Abordar a gestão hídrica de forma ampla e conectada com as agendas de mudança climática, biotecnologia e competitividade foi a intenção da 3ª edição do Seminário de Segurança Hídrica, realizado pela Firjan e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), nesta terça-feira (14/10), com apoio da Eletrobras.

O evento reuniu especialistas e lideranças dos setores público e privado para discutir soluções inovadoras diante dos desafios hídricos e climáticos. Foi um ponto de encontro estratégico para debater a água como recurso vital ao desenvolvimento sustentável, à economia circular e à adaptação às mudanças climáticas. Para isso, contou com quatro painéis sobre os temas: Água como Recursos Estratégico: Circularidade e Adaptação Climática em Ação; Soluções Baseadas na Natureza e Estratégias de Segurança Hídrica; Governança e Políticas Públicas: Convergindo Atores para a Segurança Hídrica; e Inovação e Inspiração: Tecnologias e Cases de Transformação Hídrica.

Representando a Firjan na abertura, Cláudia Guimarães, vice-presidente do Conselho Empresarial ESG, destacou que o evento é uma oportunidade de refletir sobre a água como um ativo fundamental para a competividade, a resiliência climática e a sustentabilidade dos territórios. "A presença de diferentes atores demonstra o compromisso coletivo com a construção de caminhos mais sustentáveis e integrados para a gestão dos recursos hídricos no Brasil. A Firjan reafirma sua atuação estratégica na promoção da segurança hídrica no estado, fortalecendo parcerias, compromissos ambientais e iniciativas técnicas", explicou.  

Ao longo de 2025, a federação vem realizando diversas ações para formatar informações qualificadas para a indústria fluminense sobre os temas relacionados à agenda central da COP30, antecipando e esclarecendo as discussões que vão ocorrer em Belém. O seminário se conecta com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas quando relaciona as soluções baseadas na natureza à provisão de água, ou quando incorpora os efeitos disso ao que os órgãos e as cidades sejam mais resilientes às mudanças climáticas.

Jorge Peron Mendes, gerente de Sustentabilidade da Firjan, sustenta que a gestão hídrica precisa começar a montante da indústria. Segurança hídrica, afirma, é assegurar disponibilidade em qualidade e quantidade, combinando tratamento de mananciais com recomposição de cobertura vegetal. “Queremos ampliar o escopo da gestão hídrica para antes, durante e depois do uso da água, que é um elemento essencial para o desenvolvimento urbano e empresarial. Sua disponibilidade e qualidade estão diretamente ligadas ao cenário de negócios”, analisou.