Vista aérea do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do GovernadorFoto: Divulgação/RIOGaleão
Os planos de implantação de um novo polo de desenvolvimento econômico no entorno do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), que incluirá centros de saúde, empresas diversas de tecnologia da informação e instituições de ensino, foi apresentado em reunião do Conselho Empresarial de Competitividade da Firjan, em 14/5. Para Felipe Meier, presidente do Conselho, é importante que a federação tome conhecimento do projeto que pretende trazer “investimento, renda, emprego, turismo, velocidade de atendimento, entre outros pontos interessantes para o Rio de Janeiro”.
Devido aos interesses comuns quanto a essa temática, Felipe Meier salientou a participação na reunião de Mauro Viegas Filho, presidente Conselho de Infraestrutura da Firjan. O Aldeya Life Park pretende implantar na cidade o conceito de “aerotrópole” – uma área de 150 mil metros quadrados, cedida pela Rio Galeão, para abrigar universidade, escola, hospital, hotéis, centro de convenções, restaurantes, atraindo indústrias de alta tecnologia, centros de pesquisa e inovação, além de serviços de transporte e logística. A ligação dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont por barcas, em fase de licitação pela prefeitura carioca, levaria à criação de uma estação para receber os passageiros e levá-los de carro até a área de embarque.
Segundo André Gherman Bendavit, CEO do Aldeya, o projeto é ancorado na educação. No local já existe a unidade Ilha da Universidade Estácio de Sá. “Queremos montar uma Escola do Ar, oferecendo qualificação e treinamento para toda a cadeia de colaboradores do aeroporto, do pessoal de embarque aos pilotos”, afirmou Bandavit, acrescentando que o centro de saúde seria próximo à pista de pouso, para facilitar o transporte de acidentados e de órgãos para transplante.
Até o fim de 2024, o Galeão deverá receber 10 milhões de passageiros, número que tende a aumentar. Para André Zajdenweber, da consultoria Graf, que fez o estudo da curva de crescimento dos passageiros no aeroporto, cerca de 7% deles deverão usar o transporte de barcas para chegar à Ilha do Governador. O vencedor da licitação para explorar a ligação aeroviária entre os dois aeroportos deverá ser anunciado em junho. A previsão é de que as obras de implantação levem dois anos e que a viagem, de até 45 minutos, custe R$ 20 por usuário.
“Precisamos investir em mudança de cultura, pois estamos acostumados a nos deslocar em carros particulares, sem usar o transporte público, que é hábito generalizado nos países estrangeiros. A travessia pelo mar mostra a Baía de Guanabara, com paisagens mais agradáveis ao olhar do que a Avenida Brasil ou a Linha Vermelha”, ponderou Zajdenweber.
Coordenação entre SDU e Galeão
A operação coordenada entre o Galeão e o Santos Dumont é um pleito defendido pela Firjan. A medida já gerou resultados positivos, como o aumento de 200% no volume de carga doméstica transportada no Galeão no primeiro bimestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reuniu com empresários fluminenses na sede da federação no início deste mês. Na ocasião, foi ressaltado ao ministro que é fundamental que se chegue rapidamente à definição da continuidade do concessionário do Galeão, conferindo a segurança jurídica necessária para viabilizar novos investimentos e garantir a eficiência operacional