A crescente demanda da indústria por novos materiais que apresentem melhores propriedades e desempenho potencializa a pesquisa aplicada para o desenvolvimento de novos produtos. Esse é o tema da Websérie Pesquisa e Inovação – Materiais Avançados para a Indústria, realizada em 27/05. Suzana Bottega Peripolli, pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação (ISI) em Inspeção e Integridade, apresentou os principais estudos com nanomateriais e revestimentos protetores.
“O resultado desse desenvolvimento visa minimizar os custos, aumentar a produtividade e reduzir os impactos de sua utilização no meio ambiente. Apesar da pandemia, podemos mostrar que estamos ativos e produtivos, dando sequências às pesquisas e obtendo resultados promissores, mesmo com a interação on-line”, resumiu Suzana. Os ISIs da Firjan fortalecem sua atuação em parceria com a rede de Institutos e desenvolvem projetos com outras organizações de pesquisa e universidades nacionais e internacionais.
Uma das linhas de pesquisa avalia a aplicação de novos revestimentos anticorrosivos e que também minimizem o atrito, preservando a vida útil dos materiais e componentes em utilização em ambientes agressivos. Outra vertente envolve a automatização de processos, para não expor o trabalhador a riscos em espaços confinados ou de difícil acesso. A equipe conta com 19 pesquisadores efetivos, que possuem expertises em desenvolver projetos envolvendo simulação computacional e robótica para monitorar a inspeção de materiais.
A pesquisadora mostrou resultados que envolvem a nanotecnologia para potencializar e buscar novas propriedades para a aplicação dos materiais. Por exemplo, materiais opacos podem se tornar transparentes. “É necessária muita pesquisa para se chegar a novas tecnologias capazes de criar materiais mais econômicos ou com novas propriedades, mais leves, mais flexíveis. Estudamos a micro e nanoestrutura, o envelhecimento dos materiais, aqueles que são inteligentes e podem prevenir falhas”, explica.
O grafeno, que é um material nanoestruturado de uma ou duas camadas de átomos de Carbono, é um potencial revestimento protetor de superfícies metálicas, sendo utilizado em vários estudos. Um dos projetos em andamento é a aplicação de grafeno como um revestimento em vasos de pressão para reatores de água supercrítica, que tem potencial para se tornar um produto de alto valor agregado. Para aplicação de materiais avançados, além de ter a expertise para caracterizar as propriedades através de tecnologias avançadas, é preciso ter o cuidado com os fornecedores das matérias-primas, que devem fornecer os insumos e aditivos na quantidade necessária, com características que sejam rastreáveis e de qualidade, para garantir a aplicabilidade.
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