A Rodada de Inovação Oportunidades com Propriedade Intelectual reuniu empresas, startups e universidades com desafios e soluções inovadoras em sustentabilidade, nesta quinta-feira (29/6), na Casa Firjan. O encontro, uma parceria Casa Firjan e Firjan IEL com apoio da Finep, promove, periodicamente, apresentações de empresas e instituições, a fim de gerar inovação, conexão, colaboração e licenciamento de propriedade intelectual nas iniciativas que buscam oportunidades de acesso a novas tecnologias. Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan, destacou o propósito de criar encontros estratégicos, dinamizando e mantendo ativo o ambiente de inovação no Rio de Janeiro.

Assista abaixo a íntegra da Rodada: 

Ao tratar da inovação em sustentabilidade nas indústrias, Antonio Fidalgo, pesquisador-chefe do Instituto SENAI de Inovação em Química Verde da Firjan SENAI, apresentou alguns projetos desenvolvidos pelos 27 institutos da Rede SENAI no país. “A carência de gás e energia motivada pela guerra da Ucrânia tem aumentado o investimento em pesquisas para novos combustíveis. Além da pesquisa sobre o uso de resíduos sólidos para a fabricação de gás natural, estamos trabalhando em um projeto que obtém combustível a partir de pneus usados”, contou.

Thais Macieira, analista de Inovação da Finep, falou sobre os projetos de sustentabilidade da instituição, enquanto Tami Vivas, coordenadora da Divisão de Captação de Recursos da Firjan, abordou o processo de inscrição, financiamento e desenvolvimento de projetos apoiados pela federação.  

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A Rodada abordou os desafios de empresas em sustentabilidade, como o Porto do Açu, que mantém a maior reserva natural particular de restinga do Brasil em suas instalações, a Caruara, de 40 quilômetros quadrados, em São João da Barra, no norte fluminense. “A área preservada é duas vezes e meia maior do que o setor operacional do porto e responde a uma proposta para mitigar a mudança climática através da conservação e restauração de ecossistemas marinhos e costeiros”, contou Juliane Carneiro, líder de PD&I do Porto do Açu. Ela falou também de estudos desenvolvidos por startups com universidades para o reuso de lama de dragagem na construção civil e da pesquisa sobre as possibilidades de navegabilidade em lama fluida em determinadas áreas do Porto.

Alexandre de Castro, gerente de Inovação do grupo Energisa, apresentou o projeto de geração de hidrogênio verde a partir de eletrólise, ainda em processo de análise das propostas para sua resolução, enquanto Livia Savignon, coordenadora de Inovação da Ocyan, citou parcerias com startups em estudos para gerenciamento e reciclagem de resíduos, segurança e monitoramento de impactos ambientais.

Startups que já trabalham incubadas em universidades ou com projetos de empresas também mostraram alguns desses trabalhos. A Innomaker quer levar para mercados fora do Rio, como a Amazônia, o catamarã autônomo movido à energia solar que faz monitoramento de qualidade de água nas lagoas de Itaipu e Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. Já a Enguia, empresa especializada em eficiência energética, desenvolveu projetos para a redução de consumo de energia elétrica residencial, comercial e em escolas públicas do Rio de Janeiro. Também fizeram apresentações as startups Chemical, Things Go Online e Delta Entech e instituições de ciência e tecnologia como a Inova UFRJ, a AGIR UFF e a PUC-Rio.