
Cláudia Guimarães, vice-presidente do Conselho ESG da Firjan (ao microfone)Foto: Divulgação
Com a participação da Firjan, foi lançado nesta sexta-feira (27/6), o Sistema de Logística Reversa do Rio de Janeiro (SISREV-RJ) no Instituto Estadual do Ambiente (Inea). A plataforma representa um avanço na gestão ambiental fluminense e reforça o compromisso do estado com a transparência, segurança e eficiência no cumprimento da legislação de resíduos sólidos vigente.
Durante o evento, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) apresentou detalhes do sistema e o manual de uso, consolidando uma importante ferramenta para o fortalecimento da política de logística reversa no estado. O lançamento consolida na prática este serviço que é um dos pleitos da agenda Propostas Firjan para um Brasil 4.0. A feederação, inclusive, vinha participando muito de perto da evolução da operacionalização da logística reversa desde 2018.
“Defendemos que as formas de comprovação dos resultados da logística reversa precisavam ser múltiplas, para que todas as empresas, inclusive as pequenas, conseguissem cumprir as regras”, destacou Cláudia Guimarães, vice-presidente do Conselho ESG da Firjan, explicando que a logística reversa é uma ferramenta prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, e que no segmento embalagens em geral, começou a ser operacionalizada em 2015, com um Acordo Nacional Setorial.
Em 2018, o Rio de Janeiro aprovou uma lei trazendo especificidades para o cumprimento da logística reversa para o estado. Mas naquele momento, o governo federal não tinha regras robustas para tornar a exigência da medida em todos os estados.
“Assim, no Estado do Rio, tivemos que aprender juntos sobre o que teria que ser feito para que a logística reversa de embalagens fosse efetiva. Essa possibilidade de múltiplos formatos de logística reversa foi reconhecida pela SEAS em 2019, mas só em 2023 foi estabelecida como decreto pelo Ministério do Meio Ambiente”, ressaltou a vice-presidente do Conselho.
A federação ajudou na negociação para que esses parâmetros do SISREV-RJ fossem estabelecidos, trazendo clareza nos critérios e segurança técnica para que as empresas invistam em logística reversa tendo certeza de que seu investimento será reconhecido e validado.
“Com a adoção deste sistema robusto de relato de logística reversa que foi desenvolvido pelo Ministério Público, vemos o quanto precisamos de muitas mãos para avançarmos nesta pauta”, resumiu Cláudia.
Confira abaixo a íntegra do discurso de Cláudia Guimarães a partir de 6' 20":
Para Ana Asti, subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade Ambiental, o lançamento é um passo importante e estratégico. “Se estamos lançando este Sistema é porque não o fizemos sozinhos. Muitos parceiros nos ajudaram a viabiliza-lo. Espero que seja usado pelas indústrias, pelas empresas, porque é um instrumento de política pública de estado”, ressaltou.
Já Jorge Peron Mendes, gerente de Sustentabilidade da Firjan, frisou que a entidade sempre esteve disposta a atuar como um facilitador da logística reversa. “O fortalecimento do encadeamento produtivo da reciclagem continua sendo pauta prioritária da Firjan. Por isso, o lançamento do SISREV-RJ representa um passo importante para a política pública fluminense. A adoção de um sistema robusto de relato de logística reversa atende a um pleito da Firjan, trazendo materialidade e dados para o aprimoramento desse tema ao longo do tempo”, avaliou.