Victor Misquey, presidente do Moda Rio, na abertura do eventoFoto: Paula Johas
Para discutir o futuro e o protagonismo da moda carioca, o Moda Rio 5.0 Summit reuniu empresários, profissionais e especialistas, na Casa Firjan, em 4/11. Com parceria da federação, o evento tratou de temas como inovação, tecnologia, criatividade, novas carreiras, gestão de negócios e sustentabilidade e lotou o auditório da Casa. Além disso, no Espaço Cocriação, os participantes puderam experimentar novas ferramentas digitais e conhecer artistas e programadores.
Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, parabenizou os organizadores e os empresários presentes e destacou a força da moda na economia fluminense. “A indústria da moda é uma das mais tradicionais na nossa economia e a Firjan atua fortemente para estimular seu desenvolvimento, através de diversas iniciativas. O Programa de Qualificação Setorial da Firjan SENAI, por exemplo, desde o ano passado ofertou mais de 4 mil vagas para formação de mão de obra do setor têxtil e confecção”.
O presidente da Firjan ressaltou também o trabalho feito na Firjan SENAI Espaço da Moda, em Nova Friburgo, e nas unidades que oferecem cursos para o segmento – em Duque de Caxias, Itaperuna, Petrópolis e São Gonçalo –, e reforçou o papel das caravanas empresariais e das imersões nacionais e internacionais para o setor.
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Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan e do CIRJ |
Presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário do Rio de Janeiro e Grande Rio (Moda Rio), Victor Misquey enalteceu o comprometimento da Firjan por trabalhar pela indústria da moda e ajudar a enfrentar desafios. “Nosso principal objetivo é traçar novas estratégias para resgatar a força da Moda do Rio no cenário mundial. Vamos nos unir para que o Rio volte a ser protagonista e promova grandes eventos nessa área. Vamos mobilizar as pequenas e médias empresas para superar os obstáculos”.
No painel “O novo momento da moda carioca”, Carlos Tufvesson, presidente do Conselho Municipal da Moda, destacou a importância de se ver a moda como indústria e comércio, para que o setor tenha um plano estratégico municipal e federal. “Na prefeitura do Rio, planejamos a volta do Fashion Rio, ao lado do Fashion Business, voltado para o atacado. Nossa indústria é o terceiro maior gerador de empregos no estado, segundo dados da Firjan, que sempre foi um dos impulsionadores do setor. Geramos tendência, não temos que seguir os outros. Somos a tendência”, resumiu Tufvesson, que reivindicou mais capital de giro para o esse mercado.
Olivia Merquior, especialista em moda e tecnologia e curadora do evento, frisou o entendimento da moda como um sistema: “Não fala apenas sobre a fabricação, a linha de produção do vestuário, os tecidos, mas também sobre construção de culturas. Queremos oficinas para atender essas novas demandas, um investimento na cidade que faça com que o Rio volte a ser visto como essa cidade cosmopolita, que inspira moda. A gente quer criar uma cidade onde as pessoas se interessem em aprender moda, comprar moda, ter uma experiência de moda”, afirmou.
Para falar de tecnologia e moda, Marcel Balassiano, subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura do Rio, descreveu os investimentos e atividades realizadas no Porto Maravalley, que também pode vir a abrigar inovação em moda. “O essencial é a importância dos grandes eventos para a cidade. Estudos sobre a economia da moda mostram que mais de 90 mil trabalhadores, entre formais e MEI, em mais de 6 mil empresas na cidade atuam no setor da moda”, frisou Balassiano.