35%, somando US$ 2,1 bilhões ao final de 2021. O mercado indiano (US$ 611 milhões) foi o principal destino dos embarques da região, principalmente de óleos brutos de petróleo. Entre os municípios, São João da Barra (US$ 1,3 bilhão) foi destaque, com crescimento de 104%, totalizando 59% de participação. No tocante aos produtos, as vendas de óleos brutos de petróleo (US$ 1,9 bilhão) aumentaram 29% em 2021.
Nas importações (US$ 1,6 bilhão), a região Norte Fluminense apresentou retração de 45%, consequência da redução de 37% nas compras de Macaé (US$ 1,2 bilhão). Os EUA (US$ 456 milhões) foram a principal origem das compras da região em 2021 com um incremento de 153%. Outro fator foi o recuo de 65% nas importações de barcos-faróis (US$ 611 milhões).
Em 2021, Nova Iguaçu e Região somou uma corrente de comércio de US$ 3,6 bilhões, com aumento de 66% quando comparado a 2020. No que tange às exportações, a região totalizou US$ 3,5 bilhões, incremento de 70%, com destaque para Itaguaí (US$ 3,4 bilhões), que aumentou em 71% seus embarques. Quanto aos destinos, a China (US$ 2,2 bilhões) foi o principal parceiro comercial, com crescimento de 71% nas vendas. Com relação aos produtos, é possível observar um incremento de 371% nas vendas de bombas, granadas e outras munições (US$ 18,8 mil).
Quando observadas as importações, a região aumentou em 13% as suas compras, totalizando US$ 181 milhões. O principal município importador foi Queimados (US$ 66 milhões), que aumentou suas compras em 94% no período. A China (US$ 60 milhões) também foi o principal parceiro das importações das empresas de Nova Iguaçu e Região, somando 33% do total importado. No detalhamento dos produtos, chapas, tiras e folhas de níquel (US$ 16,3 milhões), apresentaram crescimento superior a 1000%, sendo o principal produto exportado pela região, seguido por vassouras e escovas (US$ 15,8 milhões; incremento de 15%).
A região Serrana registrou uma corrente de comércio de US$ 4,7 bilhões, com crescimento de 16% comparado a 2020. Nas exportações, a região totalizou US$ 504 milhões, com recuo de 40%. A retração foi reflexo da diminuição de 54% nos embarques para os EUA (US$ 307 milhões; 61% de participação) e da redução de 47% nas vendas de turborreactores, turbopropulsores e outras turbinas (US$ 307 milhões; 61% de participação).
Já em relação às importações, as compras da região Serrana totalizaram US$ 4,2 bilhões, representando um resultado positivo de +31%. O crescimento foi decorrente do aumento de 40% nas compras oriundas dos EUA (US$ 3 bilhões), principal importador da região (72% de participação). Seguindo esta tendência, as importações de turborreactores, turbopropulsores e outras turbinas cresceram 35% comparadas à 2020, somando US$ 3,5 bilhões.
Em 2021, a região Sul Fluminense totalizou US$ 1,5 bilhão em exportações e US$ 3,2 bilhões em importações, registrando uma corrente de comércio de US$ 4,6 bilhões, crescimento de 51% frente à 2020. O aumento de 46% nos embarques foi consequência do avanço nas exportações de Resende (US$ 443 milhões; +64%) e Volta Redonda (US$ 402 milhões; +70%). Com relação aos destinos, a Argentina (US$ 429 milhões) apresentou a maior participação, 29%. Em paralelo, os produtos laminados planos de ferro ou aço (US$ 326 milhões) foram o principal produto da pauta exportadora da região, com participação de 22% e crescimento de 63%.
Em relação às importações, as compras da região Sul aumentaram 53% em 2021, somando US$ 3,2 bilhões. O aumento foi reflexo do crescimento das importações oriundas da Argentina (US$ 552 milhões; +125%), Chile (US$ 406 milhões; +180%) e China (US$ 360 milhões; +21%). Entre os principais produtos, cabe destaque às importações de automóveis de passageiros (US$ 488 milhões; +156%), cobre afinado e ligas de cobre (US$ 415 milhões; +185%) e veículos para transporte de mercadorias (US$ 407 milhões; +84%).
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