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Grupo de Empresários Brasil-Japão defende aceleração do acordo de parceria econômica com Mercosul

Na Casa Firjan, empresários brasileiros e japoneses debaterem parcerias econômicas estratégicas entre os dois países

Na Casa Firjan, empresários brasileiros e japoneses debaterem parcerias econômicas estratégicas entre os dois paísesFoto: Vinicius Magalhães

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Publicado em 08/04/2025 15:24  -  Atualizado em  08/04/2025 19:12

A aceleração para a formalização do Acordo de Parceria Econômica entre o Japão e Mercosul foi tema central da 13ª Reunião do Wise Group, o Grupo de Notáveis para uma parceria econômica estratégica Brasil-Japão. A conclusão do acordo é tema convergente entre os representantes das 12 grandes empresas e organizações dos dois países que compõem o grupo. A reunião ocorreu nesta terça-feira (8/4) na Casa Firjan, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.

Este ano, o Wise Group trouxe como discussão os painéis: “Colaboração para a Descarbonização e Proteção Ambiental”, “Colaboração para Resiliência da Cadeia de Abastecimento e Segurança de Bens e Recursos Essenciais” e “Colaboração em Novas Áreas”, que promoveram debate sobre as oportunidades de negócios a partir de novas tecnologias, em especial o uso da inteligência artificial.

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, chairman do grupo pelo lado brasileiro e presidente do Conselho Superior da Firjan, abriu o encontro ao lado de Masami Iijima, chairman pelo lado japonês do Wise Group e conselheiro da Mitsui & Co.

Também participaram da abertura o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi; o secretário para Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, ministro Paulo Elias Martins; e o cônsul-geral do Japão no Rio de Janeiro, Takashi Manabe.

Ao final do encontro, foi aprovado o documento com recomendações e sugestões aos governos dos dois países para o desenvolvimento das relações comerciais bilaterais. Pelo lado brasileiro, o documento será entregue nesta quarta-feira (9/4), em Brasília, ao presidente da República em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Já o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, receberá em breve.

Eduardo Eugenio destacou que no fim de março esteve no Japão como representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira de um governante brasileiro em 6 anos ao país asiático. “O governo brasileiro tem se mostrado muito empenhado em fazer com que as relações entre os nossos países cresçam. Vi também empresas japonesas e brasileiras cada vez mais dispostas a trabalhar juntas, fazendo negócios, evoluindo, aquecendo a economia e promovendo desenvolvimento, reforçando a importância e a relevância do Wise Group”, afirmou o chairman brasileiro.

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Foto: Vinicius Magalhães / Firjan.

Já o chairman japonês, Masami Iijima, lembrou que o mundo passa por um momento muito complexo com conflitos militares caóticos e uma política externa que quer abalar outros países por meio de aplicação de tarifas comerciais. Ele lembrou que no último ano, Brasil e Japão promoveram três encontros em que discutiram a cooperação mútua. “Meio ambiente, sustentabilidade, colaboração no uso da cadeia de abastecimento e segurança de bens e recursos essenciais são fundamentais para os dois países”, assegurou Iijima, também confirmando que o Wise Group há muito tempo solicita a conclusão do Acordo Japão-Mercosul.

Travessia adversa

Keynote speaker do evento, Sergio Fausto, cientista político e diretor-executivo da Fundação Fernando Henrique Cardoso, discorreu sobre a relação comercial entre o Japão e o Brasil e as dificuldades que este último enfrenta para sair de um modelo em desenvolvimento para um país desenvolvido. Segundo ele, atualmente o governo vive uma experiência de presidencialismo congressual, que dificulta o controle do orçamento fiscal e os investimentos em áreas prioritárias.

Fausto lembrou que o país enfrenta um envelhecimento acelerado da população, que pressiona tanto o sistema de saúde quanto o da previdência. Segundo ele, o país também está dividido em relação à aplicação de uma economia de baixo carbono. “Há um desafio interno para crescer. São necessárias as reformas fiscal, administrativa e do sistema partidário brasileiro. Um outro grave problema é a questão da segurança pública”, disse.

As experiências das empresas brasileiras e japonesas e as oportunidades comerciais bilaterais foram debatidas nos três painéis, destacando o uso de hidrogênio verde, biocombustíveis, etanol, segurança, agricultura, uso das novas tecnologias entre outros temas.

Também participaram do encontro: Luiz Fernando Furlan, ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Gustavo Pimenta, presidente da Vale; Pedro Wongtschowski, presidente do Conselho de Administração do Grupo Ultra; Pedro Mizutani, membro do Conselho de Administração da Cosan; Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Pesquisa Econômica do BNDES; Kosei Shindo, chairman da Nippon Steel Corporation; Shigeru Hayakawa, vice-presidente do Conselho da Toyota Motor; e Nobuhiro Endo, executivo da NEC Corporation, entre outros empresários e representantes dos dois países.

 
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