Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro | Março 2023
Na soma dos meses de janeiro e fevereiro de 2023, a balança comercial brasileira registrou um saldo comercial de US$ 5,1 bilhões, reflexo de US$ 43,4 bilhões em exportações e US$ 38,3 bilhões em importações. Em relação à corrente de comércio do Rio de Janeiro, o estado permanece como o segundo ator entre as unidades federativas na corrente de comércio brasileira, com participação de 10%, totalizando US$ 8,4 bilhões no acumulado anual e atrás apenas de São Paulo.
No acumulado anual de 2023, as exportações fluminenses (US$ 4,7 bilhões) tiveram uma redução de 27% frente ao mesmo período de 2022. Esse cenário foi impactado pela diminuição de 35% nas vendas de produtos básicos (US$ 3,3 bilhões), consequência do recuo de 36% na indústria de Petróleo e gás natural (US$ 3,2 bilhões), que compõe o principal setor da pauta exportadora do Rio de Janeiro. Entretanto, destaca-se um crescimento de 12% nos embarques de produtos semimanufaturados (US$ 523 milhões), efeito do aumento de 2% na indústria de Metalurgia (US$ 607 milhões), sobretudo de produtos semimanufaturados de ferro ou aços, (US$ 484 milhões; avanço de 14%) que teve como principal destino os EUA (US$ 459 milhões).
Em relação às importações fluminenses, o acumulado anual foi de US$ 3,6 bilhões, que representou um encolhimento de 18% se comparado ao mesmo período de 2022. No que diz respeito às indústrias fluminenses, Outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (US$ 966 milhões) foi a principal indústria importadora na soma dos meses de janeiro e fevereiro, representando 27% do total. Além disso, vale destacar o crescimento de 72% da indústria de Metalurgia (US$ 281 milhões). Em referência aos produtos, destaca-se a diversidade da pauta importadora do Rio de Janeiro, com Demais produtos (soma de todos os produtos, subtraídos os 15 primeiros no ranking) (US$ 1,3 bilhão) sendo responsável por 36% da pauta. Além disso, é possível ressaltar um crescimento de 85% nos desembarques de coques e semicoques, mesmo aglomerados (US$ 125 milhões).
O comércio de óleos brutos de petróleo do estado do Rio de Janeiro apresentou um somatório de US$ 3,2 bilhões entre os meses de janeiro e fevereiro, o que expressou uma redução de 36% quando em comparação a 2022. A maior parcela das exportações foi destinada à China (US$ 1,8 bilhão), que permaneceu como principal destino, apesar da queda de 23%. Já a Espanha (US$ 444 milhões) expressou uma variação de 97%, ocupando a segunda posição entre os principais parceiros. Faz-se relevante pontuar, também, o aumento de 111% dos embarques para os Países Baixos (US$ 173 milhões), que constituiu 5% das vendas totais de óleos brutos de petróleo fluminense. No que tange às importações, constata-se, no acumulado anual, um total de US$ 406 milhões e crescimento de 3%. Este valor foi composto em 39% pela Guiana (US$ 159 milhões) e em 61% pela Arábia Saudita (US$ 247 milhões), evidenciando uma queda de 37% das compras provenientes do mercado saudita.
Quanto ao comércio exclusive petróleo, as vendas fluminenses avançaram 7% em relação a 2022, totalizando US$ 1,6 bilhão. Nesse cenário, observa-se uma diminuição de 12% daquelas destinadas aos membros da ALADI (US$ 171 milhões), consequência da redução das exportações destinadas ao Chile (US$ 27 milhões; retrocesso de 13%), à Colômbia (US$ 33 milhões; decréscimo de 29%) e à Argentina (US$ 110 milhões; recuo de 39%). Em paralelo, o EFTA (US$ 90 milhões) apresentou um crescimento de 906% das exportações - principal variação positiva entre as áreas parceiras. Faz-se importante ressaltar, ainda, o aumento de 9% das vendas de óleos combustíveis (óleo diesel, “fuel-oil”, e demais) (US$ 183 milhões) para Singapura.
No que tange às importações exceto petróleo, houve uma diminuição de 21% nos desembarques fluminenses, atingindo o valor de US$ 3,2 bilhões. Apesar da redução de 34% nas compras oriundas dos EUA (US$ 1,2 bilhão), o bloco USMCA (US$ 1,2 bilhão) permaneceu sendo a principal origem de importações do estado, com 35% de participação. Já os desembarques provenientes da ALADI (US$ 346 milhões) foram destaque, com um crescimento de 46%, impulsionado pelo aumento de 13% nas compras vindas do Paraguai (US$ 193 milhões) e um acréscimo de 8% nas importações originárias do Chile (US$ 92 milhões). Em relação aos produtos, destacam-se as importações de motores e turbinas para aviação (US$ 381 milhões) para o mercado estadunidense, alcançando um aumento de 17%. Quanto aos produtos da Lista Covid- 19, os desembarques fluminenses avançaram 37% em relação ao mesmo período de 2022, somando US$ 228 milhões. Além disso, as compras de outras obras de alumínio (US$ 7,2 milhões) se destacaram com um crescimento de 223%.
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