Entregar soluções baseadas em biologia molecular para a indústria e ampliar a capacidade dos institutos SENAI para a realização de testes da Covid-19 e pesquisas sobre a doença são as principais finalidades da Rede Biomol (Rede de Biologia Molecular). Lançada há cerca de dois meses, a rede é uma iniciativa do SENAI Nacional, reunindo nove institutos, incluindo dois da Firjan: o Instituto SENAI de Tecnologia (IST) Química e Meio Ambiente e o Instituto SENAI de Inovação em Química Verde (ISI QV).
A ideia da Rede neste momento é se dedicar a soluções imediatas de que as empresas necessitam, como testes do PCR e teste sorológico para detecção do vírus da Covid-19, segundo explica Carla Giordano, gerente de Gestão Tecnológica da Firjan. Em um segundo momento, a Rede Biomol pretende apoiar a indústria no desenvolvimento de novas rotas tecnológicas, de produtos e processos relacionados à biotecnologia aplicada a diferentes setores industriais (Bioeconomia). “A proposta mais à frente é realizar projetos de pesquisa no campo da biologia molecular, com o objetivo de oferecer soluções para a sustentabilidade dos sistemas de produção e possibilitar a substituição de recursos fósseis e não renováveis”, acrescenta ela.
Testagem inteligente identifica riscos potenciais na empresa
A rede nasceu com a necessidade de buscar soluções para auxiliar as indústrias na crise. Contando com verba do BNDES, disponibilizada após a realização de edital, nove institutos SENAI foram credenciados. Com isso, houve investimento em infraestrutura, como em aperfeiçoamento de laboratórios e aquisição de equipamentos, e no capital humano.
Consolidando esses objetivos, a Firjan SENAI desenvolveu o Smart Test, ou testagem inteligente, que já está sendo utilizado. É um programa que traça o perfil de risco da empresa, com indicação de quais trabalhadores possuem maior risco de contaminação e quais já tiveram contato com o vírus. A Inteligência Artificial do Smart Test atua no cruzamento de informações dos colaboradores e dos resultados de testagens. Com base no cruzamento dos dados, são feitas as recomendações para planejar a estratégia de retorno seguro das atividades da empresa.
Ao final desse trabalho, a empresa recebe o relatório de todos os funcionários que foram testados, identificando os que têm riscos potenciais. Com essa identificação em mãos, a empresa pode reunir os mecanismos necessários para fazer o afastamento daquela pessoa, podendo colocá-la em home office ou trabalhando em uma área mais isolada.
“O coronavírus tem como característica a contaminação de um para muitos, e esse é o principal desafio. Com o Smart Test, a empresa consegue fazer esse retorno à atividade produtiva e manter o isolamento de forma mais inteligente. Ela consegue mitigar os riscos e mesmo assim manter a atividade laboral”, conclui Carla.
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