
Tatiana Lauria, da Firjan, e Gisella Siciliano, da PSR - Energy Consulting and Analytics, durante painel "Cenário da Transição Energética"Foto: ZNIDFILMS / Firjan
Energias Renováveis e Transição Energética foi o tema do workshop realizado pela Firjan SENAI, a partir do Convênio Sebrae Rio, por meio do Programa Firjan de Pequenas Empresa (Firjan_PEQ), nesta sexta-feira, 11/07, na Firjan SENAI SESI Tijuca. O evento reuniu profissionais, empresários e acadêmicos. Em cinco painéis, eles discutiram estratégias com potencial para a produção de energia das empresas, gerando benefícios econômicos e ambientais para negócios e sociedade.
Ana Cristina Monteiro Carvalho, gerente regional dos Centros de Referência Firjan SENAI SESI, destacou, na abertura do evento, o papel da Firjan. "É preciso trazer uma discussão técnica de alto nível com temas importantes, abordando o que tem de mais moderno, com tendências de inovação para as empresas e para os nossos alunos se prepararem para o mercado de trabalho."
É preciso trazer uma discussão técnica de alto nível com temas importantes, abordando o que tem de mais moderno, com tendências de inovação para as empresas e para os nossos alunos se prepararem para o mercado de trabalho. Ana Cristina Monteiro Carvalho, gerente regional dos Centros de Referência Firjan SENAI SESI.
No painel que abordou o “Cenário da Transição Energética”, Tatiana Lauria, especialista de Energia da Firjan, ressaltou que a transição energética é crucial para a indústria, tem o poder de transformar todo esse movimento em geração de renda e empregos para o Rio de Janeiro e para o Brasil.
A importância da energia solar foi assinalada por Tatiana que citou expressivo crescimento da fonte no mundo e seus impactos no Brasil. “ A energia solar é o drive da transição energética no mundo e tem transformado a forma de comercializar e consumir a energia lá fora e aqui. A base da oferta do mercado livre e da geração distribuída hoje, é em sua maioria, decorrente da fonte solar."
Segundo Tatiana, a indústria tem demonstrado preocupação com a questão ambiental e tem muito a ganhar com a transição energética. “Se temos uma indústria com uma produção de baixo carbono, isso traz vantagens competitivas, novos parceiros comerciais, novas associações com empresas de tecnologia, reduz custos, além de gerar renda e emprego qualificado”, enfatizou Tatiana.
A especialista citou os cursos que preparam a mão de obra para a energia do futuro, que são oferecidos pela Firjan SENAI. A instituição formou 40.325 profissionais, entre 2020 e 2024, em diversos cursos voltados para a cadeia produtiva de energia nas seguintes áreas tecnológicas: automação/mecatrônica, eletroeletrônica, energia (geração, transmissão e distribuição), energias renováveis e petróleo e gás. Gisella Siciliano, da PSR - Energy Consulting and Analytics, que também participou do painel, explicou o que é a transição energética, quais seus atores e desafios associados.
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Renata Isfer, da Associação Brasileira do Biogás e do Biometano (Abiogás), e Rafael Miranda, da Naturgy, durante o evento. Foto: ZNIDFILMS / Firjan. |
Após afirmar que a eletrificação sozinha não é a solução da transição energética, o mediador do debate sobre “Potencial do Biometano e Corredores Azuis”, Thiago Valejo, gerente de Projetos de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan SENAI SESI, disse que, quando se fala em transição energética, é preciso falar também de eficiência energética e integração de fontes.
É necessário olhar para outras fontes e, principalmente, as com maior constância na nossa matriz elétrica e energética, como o biometano. Thiago Valejo, gerente de Projetos de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan SENAI SESI.
“É necessário olhar para outras fontes e, principalmente, as com maior constância na nossa matriz elétrica e energética, como o biometano”, declarou, ao explicar que o metano é o gás natural e o biometano é o gás renovável. “Eles se somam nesse contexto e precisam ser valorizados."
Ao comentar sobre os corredores azuis, Valejo acentuou que o Brasil já possui uma frota com veículos movidos a GNV, mas que ela precisa ser ampliada, inclusive no transporte pesado, nos veículos de carga principalmente.Valejo acrescentou que a integração do gás natural e do biometano para descarbonização do transporte pesado faz parte do documento da Firjan para o Brasil 4.0, entregue ao governo do estado.
Em sua participação no painel, Renata Isfer, da Associação Brasileira do Biogás e do Biometano (Abiogás), posicionou o biogás e o biometano como vetores de transição energética do Brasil. Já Rafael Miranda, da Naturgy, explicou a importância do corredor sustentável.
O workshop teve mais três painéis: “Geração Distribuída”, com Felipe Campos, da Campos Energia, e Vinicius Ayrão, da Sinergia, mediados por Gabriela Rosa; “Redução de Custos através do Mercado Livre”, com Joana Waldburger da TYR, e Patrícia Abreu, da Light, com mediação de Vinicius Ayrão; e “Mercado e Oportunidades em Energia”, que trouxe Ruberval Baldini, da Abeama, Michelle de Mello, do Sebrae, e o mediador Paulo Renato Sandres, do Instituto SENAI de Inovação e Tecnologia em Química Verde.
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Ruberval Baldini, da Abeama, na plateia do workshop. Foto: ZNIDFILMS / Firjan. |