<img height="1" width="1" style="display:none;" alt="" src="https://px.ads.linkedin.com/collect/?pid=4124220&amp;fmt=gif">
Portal Sistema Firjan
menu

Notícias

Qualidade de Vida

Protótipo para surdez idiopática vence Hackathon realizado durante evento Saúde Talks

Proposta vencedora apresenta ferramenta para facilitar diagnóstico de surdez súbita.

Proposta vencedora apresenta ferramenta para facilitar diagnóstico de surdez súbita.Foto: Alexandre Magno / Fiocruz

Tempo médio de leitura: ...calculando.

Publicado em 05/12/2025 10:24  -  Atualizado em  05/12/2025 11:52

“Surdez idiopática: lacunas no acesso ao diagnóstico genético e implicações em saúde pública” é o título do desafio vencedor do 2º Hackathon em Pesquisa Clínica, realizado pela Firjan SESI junto ao I Encontro de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica: Nos Caminhos da Saúde Única e da Inteligência Artificial. O projeto, apresentado no Saúde Talks 2025, congresso da Firjan SESI, propõe a criação do Sistema Nacional de Surdez (Sinasur), plataforma que faz o monitoramento Nacional de Saúde Auditiva com mapeamento genético e epidemiológico. O evento foi realizado na Casa Firjan, na quarta-feira, 3/12.

Leia também: Saúde Talks: congresso da Firjan SESI debateu SST, desafios e tendências para o mundo corporativo

saude_talks_hackathon.JPG
Claudia Valete, coordenadora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Pesquisa Clínica em Doenças Infeciosas do INI/Fiocruz | Foto: Alexandre Magno / Fiocruz.


O objetivo do Hackathon, parceria com o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) da Fiocruz, o Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense (UFF), além do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Fiocruz-Bahia, foi estimular a inovação interdisciplinar na área de pesquisa clínica, promovendo a conexão entre ciência, tecnologia e as necessidades de saúde da indústria e do país.  

Em dois dias de imersão, alunos de mestrado profissional, reunidos em cinco grupos, participaram do Hackathon junto a professores, pesquisadores e alunos de doutorado da área de saúde e tecnologia, que desenvolveram soluções com foco em aplicabilidade, inovação e impacto social, com apoio de mentorias técnicas e científicas de profissionais das instituições, para desafios definidos por especialistas dos institutos envolvidos e a Firjan SESI.

Os alunos de Ciência da Computação desenvolveram soluções e contribuíram com o uso da inteligência artificial, como informou Fabricius Nascimento Garcia Neto, especialista em Captação de Recursos da Firjan, que mentorou as equipes a estruturarem seus modelos de negócio com o Business Model Canvas, para os participantes utilizarem o modelo em seus pitches para a banca avaliadora.

A iniciativa também faz parte do Hub de Saúde da Firjan SESI, reforçando o papel estratégico do Hub como ponto de convergência entre academia, setor produtivo e sistema de saúde, fortalecendo a formação qualificada, estimulando a inovação interdisciplinar e ampliando a contribuição da indústria para os desafios reais da pesquisa clínica no país.

“Esta ação é alinhada ao posicionamento da Firjan Sesi, que tem como foco atuar em soluções que contribuam para um melhor ambiente de produção da indústria", afirma Carlos Magno Lucas, gerente geral de Relacionamento para Negócios da Firjan SENAI SESI.

Saiba mais sobre o ambiente Hub de Saúde Firjan SESIProtótipos do Hackathon

A banca avaliadora formada por Mônica Vieira, analista de Projetos Especiais do Centro de Referência em Saúde (CRS) da Firjan SESI, Emanuela Rainho, assessora de Inovação da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, e Meirylene Avelini, doutoranda da UFF e analista de informação da TV Globo, selecionou e premiou três propostas.

A solução vencedora do Hackathon, desenvolvida para o desafio da surdez idiopática (súbita de causa não identificada), evidencia a ausência de testes genéticos, que limita a realização do diagnóstico. Essa limitação impacta diretamente o prognóstico e a definição de estratégias terapêuticas, potencializa consequências psicossociais e limita a produção de dados epidemiológicos que orientem políticas públicas com foco em saúde auditiva. A ferramenta propõe integrar dados sobre a surdez no Brasil, fornecer um dashboard para apresentar os dados estatísticos dos casos e fornecer acompanhamento e conscientização para pais e responsáveis. O foco mira, ainda, os profissionais e o sistema de saúde.

saude_talks_hackathon3.JPG
Proposta que ficou em segundo lugar sendo apresentada | Foto: Alexandre Magno / Fiocruz.


Em resposta ao desafio que busca solução para a “Qualidade da dieta e presença de esteatose em pessoas vivendo com HIV/Aids”, o grupo que ficou em segundo lugar no Hackathon criou o Dieta Nutri Hepato App. Trata-se de uma ferramenta que identifica a qualidade da dieta, por meio de foto e inteligência artificial (IA), gerando conhecimento e autonomia nas escolhas nutricionais e oferecendo orientação nutricional e encaminhamento aos especialista da saúde. 

Com o objetivo de melhorar a qualidade da dieta para diminuir a esteatose, condição caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado e que atinge cerca de um terço dos adultos em idade produtiva, a proposta prevê uma redução no risco de desenvolver doenças cardiovasculares em pacientes com HIV/Aids e da sobrecarga para os sistemas de saúde. Os alunos ressaltam que a solução pode ser reproduzida para outras doenças.

saude_talks_hackathon2.JPG
Apresentação da proposta que ficou em terceiro lugar | Foto: Alexandre Magno / Fiocruz.


O terceiro lugar ficou com a proposta que tratou do “Impacto da vacinação contra a dengue em municípios de pequeno porte de Minas Gerais”, voltado para profissionais de saúde da atenção primária, que frequentemente enfrentam lacunas de conhecimento sobre a doença. Os alunos criaram uma plataforma educacional com chatbot e jogo interativo.

Entre os benefícios previstos pelo protótipo estão a capacitação atualizada para os profissionais, o fortalecimento da comunicação para enfrentar a hesitação vacinal e fake news. A desmistificação efetiva pode ampliar a cobertura vacinal, reduzir a mortalidade por dengue e casos graves da doença, como a dengue hemorrágica, além de contribuir para a diminuição dos custos com saúde. 

“Para o Hub de Saúde da Firjan SESI, é uma honra apoiar iniciativas que aproximam academia, setor produtivo e sistemas de saúde, fortalecendo a formação qualificada e impulsionando soluções inovadoras para o país”, destaca Juliana Fontanezzi, coordenadora de Saúde digital da Firjan SESI.

Leia também: Prêmio Firjan SESI Saúde: solenidade celebra empresas que valorizam boas práticas em SST

 
Para Empresas
Competitividade Empresarial Educação Qualidade de Vida