Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro - Novembro/2020
De janeiro a outubro de 2020, o estado do Rio de Janeiro registrou corrente de comércio de US$ 37 bilhões, recuo de 12% quando comparado ao mesmo período do ano passado, diante de US$ 19,1 bilhões em exportações e US$ 17,9 bilhões em importações. Assim, o saldo comercial foi superavitário em US$ 1,2 bilhão. Esse resultado representou participação de 12% do Rio no comércio exterior do país, permanecendo como segundo player entre os estados brasileiros com maior fluxo internacional, atrás apenas de São Paulo.
No acumulado anual até outubro, houve queda de 19% nas exportações fluminenses, reflexo do retrocesso de 11% nas vendas de produtos básicos (US$ 14,1 bilhões) e de 35% nos embarques de produtos industrializados (US$ 5 bilhões). Mantendo a tendência dos meses anteriores, as 10 principais indústrias fluminenses apresentaram queda nas exportações, entre elas: Metalurgia (US$ 1,7 bilhão; recuo de 29%), Coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (US$ 841 milhões; queda de 34%) e Outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (US$ 649 milhões; redução de 56%). Em contraponto ao cenário de queda, destacaram-se as vendas de veículos de carga (US$ 68 milhões), que cresceram 1% no período, e de torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes e partes (US$ 184 milhões), com avanço de 13%.
As importações fluminenses de janeiro a outubro recuaram 4%, apesar do crescimento de 4% das aquisições de bens industriais (US$ 15,3 bilhões). As compras de bens de capital (US$ 7,7 bilhões) avançaram 22%, reflexo das aquisições de Outros equipamentos de transporte (US$ 5,7 bilhões) que registraram incremento de 17%, incluindo plataformas de perfuração ou de exploração e demais flutuantes (US$ 5,3 bilhões), com acréscimo de 20% no período. Cabe destaque para o avanço nas importações das seguintes indústrias: Máquinas e equipamentos (US$ 3 bilhões), que obteve aumento de 25%, principalmente de torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes e suas partes (US$ 1,4 bilhão) com incremento de 17%; e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (US$ 603 milhões) com aumento de 63%, principalmente de motores, geradores e transformadores elétricos e suas partes (US$ 380 milhões), que cresceram 160%.
Em relação ao comércio de petróleo, as exportações somaram US$ 13,8 bilhões, queda de 11% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Este resultado é consequência do recuo nas vendas para a China (US$ 8,4 bilhões; -22%), EUA (US$ 601 milhões; -66%) e Chile (US$ 520 milhões; -37%). No que se refere às importações, o estado do Rio reduziu em 40% suas compras de petróleo estrangeiro, somando US$ 815 milhões, com destaque para a Arábia Saudita (US$ 714 milhões), que representou 88% do total importado pelo estado.
No comércio exclusive petróleo, as exportações tiveram queda de 34%, somando US$ 5,3 bilhões no acumulado anual. Os EUA permaneceram como o principal destino das vendas fluminenses (US$ 2,3 bilhões), apesar da queda de 17% nos embarques de produtos semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 1 bilhão) para o mercado estadunidense. Entre os blocos econômicos parceiros, as exportações para a União Europeia (US$ 845 milhões) recuaram 51% no acumulado anual, apesar do crescimento de 24% das vendas de partes de motores e turbinas para aviação com destino à França (US$ 61 milhões).
Em relação às importações exceto petróleo, as compras fluminenses recuaram 1% (US$ 17,1 bilhões). Contudo, o estado do Rio de Janeiro incrementou as importações originadas dos EUA (US$ 2,4 bilhões) e da Alemanha (US$ 1 bilhão) em 7% e 19%, respectivamente. Em relação aos produtos exclusivos para o combate à Covid-19, destaca-se o aumento nas aquisições de torneiras e dispositivos semelhantes (10%, somando US$ 1,1 bilhão) e outros reagentes de diagnóstico ou laboratório (407%, registrando US$ 75 milhões). Os produtos da Lista Covid-19 tiveram origem, principalmente, da China (9%), Alemanha (8%) e EUA (7%).