Marcelo Kaiuca, vice-presidente da Firjan e presidente do Induscimento, na abertura do evento, no auditório Aquário da Casa FirjanFoto: Vinicius Magalhães
Os investimentos e as soluções técnicas adequadas para garantir a universalização dos serviços de água e esgoto foram tema do "Workshop Saneamento: Investimentos, Aspectos Técnicos em Face do Novo Marco”, realizado pela Firjan em parceria com o Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento do Estado do Rio de Janeiro (Induscimento), em 7/11, na Casa Firjan. O evento reuniu diversas empresas da cadeia produtiva do setor e representantes de prefeituras.
“A Firjan sempre atuou com protagonismo em defesa do saneamento. As concessões dessa área no Brasil representam um dos maiores programas de meio ambiente do mundo. Os investimentos também geram centenas de milhares de empregos. Para completar, contribuem de forma inestimável para a melhoria dos indicadores em saúde e em educação. Em um estudo divulgado logo após o Marco Legal, a Firjan já destacava, por exemplo, que os investimentos em saneamento no estado do Rio levariam a uma economia de quase R$ 98 bilhões em gastos na área de saúde”, destacou Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, na abertura do evento.
Caetano citou várias ações da Firjan em prol de um ambiente com mais tratamento de água e esgoto. “Mas apesar de todo o empenho das concessionárias, sabemos que temos um longo caminho a percorrer para que o saneamento no estado do Rio e no Brasil finalmente seja o do século em que vivemos, não o do século passado”, concluiu.
Já o presidente do Induscimento, Marcelo Kaiuca, lembrou que o objetivo do Marco de Saneamento é que os serviços de água e esgoto sejam universalizados até 2030. A meta é garantir que 99% da população sejam abastecidos com água potável e 90% atendidos com coleta e tratamento de esgoto.
“Essa legislação (Lei federal nº 14.026/2020) inclui uma parceria entre os setores público e privado. Vamos discutir os desafios de financiamento e execução, impacto social e ambiental, desigualdades regionais, inovação e fiscalização. No Rio, a expectativa é de que, com a concessão da Cedae, venham investimentos significativos, da ordem de R$ 32 bilhões até 2033 e R$ 9 bilhões até 2027”, afirmou Kaiuca, que também é vice-presidente da Firjan.
Para o tema "Investimento e Mercado", Isaque Ouverney, gerente de Infraestrutura da Firjan, levou as perspectivas para o setor de saneamento de cada uma das três concessionárias que venceram o leilão. “O Marco traz uma mudança de paradigma em relação ao tratamento de água e esgoto, com maior participação da iniciativa privada”.
O workshop teve apoio institucional da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto (ABTC) e do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon). Uma visão sobre os projetos de concessões regionalizadas de água e esgoto foi apresentada por Ícaro Moreno Júnior, diretor Técnico da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (Aeerj).
Já Miguel Fernández, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) participou de painel sobre Tecnologia, Execução e Produto, que contou também com o presidente executivo, Pedro Chama, e o diretor técnico da ABTC, Alírio Brasil Gimenez. Eles falaram sobre tubulações de concreto para esgoto e drenagem fluvial pré-fabricadas, também de concreto.
Também esteve presente Ricardo Bueno, diretor de Engenharia da Aegea, vencedora de dois dos três blocos concedidos à iniciativa privada no estado do Rio.