Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro | Fevereiro 2023
O estado do Rio de Janeiro somou uma corrente de comércio de US$ 73 bilhões no ano de 2022, valor 23% superior ao ano de 2021. O estado repetiu o resultado positivo apresentando crescimento 29% referente às exportações (US$47,9 bilhões) e 13% nas importações (US$ 25,4 bilhões). Esse cenário refletiu em um saldo comercial superavitário em US$ 22,6 bilhões. Considerando apenas as regionais fluminenses, exceto a capital, elas representaram 54% das exportações do estado, ou US$ 26 bilhões, enquanto nas importações a participação foi de 66%, somando US$ 16,7 bilhões ao longo de 2022.
Cabe observar que o critério de classificação das exportações por municípios é diferente daquele utilizado nas exportações por Unidades da Federação, pois este considera o domicílio fiscal da exportadora (e não o estado Produtor). Logo, o total computado (de um mesmo período) para a exportação por UF não será idêntico à soma das exportações dos municípios daquela determinada unidade da Federação.
Em 2022, as empresas localizadas em Caxias e Região somaram uma corrente de comércio de US$ 23,6 bilhões, crescimento de 26% frente ao ano anterior. No total, as vendas internacionais da regional somaram US$ 18,3 bilhões, destacando-se as exportações de óleos brutos de petróleo originadas em Duque de Caxias que avançaram 18% no período e tiveram como principal destino a China. Pode-se destacar também as vendas de preparações antidetonantes (US$ 13,4 milhões) com origem em Belford Roxo que avançaram 113% comparadas ao ano de 2021.
Nas importações, as compras internacionais de Caxias e Região (US$ 5,3 bilhões) incrementaram em 56%. Entre os munícipios, é possível destacar as importações de Duque de Caxias (US$ 4,3 bilhões) e Belford Roxo (US$ 1 bilhão). Com relação aos produtos importados pela região, ressalta-se os desembarques de óleos brutos de petróleo (US$ 3,4 bilhões) com crescimento de 101%, principalmente com origem no mercado saudita.
Com relação à corrente de comércio, a região Centro-Norte teve avanço de 17%, totalizando US$ 26,8 milhões no acumulado anual de 2022. Nas exportações (US$ 4,1 milhões), o principal parceiro foram os EUA (US$ 732 mil). Entre os municípios, se destacaram os embarques de Nova Friburgo (US$ 2,6 milhões), com crescimento de 20% comparado ao ano anterior. Já sobre os produtos, a tendência positiva se mantém com o incremento de 91% nas vendas internacionais de álcool etílico (US$ 801 mil), principal produto exportado pela região.
Nas importações, a região Centro-Norte incrementou em 15% suas compras internacionais em 2022, consequência do avanço dos desembarques de Cantagalo (US$ 7,5 milhões) e Bom Jardim (US$ 1,4 milhão), cujos crescimentos foram de 21% e 296%, respectivamente. Entre os principais mercados de origem, os EUA (US$ 7,6 milhões) foram o principal mercado parceiro com destaque para as compras de coque de petróleo do mercado estadunidense com preço médio de US$ 0,19 por quilograma.
A corrente de comércio da região Centro Sul fluminense registrou o valor de US$ 269 milhões, sendo US$ 97,3 milhões em exportações e US$ 172 milhões em importações, representando um saldo comercial deficitário de US$ 75 milhões. Nas exportações, apesar da redução de 17% no volume de embarques para os EUA (US$ 56,8 milhões), o país se manteve como principal parceiro das vendas da região, com participação de 58%. Cabe destacar que o principal produto da pauta exportadora da região foram outras preparações de carne (US$ 53 milhões). Pode-se evidenciar também o crescimento de 36% nos embarques de outras chapas e folhas de plástico, que registraram o valor de US$ 28 milhões. Em relação aos municípios destacam-se as vendas de Três Rios (US$ 93 milhões), com participação de 96%.
Nas importações, a região manteve patamar similar ao de 2021. Destacaram-se as compras originárias do Peru, que somaram US$ 44,7 milhões, valor representado sobretudo por zinco em formas brutas e outros produtos hortícolas. Nos municípios evidencia-se a participação de Três Rios (US$ 146 milhões) que representou 85% das compras internacionais da região em 2022. Entre os produtos importados pelo Centro-Sul Fluminense, destacam-se zinco em formas brutas (US$ 52,6 milhões) e outras obras de alumínio (US$ 26,4 milhões), com aumentos de 32% e 99% respectivamente.
Em 2022, a corrente de comércio da região Leste Fluminense registrou avanço de 46%, totalizando US$ 1,2 bilhão. Em relação aos embarques, a região somou US$ 698 milhões, representando um incremento de 124%. A Malásia foi o principal mercado parceiro (US$ 339 milhões), sendo o destino de 48% das exportações da região. Já entre os municípios, destaca-se Niterói (US$ 644 milhões) como principal exportador e que teve crescimento de 140% nas vendas internacionais comparadas ao ano anterior. Por fim, a região registrou avanço acima de 1000% nas vendas de correntes, cadeias e suas partes (US$ 21,6 milhões) que foi o segundo maior produto na pauta exportadora.
Nas importações, a região somou US$ 537 milhões, representando um avanço de 1% frente a 2021. Entre os municípios, ressaltam-se as importações de Niterói com US$ 272 milhões, cujas compras tiveram participação de 51% do total do Leste Fluminense. Apesar da queda de 16% em relação à 2021, a Alemanha (US$ 89,3 milhões) foi a principal origem das importações da regional, destaque para os desembarques de instrumentos e aparelhos para medicina, principal produto na pauta importadora da região Leste.
A região Noroeste Fluminense, em 2022, registrou uma corrente de comércio de US$ 3,7 milhões, crescimento de 27% em relação ao ano anterior. Em relação às vendas, a região totalizou US$ 255 mil, incremento de 31% comparado à 2021. O crescimento foi reflexo do aumento de 78% nas exportações de Itaperuna (US$ 38,2 mil) e uma progressão de 147% nos embarques para o Uruguai (US$ 159 mil), principal destino das vendas da região com 62% de participação. Destaca-se também um aumento de 9% nas exportações de pedras de cantaria ou de construção (US$ 92,3 mil), que corresponderam a 36% dos embarques do Noroeste Fluminense.
Nas importações, a região apresentou crescimento de 27%, alcançando a marca de US$ 3,4 milhões. O aumento é consequência do avanço de 44% nas compras de aparelhos para medicina, principal produto da pauta importadora da região que somou US$ 1,5 milhão e teve participação de 43% dos desembarques do Noroeste Fluminense. Ainda sobre as importações, cabe destacar o crescimento de 862% nas compras provenientes dos EUA (US$ 1,7 milhão), principal origem das importações da região em 2022 com 50% de participação.
No acumulado anual de 2022, a corrente de comércio da região Norte Fluminense totalizou US$ 3,5 bilhões, recuo de 5% comparado ao ano anterior. Apesar do resultado, as exportações das empresas da região Norte cresceram 19%, somando US$ 2,5 bilhões, reflexo, principalmente, do crescimento de 56% nas vendas internacionais originadas em São João da Barra (US$ 2 bilhões). A Índia (US$ 669 milhões) permaneceu como principal destino das exportações da região Norte. No entanto, é possível destacar também o crescimento de 35% das vendas com destino ao mercado estadunidense. Já sobre os produtos, as vendas de óleos brutos de petróleo (US$ 2,4 bilhões) apresentaram avanço 26% em 2022 e representaram 97% do total exportado pela região.
Já nas importações (US$ 998 milhões), houve retração de 37% nas compras internacionais da região Norte, reflexo do recuo de 62% nas compras de Macaé (US$ 448 milhões). Os EUA (US$ 254 milhões) permaneceram como a principal origem das compras da região apesar do recuo de 44% comparado com 2021. Entre os produtos, é possível destacar o crescimento acima de 1000% das compras de grupos electrogéneos (US$ 94,7 milhões) que foi o principal produto da pauta importadora do Norte Fluminense.
No ano de 2022, Nova Iguaçu e Região registrou uma corrente de comércio de US$ 2,4 bilhões, com redução de 35% comparado a 2021. Nas exportações, a região somou US$ 2,2 bilhões, com recuo de 37%. Essa diminuição está atrelada ao retrocesso de 32% nos embarques para a China, país que recebeu a maior parcela das vendas (67% de participação; US$ 1,5 bilhão). Em relação aos produtos é possível destacar bombas, granadas e outras munições (US$ 16,5 milhões) com preço médio de US$ 79,39 por quilograma.
Nas importações, as compras da região aumentaram em 9%, alcançando US$ 198 milhões, reflexo do aumento de 140% em compras originárias da Alemanha (US$ 25 milhões). Já nos produtos, chapas, tiras e folhas, de níquel (US$ 16,7 milhões; 8% de participação) ocupou o posto de principal produto da pauta importadora da região. Pode-se destacar também os desembarques de óleos de petróleo, exceto óleos brutos (US$ 13,3 milhões) com um crescimento de 67%. Quando observados os municípios, evidencia-se Seropédica (US$ 73,5 milhões), com crescimento de 15% e 37% de participação nas importações da região.
Em 2022, a região Serrana registrou uma corrente de comércio de US$ 6,1 bilhões, valor 30% superior ao registrado em 2021. Com relação às exportações, houve recuo de 22% nas vendas internacionais da região Serrana, totalizando US$ 394 milhões, reflexo do retrocesso nos embarques com origem em Petrópolis. Em contraponto, destaca-se o crescimento de 684% nas exportações originadas em Teresópolis (US$ 1,7 milhão). Entre os produtos, ressaltam-se as exportações de turborreactores e outras turbinas a gás (US$ 213 milhões) que representaram 54% do total da região com preço médio de US$ 9.866 por quilograma.
Com relação às importações, as compras da região Serrana cresceram 36% no acumulado anual de 2022, somando US$ 5,7 bilhões. Acompanhando a tendência das exportações, Petrópolis (US$ 5,7 bilhões) se destacou como principal munícipio com participação próxima à 100% e teve turborreactores e outras turbinas a gás (US$ 4,9 bilhões) como principal produto da pauta importadora. Considerando os principais mercados parceiros, os 5 maiores mercados de origens das importações da região Serrana apresentaram variações positivas em 2022 (EUA, França, Turquia, Alemanha e China).
No acumulado anual de 2022, as empresas localizadas na região Sul Fluminense somaram uma corrente de comércio de US$ 5,6 bilhões, avanço de 22%. Nas exportações, os embarques totalizaram US$ 1,9 bilhão, destaque para o crescimento nas vendas internacionais de Resende (US$ 638 milhões; 44%), Volta Redonda (US$ 532 milhões; 32%) e Porto Real (US$ 470 milhões; 46%). Entre os produtos, é possível destacar as vendas internacionais de produtos laminados planos de ferro ou aço (US$ 346 milhões), principalmente para o mercado estadunidense. Outro destaque são as exportações de automóveis de passageiros (US$ 259 milhões) que representaram 33% dos embarques da região para Argentina, principal parceiro.
Em relação às importações, as compras da região Sul incrementaram 19% comparadas com 2021, totalizando US$ 3,7 bilhões. Nos municípios, se destacaram as importações de Resende (US$ 1,2 bilhão) que representaram 32% do total da região. A Argentina (US$ 733 milhões) permaneceu como principal mercado de origem das importações do Sul Fluminense, reflexo, principalmente, do avanço de 65% dos desembarques de automóveis de passageiros oriundos do mercado argentino. Entre os produtos, pode-se destacar também as compras de coques e semicoques de hulha (US$ 363 milhões) que avançaram 143% no período analisado.
A capital fluminense somou uma corrente de comércio de US$ 30,5 bilhões, valor 32% superior ao de 2021. Este resultado reflete um aumento de 56% nas exportações do munícipio do Rio de Janeiro (US$ 21,9 bilhões), principalmente dos valores das vendas de óleos brutos petróleo (US$ 17 bilhões) que avançaram 70% frente ao mesmo período de 2021. Com relação aos principais mercados parceiros, a China (US$ 7,9 bilhões) foi o principal destino dos embarques da região com participação de 36%. No entanto, cabe destaque também para as exportações com destino à Coreia do Sul (US$ 1,2 bilhão) que cresceram 33% no acumulado anual de 2022.
Já nas importações, as compras internacionais da capital fluminense recuaram 5% com relação à 2021, totalizando US$ 8,6 bilhões. Este resultado é consequência do recuo de 16% nos desembarques originados nos EUA (US$ 2,8 bilhões), que permaneceu como principal parceiro do município nas importações. Entre os produtos, é possível destacar o crescimento de 173% nas compras de hulhas (US$ 1 bilhão), terceiro maior produto da pauta importadora com participação de 12%.
Destaques das Regionais 2023