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Norte Fluminense se destaca com novos projetos que poderão contribuir para a segurança energética do país

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Publicado em 23/09/2021 17:29  -  Atualizado em  06/10/2021 12:07

Reportagem da Carta da Indústria

O Norte Fluminense vem se consolidando como um polo de energia, dentro de um estado com matriz diversa, da nuclear à hidrelétrica, passando pelas termelétricas. “A partir do petróleo, a região atrai novas usinas térmicas a gás natural e também de energia solar, eólica e, em breve, de hidrogênio. Além disso, a própria indústria de petróleo e gás também investe em processos produtivos mais limpos”, explica Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan. Desde que o mercado de petróleo foi aberto, em 1997, todos os contratos de cessão preveem o uso de 1% do faturamento bruto em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Desses contratos, vêm os recursos para investimentos em energias renováveis, entre outros.

"A região, por ser em grande parte uma planície, é beneficiada por outras fontes de energia, como a eólica e a solar, além das perspectivas de uso do hidrogênio" - Francisco Roberto de Siqueira, presidente da Firjan Norte Fluminense

De acordo com Karine, a indústria de petróleo e gás possui infraestrutura que ainda será usada por muitos anos, gerando emprego, renda e royalties; em paralelo, as companhias ampliam seus horizontes de atuação. E o que não falta no Norte Fluminense são projetos. “Temos uma região que, por ser em grande parte uma planície, é beneficiada por outras fontes de energia, como a eólica e a solar, além das perspectivas de desenvolver o uso do hidrogênio no Porto do Açu”, avalia Francisco Roberto de Siqueira, presidente da Firjan Norte Fluminense. São Francisco de Itabapoana já conta com o Parque Eólico de Gargaú, um dos maiores do Sudeste.

Térmicas e hidrogênio

Com o Marco Legal do Gás, Macaé deve consolidar um total de 12 termelétricas, e o Porto do Açu, outras duas. Em 16/09, começou a operar no Porto do Açu a usina térmica GNA I, enquanto a construção da GNA II terá início até dezembro. Essas duas contam com 3 GW já contratados e a GNA possui mais 3,4 GW licenciados, podendo chegar a 6,4 GW de capacidade instalada. “É o passo inicial para o desenvolvimento do primeiro hub privado de gás natural totalmente integrado no Brasil e, no futuro, o maior parque termelétrico a gás da América Latina”, garante José Firmo, CEO da Porto do Açu.

Além disso, a Porto Operações estuda desenvolver, em parceria com a mineradora australiana Fortescue Future Industries (FFI), uma planta de hidrogênio, que permitirá a produção de fertilizantes mais sustentáveis, como a amônia verde. A usina de hidrogênio terá capacidade de 300 megawatts, com potencial para produzir 250 mil toneladas de amônia verde por ano.

“A disponibilidade de hidrogênio verde e de energia renovável deve impulsionar ainda mais a industrialização sustentável do Porto, incluindo a produção de aço verde, fertilizantes, produtos químicos, combustíveis e outros produtos industriais manufaturados”, prevê Firmo. “Acreditamos que temos muito a contribuir no futuro próximo para a segurança energética do país”, acrescenta ele, ao lembrar ainda das plantas de energia eólica e solar que devem ser instaladas na retroárea do porto.

Crise hídrica

A crise hídrica e energética do país, a maior dos últimos 91 anos, poderia ter sido minimizada se alguns dos projetos do Norte Fluminense já estivessem em operação, como as térmicas a gás, além de Angra 3, no Sul Fluminense, que, sozinha, contribuiria com 1,4 GW. “A crise energética compromete a retomada econômica do país, vai refletir no resultado do PIB”, projeta Karine.

Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste fecham agosto em situação crítica. Responsáveis por 70% da capacidade de geração hídrica do país, têm apenas 21% de capacidade, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS). Por isso, permanecem acionadas todas as termelétricas disponíveis.

“As condições de melhoria com a vacinação e a retomada da atividade econômica contribuem para um crescimento de 3,8% no consumo de energia do país, comparado a agosto de 2020. O Sistema Integrado Nacional (SIN) precisa de energia firme para ter segurança e quem traz isso são as térmicas. Os projetos no Norte Fluminense darão melhor condição para evitar futuros racionamentos e escassez de energia”, avalia Tatiana Lauria, especialista em Infraestrutura e Energia da Firjan.

PROJETOS NO NORTE FLUMINENSE

12 TERMELÉTRICAS A GÁS EM MACAÉ


2 TERMELÉTRICAS A GÁS NO PORTO DO AÇU


1 TERMINAL DE GNL


1 USINA DE ENERGIA SOLAR


1 USINA EÓLICA


3 FAZENDAS EÓLICAS OFFSHORE


1 PLANTA DE HIDROGÊNIO

Das novas usinas termelétricas em Macaé, duas já receberam a certidão para instalação e já podem participar dos leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Projetos de aproximadamente R$ 3 bilhões em investimentos, as usinas Vale Azul I e II têm capacidade de gerar 660 MW por hora. Os projetos farão parte do Complexo Logístico e Industrial de Macaé, que já registra a construção da Usina Marlim Azul. Tupi e Jaçã são outras duas térmicas também anunciadas.

“Macaé, ao lado de Campos, vem puxando a retomada de empregos no estado do Rio neste ano, demonstrando a força econômica do interior. Com a instalação das usinas termelétricas e sua grande capacidade industrial já instalada, o município soma forças fundamentais para que o Norte Fluminense reforce ainda mais sua vocação energética”, avalia Siqueira.

Solar e eólica

A Equinor, por sua vez, estuda desenvolver uma usina de geração solar fotovoltaica na região do Açu até 2022. “O estudo sobre a viabilidade da usina solar no Porto do Açu será concluído em dezembro. Reforçamos a parceria estratégica com a Equinor, uma das líderes globais em fontes renováveis e de baixo carbono”, adianta José Firmo.

Também está no radar da Equinor um projeto de eólica offshore no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, com 320 geradores a cerca de 20 quilômetros da costa. Aracatu I e II vão utilizar geradores de 12 MW. Aracatu I ficará na costa do estado do Rio, com a energia levada por cabos para uma subestação em Campos dos Goytacazes, prevista para ser concluída em 2024.

“Vemos a necessidade de que todos os atores, das autoridades aos investidores, continuem articulando sobre o caminho a seguir, definindo um modelo operacional que dê mais oportunidades e melhores custos”, defende Daniel Schumacker, líder de Projetos em Renováveis da Equinor no Brasil.

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