
Pavel Cardoso (à esq.) e Luciano Inácio (à dir.) ao lado do presidente Caetano durante assinatura do termo de cooperação, na sede da Abic, no Centro do RioFoto: Vinicius Magalhães
O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, assinou um termo de cooperação para implementação do Programa de Gôndolas Certificadas no Estado do Rio de Janeiro, durante a primeira edição do Seminário “Defesa do Consumidor e Combate à Fraude no Café”, nesta quarta-feira, 19/2. O evento foi organizado pela Firjan, Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Sindicato da Indústria do Café do Estado do Rio de Janeiro (Sincafé-RJ) e Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj). As quatro instituições assinaram o documento.
O evento tratou dos impactos das fraudes na produção do café e como esse fenômeno contribui com o aumento de preço do produto, além de ferir os direitos garantidos aos consumidores.
Caetano ressaltou a importância do tema em meio ao salto histórico do preço do produto. “O café fraudado ou fora de especificação prejudica o consumidor e a indústria de torrefação, que, com essa concorrência desleal, perde competitividade. Esta situação não pode continuar”, declarou. Em seu discurso, também ressaltou o trabalho da federação em parceria com o Sincafé-RJ e a Abic em prol do consumidor. “Desenvolvemos diversas iniciativas, sendo a primeira delas a montagem pela Firjan SENAI, em 2024, de um laboratório de análises de impurezas e matérias estranhas do café torrado e moído”, completou.
Pavel Cardoso, presidente da Abic, enumerou as principais causas que influenciam o mercado do café e provocam a alta dos preços. Entre elas, destacou os efeitos da crise climática e do aquecimento global. “Uma sucessão de fatores climáticos desde 2021 acomete as lavouras, somado à demanda global e problemas de logística no Vietnã e no Mar Vermelho e essa variação do dólar”.
Luciano Inácio, presidente do Sincafé-RJ, chamou atenção para os riscos que a fraude no café pode causar para a saúde dos consumidores e reforçou a necessidade de combater esses esquemas. “Hoje, além de produtos fraudados, nós temos produtos com outras substâncias que fazem mal ao consumidor”, alertou.
No decorrer do seminário, também houve debate a respeito do processo de controle de qualidade do café e dos possíveis métodos que podem ser utilizados para proteger os direitos de seus consumidores.
Também participaram do evento a coordenadora de Estudos e Pesquisas do Procon-RJ, Flávia Moreira; o titular da Delegacia do Consumidor (Decon-RJ), Wellington Vieira; a presidente do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e Inspeção Agropecuária (Ivisa-Rio), Aline Borges; e o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Dipov/Mapa), Hugo Caruso; entre outros convidados.