Na busca por saídas eficientes em prol do bem-estar da população, a Firjan fez brotar importantes soluções. Há cerca de cinco meses, o Instituto SENAI de Inovação em Química Verde (ISI QV) está debruçado em estudos e pesquisas para desenvolver testes com baixos custos e múltiplas testagens, compartilhando essas metodologias de forma aberta, com quem quiser replicar.
A Firjan SESI e a Firjan SENAI estão na vanguarda, conseguiram feitos históricos, na opinião do pesquisador-chefe do ISI QV, Antonio Fidalgo, que lembra o fato de, em pouco tempo, terem conseguido produzir muito conhecimento sobre a Covid-19, como a testagem em massa, que é diferenciada; e a construção de uma série de ferramentas que, futuramente, poderão ser adaptadas para outras doenças.
“Outro grande benefício é termos tornado o teste mais acessível, o que foi um grande problema mundial. Muito da pandemia ter chegado a esse patamar deve-se à baixa capacidade de testagem. Se houvesse formas mais rápidas e efetivas de testar grande parte da população, teria sido possível ter mais controle da doença”, explica Fidalgo.
O “Pooling Multiplex” é um exemplo. Com protocolo público, disponibilizado pelo ISI QV para laboratórios especializados no Brasil e no mundo, a metodologia já está sendo utilizada por várias empresas do país, como a Petrobras e a própria Firjan, que se uniram para desenvolver essa pesquisa. Mais ágil e econômico, o teste permite a avaliação de diversas pessoas simultaneamente.
Também com tecnologia disponível e em linha com as ações de Mobilização do Programa Resiliência Produtiva Firjan, um dos principais desenvolvimentos da Firjan SENAI está na reta final: é a “Formulação sinalizadora” para detecção de coronavírus. No último mês de projeto, estão sendo dados os ajustes finais, quando são avaliados os sistemas com amostras de pessoas infectadas, e os resultados são comparados com os pacientes sadios.
Apesar de não estar concluída, a formulação é extremamente promissora, uma vez que está se mostrando capaz de reconhecer o SARS Cov 2, o novo coronavírus. O trabalho deverá estar concluído no final do ano e os pesquisadores esperam que no curto ou médio prazo a nova modalidade de teste chegue ao mercado nacional e ajude no diagnóstico da Covid-19.
Conheça melhor as descobertas
Composto por um anticorpo que reconhece a proteína do vírus, o processo da “Formulação sinalizadora” funciona assim: quando o paciente é positivo, o sistema, que é florescente, perde a coloração. O diagnóstico ocorre em 10 minutos, 15 no máximo, após coleta com swab, da nasofaringe, de cada um dos septos.
Já o projeto “Pooling Multiplex” é uma abordagem que usa duas estratégias, o pool e o multiplex. É uma otimização do diagnóstico da Covid-19 por PCR, o diagnóstico molecular que detecta a presença do vírus nas amostras de nasofaringe. Na reação multiplex são reunidos três alvos – dois virais e um controle humano. Com isso, é feita uma única reação para cada pessoa, em vez das três usuais, multiplicando por três a possibilidade de diagnóstico por vez.
O pooling usa ainda outra estratégia de otimização. Nela são unidas amostras de diferentes pacientes em uma única reação, de quatro, oito ou mais, dependendo da prevalência do vírus na população. Dessa forma, aumenta o número de indivíduos diagnosticados por vez.
Institutos e laboratórios interessados em ter acesso ao protocolo “Pooling Multiplex” devem entrar em contato pelo email: isi.quimicaverde@firjan.com.br
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