Destaques do comércio exterior do Rio de Janeiro | Agosto 2023
Entre os meses de janeiro a julho de 2023, o Brasil totalizou um saldo comercial de US$ 53,6 bilhões. Tal valor é consequência das exportações, que somaram US$ 194 bilhões, e das importações que representaram US$ 141 bilhões. Já em relação à corrente de comércio, o Rio de Janeiro, com o valor de US$ 38,5 bilhões, se manteve estável como segundo maior ator na corrente de comércio nacional e obteve participação de 11%.
No acumulado anual, as exportações fluminenses totalizaram US$ 23,3 bilhões, recuo de 7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse cenário é reflexo da diminuição de 11% das vendas internacionais na indústria de Metalurgia (US$ 2,4 bilhões), que por sua vez foi afetada pela diminuição de 10% nos embarques de produtos laminados planos de ferro ou aços (US$ 307 milhões). Destaca-se também o avanço de 68% nas exportações de Outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (US$ 359 milhões), consequência do crescimento de 70% nas vendas de partes de motores e turbinas para aviação (US$ 332 milhões), que tem como principal destino o mercado dos EUA.
Em relação às importações do Rio de Janeiro, entre os meses de janeiro e julho o estado acumulou US$ 15,2 bilhões, representando um crescimento de 5%. Apesar da relativa estabilidade representada pela baixa variação, é possível destacar um aumento de 21% nas compras da indústria de Máquinas e Equipamentos (US$ 996 milhões), impulsionadas pelo acréscimo de 14% nas importações de rolamentos engrenagens (US$ 243 milhões). Além disso, destaca-se uma diminuição de 11% nas compras internacionais da indústria de Veículos automotores, reboques e carrocerias (US$ 734 milhões), resultado da redução 41% nos desembarques de veículos de carga provenientes da Argentina.
De janeiro a julho de 2023, as exportações de petróleo alcançaram a marca de US$ 17,4 bilhões, uma redução de 10% se for comparado com o mesmo período do ano anterior. Essa diminuição pode ser explicada pelo recuo nas vendas de petróleo para os mercados europeus, como para Portugal (US$ 930 milhões), reduzindo em 37%, Espanha (US$ 1,4 bilhão), retrocesso de 20%, e Países Baixos (US$ 1,1 bilhão), diminuição de 6%.
Pode-se destacar, também, o crescimento de 14% nos embarques para a China (US$ 8,5 bilhões), país que é destino da maior parcela das vendas de óleos brutos de petróleo fluminense. Já em relação às importações, o Rio de Janeiro totalizou US$ 1,6 bilhão, uma queda de 9% em comparação com 2022. Este declínio pode ser explicado pela redução em 37% das compras de petróleo da Arábia Saudita (US$ 1,1 bilhão), maior fornecedor de petróleo do estado.
No acumulado anual de 2023, as exportações exclusive petróleo do Rio de Janeiro totalizaram US$ 6 bilhões, o que retratou uma diminuição de 1%. Apesar desse cenário representar uma estabilidade, é possível destacar o crescimento de 28% nas vendas para a Ásia (US$ 1,2 bilhão), bloco que é o segundo principal destino de produtos exceto petróleo do Rio com 19% de participação.
Tal crescimento no mercado asiático pode ser explicado pelo aumento de 284% nos embarques para a China (US$ 389 milhões) e pelo acréscimo de 9% nas exportações para Singapura (US$ 728 milhões). Além disso, vale ressaltar a redução de 30% nas vendas para a União Europeia (US$ 475 milhões), consequência da diminuição de 75% nas exportações com destino aos Países Baixos (US$ 64 milhões), sobretudo de óleos combustíveis (US$ 1,3 milhão) que reduziu 98%.
Já no que se refere às importações de produtos exceto óleos brutos de petróleo do Rio de Janeiro, houve um incremento de 7%, somando US$ 13,6 bilhões. Esse crescimento pode ser explicado pelo aumento de 28% nas compras internacionais provenientes da União Europeia (US$ 3 bilhões), consequência do acréscimo de 58% nos desembarques da Alemanha (US$ 792 milhões), principalmente relativos às importações de motores, geradores elétricos e suas partes (US$ 103 milhões) os quais aumentaram em mais de 1000%.
Ademais, vale ressaltar a redução de 8% dos desembarques oriundos do USMCA (US$ 4,6 bilhões), bloco que é a principal origem das compras internacionais do estado, com 31% de participação. No que diz respeito aos produtos da Lista COVID-19, as importações totalizaram US$ 935 milhões, equivalente a um aumento de 49% no acumulado anual. Destacam-se os desembarques de outras máquinas e aparelhos mecânicos com função própria (US$ 141 milhões), com aumento de 75%.
Agosto 2023