
Vinicius Cardoso, diretor de Educação e Cultura da Firjan SENAI SESI, durante abertura do evento.Foto: Paulo Aragon / Firjan
O 1° Seminário de Cultura e Arte, uma realização da Firjan SESI e do Programa Nacional de Fomento do Departamento Nacional do SESI, inaugurou, no dia 12/9, uma agenda anual de debates. O encontro reuniu, na Casa Firjan, artistas, pesquisadores, gestores, agentes e produtores de cultura com forte atuação no Rio de Janeiro e em outros estados. Neste ano, os temas do Seminário foram: gestão, território, diversidade e o futuro da cultura na era da digitalização.
O Seminário não é um ato ou atividade pontual. Ele faz parte de uma política da Firjan SESI de estabilização e crescimento gradual e sustentável de investimentos em Cultura e Arte. Vinicius Cardoso, diretor de Educação e Cultura da Firjan SENAI SESI.
O diretor de Educação e Cultura da Firjan SENAI SESI, Vinicius Cardoso, abriu o evento saudando a realização junto ao Departamento Nacional do SESI e a relevância de pensar a Cultura e a Arte como produtos estratégicos.
“O Seminário não é um ato ou atividade pontual. Ele faz parte de uma política da Firjan SESI de estabilização e crescimento gradual e sustentável de investimentos em Cultura e Arte. Temos realizado eventos, mas não somente isso. Temos uma longa história de produção cultural e atividades na Educação. Todos nós já sabemos do quanto isso tem feito bem para nossos alunos e educadores e para nossos ambientes de trabalho”, ressaltou Cardoso.
“Mais do que um evento, este é um espaço de articulação. Um ambiente para aproximar agentes culturais, gestores públicos, produtores, pesquisadores, lideranças comunitárias e representantes da sociedade civil, em torno de temas que impactam diretamente as formas de produzir, consumir e vivenciar a cultura”, completou Antenor Oliveira, gerente de Cultura e Arte da Firjan SESI.
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Antenor Oliveira, gerente de Cultura e Arte da Firjan SESI | Foto: Paulo Aragon / Firjan. |
Claudia Ramalho, superintendente de Cultura do Departamento Nacional do SESI, resgatou um pouco da história da formatação da política nacional do SESI. “Nosso papel é construir uma unidade de ação, respeitando as características de cada estado. A Cultura está presente nos 80 anos do SESI e, em 2021, iniciamos um grande desafio de realizar um diagnóstico e definir uma política nacional. Em 2024, tivemos a aprovação da nossa linha de fomento e a inscrição de projetos de 23 estados. E, neste ano, recebemos projetos de todos os 27 estados. Isso mostra a força da Cultura."
“O Rio de Janeiro foi um dos primeiros estados a nos apoiar. Agora, estamos executando 101 projetos em todo o território nacional e isso tem demonstrado a força da área de Cultura do SESI, tão reconhecida quanto a Educação e a Saúde. Ficamos muito felizes com a realização de projetos como este, do 1º Seminário de Cultura e Arte”, comentou Paula Bosso, coordenadora da Política Nacional de Cultura do SESI.
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Claudia Ramalho e Paula Bosso, do Departamento Nacional do SESI | Foto: Paulo Aragon / Firjan. |
Pesquisas: futuros, territórios e pactos
Entre as pesquisas que fundamentaram o evento está “O futuro da cultura e da indústria audiovisual na era digital”, lançada em junho de 2025. Apresentado por Joana Siqueira, consultora em Estudos e Pesquisas da Firjan, o levantamento foi realizado com base em dados de fontes públicas e privadas, destacando as transformações no cenário da indústria criativa.
Foi lançado ainda o livro “Gestão Cultural, Território e Diversidade no Rio de Janeiro”, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Observatório de Favelas e Firjan SESI, organizado por Manoel Silvestre Friques e Rebeca Brandão. Pesquisadores entrevistaram gestores de organizações de sete municípios fluminenses, localizados na região metropolitana, Vale do Paraíba, Norte Fluminense, Centro-Sul e Costa Verde.
Entre as organizações em destaque, está o Quilombo São José da Serra, localizado em Valença, que se apresentou, no evento, com uma roda de jongo. Já a Casa de Artesanatos Acigua levou ao público objetos e etnojoias criados pelos indígenas Guarani Mbya, que são, atualmente, uma das principais fontes de renda de muitas famílias da Tekoa Itax? Mirim, aldeia localizada na Terra Indígena Parati Mirim.
Outra publicação lançada foi “Pacto pela Cultura”, realizada pela Firjan SESI e pelo Programa Nacional de Fomento do Departamento Nacional do SESI e com correalização da Arte Fato e da Universidade Federal Fluminense (UFF). Entre os artigos publicados está “A política de cultura do SESI e os desafios do planejamento no contexto federativo brasileiro”, de Claudia Ramalho e Paula Bosso, que destacam o papel e a responsabilidade do coinvestimento do setor público com a iniciativa privada, “que pode ser decisiva sobretudo com a realização de patrocínios, com as estratégias de investimento social privado (ISP), com a formação de parcerias colaborativas, com o apoio a modelos de negócios criativos e com a criação de fundos patrimoniais”, como ressaltam as organizadoras Lia Baron e Juliana Carneiro no prólogo do livro.
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Objetos e biojoias da Casa de Artesanatos Acigua, de Paraty, foram apresentados ao público | Foto: Paulo Aragon / Firjan.
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Confira a programação completa do evento