A Firjan lamenta profundamente o falecimento de Carlos Mariani, um dos mais ilustres empresários e intelectuais que tanto contribuiu com o desenvolvimento da indústria fluminense e brasileira e das relações internacionais do país.
“Carlos Mariani foi um líder visionário que deixou uma marca indelével na indústria nacional. Como vice-presidente da Firjan por muitos anos, ele foi incansável em sua dedicação ao desenvolvimento econômico e industrial do nosso país, contribuindo tanto para orientar políticas industriais quanto na busca incessante por parcerias internacionais estratégicas que impulsionaram nosso crescimento. Sua visão e comprometimento são profundamente admirados, e seu legado continuará a inspirar as futuras gerações de líderes industriais”, destacou o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.
“Uma figura ímpar, cuja discrição foi sua principal marca, mas não maior do que sua dignidade e capacidade que tanto nos serviu e inspirou. A Firjan deve imensamente a esta figura maior, de enorme peso empresarial. O Brasil perde um grande líder. A Firjan está de luto”, lamentou o presidente do Conselho Superior da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, que foi amigo de Mariani por quase meio século.
Em sua trajetória, Carlos Mariani construiu pontes entre diferentes setores e nações que continuarão sendo trilhadas por gerações de líderes e empreendedores brasileiros. Não há dúvidas de que sua integridade e prestígio foram os maiores esteios dos últimos 30 anos desta federação. Neste momento de luto, a Firjan e os industriais fluminenses expressam as mais sinceras condolências aos familiares e amigos.
Nascido na Bahia em 22 de novembro de 1937, Carlos Mariani foi 1º vice-presidente da Firjan durante cinco mandatos e 1º vice-presidente da Firjan CIRJ. Ele também foi presidente do Conselho Empresarial de Economia da Firjan de 1995 a 2014, além de presidente do Conselho de Administração da Participações Industriais do Nordeste (PIN) e da PIN Petroquímica. Por suas inestimáveis contribuições, foi laureado em 2005 com a Ordem do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e, em 2008, com a Medalha do Mérito Industrial da Firjan.
Formado em Engenharia Mecânica (1959) e Engenharia Econômica e Administração Industrial (1960) pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, atual Escola Politécnica da UFRJ, Carlos Mariani iniciou sua atividade profissional em 1961 como engenheiro mecânico na Magnesita Refratários S.A. A partir de 1969, passou a assessorar o Banco da Bahia Investimentos, atual Banco BOCOM BBM. Em 1975, deixou a empresa de refratários e começou a se dedicar exclusivamente à atividade petroquímica como membro dos Conselhos de Administração das empresas Pronor, Nitrocarbono e COPENE Petroquímica do Nordeste.
Ao longo da sua jornada, em 1979, Mariani foi eleito pela primeira vez diretor da Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM). Um ano depois, o empresário também foi eleito para o Conselho de Administração da Nordeste Química – NORQUISA.
Mariani também foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), instituição criada em 1998 com o objetivo de promover estudos e debates sobre temas prioritários da política externa brasileira e das relações internacionais.
Durante 14 anos, de 2007 a 2021, Mariani foi chairman do lado brasileiro do Wise Group – Grupo de Notáveis para uma Parceria Econômica Estratégica entre o Brasil e o Japão. Criado em 2006, o grupo de expoentes é formado por empresários e autoridades brasileiras e japonesas que encaminham propostas viáveis de desenvolvimento socioeconômico e progresso das relações bilaterais. Em 2011, o empresário esteve à frente do 29º Encontro Econômico Brasil – Alemanha (EEBA), na capital fluminense.