Conexão. Essa foi a palavra mais ouvida na última reunião do Conselho Estratégico da Casa Firjan, que aconteceu em 12/07. Com o nome de Pensa Rio Conecta, a proposta foi reunir presencialmente o Conselho e algumas organizações e movimentos sociais que trabalham para melhorar a realidade do estado do Rio. A ideia é que esse seja o primeiro de muitos outros encontros.
Inovando no formato, 12 organizações da sociedade civil também participaram dessa troca de ideias: Banco da Providência, CIEDS, Feira Crespa, Instituto da Criança, Instituto Ekloos, Instituto Igarapé, Instituto Phi, Instituto República, Redes da Maré, Sistema B, SOS Serra e Viva Rio. “Vocês têm um trabalho admirável, de anos, e nós estamos aqui para buscar sinergias”, afirmou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.
Inicialmente, cada instituição apresentou brevemente o trabalho desenvolvido e seus desafios. Em seguida, foram feitas 12 rodadas de conversa, sempre entre uma organização social e um conselheiro. Ao final cada um pôde compartilhar impressões e ideias. Os participantes saíram do encontro com a proposta de transformar o Pensa Rio Conecta em um fórum permanente de troca de ideias e conhecimento, capaz de somar esforços e promover interação.
“A metade dos problemas que vimos hoje seriam resolvidas se esse encontro fosse entendido como uma câmara de compensação, pois temos aqui pessoas com expertise para resolver vários desafios apresentados. E o que não puder ser resolvido assim, a força do conjunto poderá encontrar as soluções”, argumentou José Luiz Alquéres, presidente do Conselho.
 |
Luiz Caetano, presidente em exercício da Firjan, durante uma das dinâmicas do evento |
O fórum foi apenas uma das muitas sugestões feitas pelo grupo nas falas de encerramento. Pedro Wongtschowski, presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e do Conselho do Grupo Ultra, destacou a governança como principal gargalo entre as organizações e sugeriu que as mais estruturadas formem um grupo diferente das mais informais, para que seja mais fácil apoiá-las. “Todas as instituições precisam estar organizadas, com auditoria, processos e transparência, que é de onde nasce a credibilidade”, ponderou. Luiz Césio Caetano, presidente em exercício da Firjan, endossou a ideia: “Precisamos ter a capacidade de diferenciar esses apoios, para torná-los mais eficientes”.
Como era a intenção de Walter Cavalcante, conselheiro da Casa Firjan, que propôs a dinâmica da reunião, as pessoas saíram do encontro com um gostinho de “quero mais”. “O evento foi desenhado para que, mesmo com pouco tempo, todos pudessem contribuir, e todos saímos daqui com a sensação de que podemos fazer um pouco mais”, comentou.
Os participantes se comprometeram a trazer feedbacks e agregar mais organizações para colaborar com o processo. “Nosso objetivo no Pensa Rio Conecta foi trazer o estado da arte dessas instituições e movimentos, conhecer o que cada um está realizando hoje e entender os gargalos na busca de soluções”, destacou Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan e assessora do Conselho Estratégico da Casa Firjan.