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Com apoio da Firjan SENAI, seminário binacional analisa relação entre economia, biodiversidade e sustentabilidade

Antonio Carlos Vilela, 2º vice-presidente da Firjan CIRJ e presidente do Conselho de Energia Elétrica da Firjan

Antonio Carlos Vilela, 2º vice-presidente da Firjan CIRJ e presidente do Conselho de Energia Elétrica da FirjanFoto: Vinícius Magalhães

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Publicado em 10/11/2025 10:04  -  Atualizado em  10/11/2025 18:21

Com apoio da Firjan SENAI, Brasil e Bélgica reuniram especialistas dos dois países, em 7/11, para discutir bioeconomia nas florestas, na agricultura regenerativa, na sociobioeconomia, em financiamento e na bioindustrialização. Realizado no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o evento “Bioeconomia: onde biodiversidade, economia e sustentabilidade andam juntas” também foi palco do lançamento oficial do estudo “Soluções Baseadas na Natureza, Clima e Negócios”,  de autoria da Firjan, em mais uma de suas ações para promover informação qualificada sobre a agenda da COP30

Acesse a página especial da Firjan sobre a COP30

O estudo mostra como as Soluções baseadas na Natureza (SBN), consideradas ferramentas importantes para enfrentar um dos desafios mais urgentes da sociedade, utilizam processos e ecossistemas naturais ou modificados para mitigar as emissões e para a adaptação às mudanças climáticas. Mais do que uma tendência ambiental que vem ganhando protagonismo, elas representam uma abordagem estratégica que une conservação, desenvolvimento e inovação para conter o risco climático, de oferta de água, enchentes, deslizamentos e insegurança alimentar. 

A bioeconomia tem uma abordagem econômica, com forte conexão com o setor produtivo, afirmou Antonio Carlos Vilela, 2º vice-presidente da Firjan CIRJ, ao lembrar que o Brasil é uma biopotência, o país mais biodiverso do mundo. “É preciso transformar as vantagens comparativas em competitivas. Este é o desafio. Reconhecer e promover a bioeconomia como um agente transformador, o que revela a nossa vocação para bioindústria e é peça fundamental no combate às mudanças climáticas”. 

A análise é de Vilela, que destacou que o aumento do fluxo dos negócios de impacto socioambiental positivo, por exemplo, fala por si só e evidencia uma nova mentalidade empresarial. Para ele, que também preside o Conselho de Energia Elétrica da Firjan, “gerar valor financeiro concomitantemente à geração de valor à natureza e às pessoas desmistifica a ultrapassada ideia de que negócios e desempenho socioambiental são antagônicos”.  

Recente pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que sete em cada 10 empresários consideram a bioeconomia importante para o futuro da indústria, informou Jorge Peron Mendes, gerente de Sustentabilidade da Firjan, ao mediar o painel “Bioeconomia: a abordagem brasileira e belga"

“Esse resultado evidencia que, mais do que um tema de debate na COP30, a bioeconomia é vista pela indústria no Brasil como um pilar para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. Ela tem grande potencial para transformar os modelos de produção de alimentos, da indústria química, de energia e para ajudar o Brasil a liderar uma economia global de baixo carbono”, enfatizou Peron. 

Clique aqui e acesse a íntegra do estudo da FIRJAN

Laura-Johanna Cluytens, da FIT Agency, disse que a bioeconomia é um tema que une a todos. “Foi uma oportunidade não só para inovar, mas também regenerar, alinhar crescimento com propósito e tecnologia com inclusão”, ressaltou. 

Claudia Rolim, da Flandres Investment and Trade, uma agência governamental de Flandres, região norte da Bélgica, afirmou que a Bélgica possui expertises em áreas fundamentais para uma bioeconomia próspera. “Além disso, nossa economia de conhecimento é altamente especializada em pesquisa fundamental e aplicada, oferecendo uma base sólida para a inovação da bioeconomia. Por meio dessa parceria, buscamos conectar nossos ecossistemas ao Brasil, nos posicionando como parceiros estratégicos em inovação, investimento e comércio. Essa colaboração visa fortalecer os laços existentes e criar novas parcerias entre empresas e instituições de pesquisa, integrando ainda mais nossas economias”.

Dieter Poleyn, conselheiro econômico e comercial e representante geral da região de Bruxelas no Brasil, disse que a Bélgica tem um ecossistema de pesquisa muito forte, com políticas de economia circular e um setor biotecnológico avançado, enquanto o Brasil tem uma enorme biodiversidade e liderança em agricultura e floresta sustentável. 

“Juntos, como países, como regiões, temos a oportunidade de combinar conhecimento, criatividade e ambições para avançar uma economia bio que seja tanto inovadora quanto sustentável”, complementou e destacou o desenvolvimento rural e indígena.

No painel moderado por Jorge Peron, Thiago Falda, presidente da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), apresentou o cenário da bioindústria no Brasil no contexto da bioeconomia, destacando os desafios que a bioeconomia tem enfrentado e as perspectivas que ela traz em relação ao desenvolvimento de tecnologia e inovação e geração de emprego e renda, entre outros. 
 
Em sua participação por vídeo, Ludo Diels, professor emérito da Universidade de Antuérpia e sênior advisor na VITO, em Bruxelas, avaliou que a forte associação belga de biologia molecular e inovação de materiais químicos, combinadas com o potencial de biomassa rápida do Brasil  para a agricultura produtiva e a floresta, cria oportunidades excepcionais para a inovação e a implementação de novos ecossistemas. "Queremos dar a este ecossistema brasileiro e belga toda oportunidade de apoiar as iniciativas de bioeconomia recentemente lançada”.
 
Adriana Hemerly, pesquisadora do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM), da UFRJ, apresentou uma visão bastante ampla sobre a bioeconomia e a biotecnologia como uma solução aplicável à interação e à sinergia entre a Bélgica e o Brasil. A docente também chamou a atenção para os resultados dessa aplicação da biotecnologia e aumento de produtividade e fertilidade vegetal, preservação de biodiversidade e uso eficiente de água, além da interação entre microorganismos, solo, ar, água e meio ambiente. 

Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para Agenda 2030, tratou, em sua apresentação, do papel e a função da saúde nessa relação com as mudanças climáticas e com a bioeconomia. Ele destacou os investimentos do Ministério da Saúde como fomentador e indutor dessa indústria e do desenvolvimento na cadeia de saúde. E mostrou uma série de iniciativas importantes da Fiocruz relacionadas ao tema.
 
Rogelio Lopes Brandão, sócio da empresa mineira Cerlev, que atua com inovação em fermentação, falou da importância da parceria de quase 40 anos entre Brasil e Bélgica; da amplitude da aplicação de leveduras, em bebidas, etanol e probióticos; e como um problema real na produção de etanol pode levar a uma solução com tecnologia brasileira com uma entrega de valor, com redução de custo e aumento de produtividade. 

 
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