Na última sexta-feira (14/11), o Governo dos EUA anunciou nova ordem executiva que retira a tarifa recíproca de 10% sobre uma série de produtos agrícolas, como: carne, laranja, frutas cítricas, açaí, café, entre outros. A medida passa a valer retroativamente a partir do dia 13 de novembro para todos os parceiros comerciais dos EUA. No entanto, produtos brasileiros permanecem sujeitos aos 40% adicionais anunciados em julho.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), considerando todas as medidas anunciadas até o momento, somente 26% das exportações nacionais para os EUA estão sem tarifas adicionais, indicando um longo caminho a ser percorrido.
Este cenário segue promovendo um desequilíbrio ao comércio bilateral e prejuízos à competitividade e à atuação das empresas fluminenses no mercado internacional, em especial aos pequenos e médios empresários. No estado do Rio de Janeiro, as micro e pequenas empresas representam 38% das empresas exportadoras.
A falta de previsibilidade gera incertezas entre parceiros históricos e com impactos diretos em investimentos e na competitividade de ambas as partes. Desta forma, é fundamental que Brasil e Estados Unidos alcancem um resultado favorável nas negociações em curso.
Nesse contexto, a Firjan reitera a importância do diálogo entre governos, com apoio do setor empresarial, para a conclusão das negociações em curso.