<img height="1" width="1" style="display:none;" alt="" src="https://px.ads.linkedin.com/collect/?pid=4124220&amp;fmt=gif">
Portal Sistema Firjan
menu

Notícias

Competitividade / Economia do Rio

Lançamento da 4ª edição do estudo “Petroquímica e Fertilizantes no Rio de Janeiro 2025” reforça potencial de expansão das indústrias no estado

Vice-presidente da Firjan, Raul Sanson destacou a relevância das cadeias de óleo, gás, energias e naval para a economia

Vice-presidente da Firjan, Raul Sanson destacou a relevância das cadeias de óleo, gás, energias e naval para a economiaFoto: Pedro Kirilos

Tempo médio de leitura: ...calculando.

Publicado em 12/12/2025 19:58  -  Atualizado em  12/12/2025 20:25

No lançamento da 4ª edição do estudo “Petroquímica e Fertilizantes no Rio de Janeiro 2025”, a Firjan reuniu representantes do setor público, empresas, especialistas e lideranças industriais para discutir os rumos e as oportunidades das indústrias de petroquímica e de fertilizantes no estado. A publicação da Firjan SENAI SESI, que se consolidou como uma referência estratégica para o mercado, foi apresentada na sede da federação, em 4/12.

De acordo com o estudo, apenas no Rio de Janeiro, o potencial de aportes na indústria petroquímica e de fertilizantes pode facilmente superar R$ 25 bilhões, impulsionado por infraestrutura consolidada, pela composição rica do gás natural e pelo papel estratégico do estado como hub logístico.

Baixe aqui o estudo Petroquímica e Fertilizantes no Rio de Janeiro 2025

Vice-presidente da Firjan, Raul Sanson destacou a relevância das cadeias de óleo, gás, energias e naval para a economia fluminense. Segundo ele, a federação encerra o ano com “um ciclo robusto de eventos de conexão dedicados a esses mercados”, reforçando o compromisso da instituição com o desenvolvimento industrial. “O petróleo e o gás representam nossa maior riqueza, nossa maior exportação e a principal conexão do Rio de Janeiro com o mundo”, afirmou.

Ele agradeceu a colaboração de especialistas e instituições que contribuíram com análises e artigos, entre elas o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Embrapa, BNDES, Petrobras, Braskem, ICONIC Lubrificantes, Porto do Açu, SINPRIFERT (Sindicato Nacional das Indústrias de Matérias Primas para Fertilizantes) e Secretaria de estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços do Rio de Janeiro (Sedeics).

Patrícia Dias Fernandes, gerente do Departamento de Indústrias de Base e Extrativa do BNDES, citou a iniciativa de lançar uma publicação relevante para orientar o debate e os investimentos no setor petroquímico e de fertilizantes. “O BNDES tem acompanhado esse setor com atenção e buscado ampliar sua atuação para fortalecer oferta, eficiência e inovação com sustentabilidade. Nossa estratégia está alinhada à Nova Indústria Brasil, que estabelece metas claras para uma indústria mais inovadora, digital, verde, exportadora e produtiva.”, afirmou.

Já o pesquisador da Embrapa Solos, Paulo Cesar Teixeira, ressaltou que eventos como este são fundamentais para aproximar governo, empresas e academia: “Só com atuação conjunta conseguiremos transformar ideias em aumento real da produção de fertilizantes no país. O Rio de Janeiro reúne uma combinação rara de vantagens: recursos de óleo e gás, infraestrutura industrial, centros de pesquisa de excelência e um parque tecnológico que já apoia o setor. O estado também foi pioneiro ao criar seu plano estadual de fertilizantes, algo que agiliza políticas e atrai investimentos”.

Conheça a apresentação da Embrapa Solos

Concordando com Teixeira, o diretor de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário do MAPA, Tiago Dahdah, também destacou que é simbólico reunir indústria, pesquisa, financiamento e governo. “Essa integração é a base para reconstruir a indústria nacional de fertilizantes. Produzir fertilizantes no Brasil é também responder à agenda climática e geopolítica, reduzindo emissões e fortalecendo a autonomia do complexo mineral-energético alimentar”.

Bernardo Silva, diretor executivo do SINPRIFERT, disse que o estudo trata de um tema dos mais estratégicos para o país que são os fertilizantes. “Se a gente quer concretizar o futuro do Brasil de ser o celeiro do mundo, de fornecer alimentos de forma sustentável para o mundo e ter a soberania na produção dos alimentos, ter uma indústria de fertilizantes forte é essencial. E o Rio de Janeiro tem esse potencial de ser uma liderança na produção de fertilizantes”.

Painel Empresarial

No painel empresarial, moderado por Felipe Siqueira, especialista de Petróleo, Gás, Energia e Naval da Firjan, participaram representantes da Petrobras, Braskem, Porto do Açu e Ionic.

IC-Petroquimica-Fertilizantes-painel.jpg

Edmundo José Correia, gerente-geral de Integração e Participação de Negócios Petroquímicos da Petrobras, afirmou que o ponto central é justamente o retorno da Petrobras a esses setores, movimento que faz com clareza estratégica e foco na monetização das reservas de petróleo. “O primeiro passo dessa retomada é religar as unidades que já pertencem à Petrobras. Tanto a ANSA, no Paraná, quanto as FAFENs da Bahia e de Sergipe voltarão a produzir ureia, somando 2,8 milhões de toneladas por ano. Esse processo acontecerá ao longo do próximo ano e permitirá atender cerca de 20% do mercado nacional.”

O diretor industrial da Braskem Rio de Janeiro, Sérgio Saccomandi, informou que a empresa está passando por um profundo processo de transformação. “É um contexto desafiador: vivemos o ciclo de baixa mais longo da história da petroquímica, resultado de excesso de oferta global, desaceleração da demanda, juros altos e incertezas geopolíticas. Esse cenário exige da indústria uma reação firme para aumentar sua competitividade. Temos o projeto que está ancorado no fornecimento de etanol, que será processado em Duque de Caxias. Trata-se de uma expansão relevante, com impacto direto na competitividade da companhia e na cadeia petroquímica brasileira.”

Pelo Porto do Açu, falou João Braz, diretor Comercial e Chefe de Industrialização, Energia e Terminais, ressaltando que a empresa pode contribuir não apenas para o estado do Rio, mas para todo o Brasil, ajudando a melhorar a competitividade do agronegócio e da indústria de fertilizantes. “O Porto do Açu não é apenas um porto. Ele é um porto e um distrito industrial ao mesmo tempo, e isso muda completamente o patamar de atuação. Temos uma área estratégica no Norte Fluminense, que combina infraestrutura portuária de classe mundial com espaço, energia e condições para receber indústrias intensivas em capital e logística.”

Veja aqui a apresentação do Porto do Açu

Já Fernanda Ribeiro, gerente de Produtos da Iconic, explicou que a empresa foi criada em 2018, responsável pelo desenvolvimento, produção, distribuição, vendas e marketing dos lubrificantes Ipiranga e Texaco, com uma planta de lubrificantes em Duque de Caxias, outra de graxas e colantes em São Paulo, e um terminal de óleos básicos no Rio de Janeiro. “Atendemos setores como mineração, siderurgia, agro, transporte e geração de energia. O lubrificante tem papel estratégico na eficiência energética e, consequentemente, na descarbonização, tanto no transporte quanto na indústria.”

A ICONIC pode ser conhecida aqui

A seção de encerramento contou com a participação do vice-presidente do Simperj (Sindicato da Indústria de Material Plástico do estado do Rio de Janeiro) e do superintendente de Novas Economias da Sedeics, que trouxe atualizações sobre a constituição do CEFENP (Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas). “O CEFEP nasce para integrar ciência, indústria e política pública, convertendo dependência externa em inovação e competitividade interna”, destacou Pedro Veillard.

A apresentação da Sedeics sobre a CEFENP

O presidente do Siquirj (Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para Fins Industriais do Estado do Rio de Janeiro), Isaac Plachta, reforçou o papel estratégico da petroquímica para o desenvolvimento do estado e do país. Segundo ele, o Rio reúne condições únicas para recuperar o protagonismo perdido ao longo dos últimos anos.

“Quando governo, empresas, entidades setoriais e a cadeia produtiva se unem, o resultado é simples: o Rio se torna um polo natural para novos investimentos”, afirmou. Plachta definiu a publicação como “uma grande agenda para o futuro”, capaz de orientar investimentos, identificar oportunidades e posicionar o estado do Rio para um novo ciclo de crescimento.

 
Para Empresas
Competitividade Empresarial Educação Qualidade de Vida