A corrente de comércio brasileira cresceu 3% no acumulado anual até junho, em relação a igual período de 2024, registrando US$ 302 bilhões. Já no estado do Rio de Janeiro, o comércio exterior recuou 4% no mesmo período, quando atingiu US$ 35,4 bilhões, de acordo com o Boletim Rio Exporta, produzido pela Firjan Internacional, cujo acesso está disponível atrávés do Observatório Firjan.
No Rio, a diminuição de 12% nas vendas em produtos básicos (US$ 17,5 bilhões), de 2% em manufaturados (US$ 2,8 bilhões) e de 5% em semimanufaturados (US$ 1,0 bilhão), principais classes de fator agregado, provocou um recuo de 11% nas exportações, que somaram US$ 21,3 bilhões no acumulado de 2025. Nas importações houve alta de 8% em comparação ao mesmo período de 2024, com US$ 14,1 bilhões. Mesmo assim, o Rio de Janeiro se manteve como o segundo maior player nacional, com 12% do total movimentado no comércio exterior do país.
O periódico mensal da Firjan destaca que, entre as dez principais indústrias do estado fluminense, seis registraram avanço nas exportações nesse período. A indústria de veículos automotores, por exemplo, cresceu 59% (US$ 486 milhões), com destaque para o mercado chileno. O resultado retrata a expansão de 104% nas vendas de automóveis de passageiros e de 41% nos embarques de veículos de carga.
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Nas importações do Rio de Janeiro, o crescimento de 8% deve-se à alta registrada em compras de bens intermediários e matérias-primas (US$ 8,9 bilhões), bens de consumo não duráveis (US$ 734 milhões) e bens de consumo duráveis (US$ 256 milhões).
As indústrias de equipamentos de informática avançaram 13%, somando US$ 502 milhões, e os veículos automotores somaram US$ 650 milhões, com alta de 4%. Entre os produtos mais adquiridos, estão os intermediários como catodos de cobre (US$ 334 milhões) e de rolamentos e engrenagens (US$ 314 milhões).
Venda de petróleo cai 14%
A queda nas vendas de óleos brutos de petróleo para China (20%), Espanha (24%) e EUA (30%), três principais destinos do produto, provocou recuo de 14% nas exportações fluminenses, em relação a 2024. De janeiro a junho, a comercialização de óleos brutos de petróleo somou US$ 16,9 bilhões.
As compras de óleos brutos de petróleo totalizaram US$ 1,1 bilhão, uma queda de 19% nas importações do produto. A Arábia Saudita manteve-se como o principal fornecedor com US$ 798 milhões.
Exportações exclusive petróleo crescem 2%
O aumento das vendas para nove dos dez principais parceiros, com destaque para Argentina (US$ 458 milhões; +57%) e Chile (US$ 97,1 milhões; +40%), contribuiu para a alta de 2% nas exportações fluminenses exclusive petróleo, que alcançaram US$ 4,4 bilhões no período, frente a 2024.
A China destaca-se no crescimento do setor metalmecânico, que avançou mais de 1000% nas exportações de torneiras e válvulas (US$ 28,3 milhões).
Mais 11% nas importações exclusive petróleo
Nas importações fluminenses sem petróleo, houve crescimento de 11% de janeiro a junho de 2025, somando US$ 13 bilhões, frente a igual período de 2024. As compras da União Europeia aumentaram 25% (US$ 3,3 bilhões), o que representou 23% das importações fluminenses.
França, Alemanha e Itália contribuíram para esse resultado. As compras fluminenses cresceram 57% na França; 22% na Alemanha e 17% na Itália. Mas os EUA ainda são o principal parceiro de origem, com US$ 4,6 bilhões (35% de participação).