Mesmo com o déficit na balança comercial de R$ 1,7 bilhão, o Rio de Janeiro registrou no primeiro bimestre sua maior participação no comércio exterior do país: 16%, considerada a maior da série histórica, de acordo com o Boletim Rio Exporta, elaborado pela Firjan. A média dos últimos cinco anos foi de 10,5%.
Já o déficit da balança comercial é o reflexo da redução de 5% nas exportações (US$ 3,9 bilhões) e aumento de 41% das importações (US$ 5,7 bilhões), em comparação aos dois primeiros meses de 2019. A diminuição das exportações só não foi maior por causa do crescimento dos mercados de Petróleo e Gás (US$ 2,8 bilhões) e de Coque e Biocombustíveis (US$ 246 milhões), com embarques 15% e 13% maiores, respectivamente.
Cabe destacar a importante parceria comercial com a China, destino de 62% das exportações de petróleo do estado. Outro parceiro comercial relevante é a Argentina, que apresentou um cenário diferente dos últimos meses, com crescimento das exportações em 3%, principalmente de automóveis de passageiros.
É extremamente importante que os países busquem ações coordenadas, a fim de superar os desafios impostos pela pandemia - Flávia Alves, especialista em Comércio Exterior da Firjan
Com relação às importações, os destaques foram as compras de bens industriais (54%). Mais uma vez a China como parceiro comercial estratégico do estado, fornecendo, principalmente, plataformas e demais flutuantes. Outro grande desembarque no estado foi de máquinas e aparelhos para terraplanagem/perfuração do mercado estadunidense. Esta importação resultou no impulsionamento de 742% no setor de Máquinas e Equipamentos (US$ 1,6 bilhão).
De acordo com Flávia Alves, especialista em Comércio Exterior da Firjan Internacional, o avanço da pandemia do coronavírus pelo mundo e a queda no preço internacional do barril de petróleo podem causar efeitos negativos para o país, em especial para o Rio de Janeiro, como a queda no valor exportado de petróleo, a redução da demanda de parceiros comerciais importantes, como China, EUA e Argentina, e a diminuição na importação de insumos e bens industriais.
“É extremamente importante que os países busquem ações coordenadas, a fim de superar os desafios impostos pela pandemia, principalmente em relação à proteção da saúde humana, à livre circulação de bens essenciais aos cuidados da saúde e à busca por recursos financeiros para o enfrentamento da crise”, destacou.
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