Na abertura, Luiz Césio Caetano (Firjan), Luís Cristóvão de Moraes Sobrino Pôrto (Faperj) e Alexandre Malta Rossi (Rede NanoSaúde)Foto: Marcelo Martins/Firjan
Com o objetivo de promover a conexão entre os atores do ecossistema de inovação do Rio de Janeiro, a Firjan, em parceria com a Rede NanoSaúde, a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), realizou o 7º Meet Up Conecta Lab, que nessa edição se dedicou especificamente à área de nanotecnologia e suas aplicações na saúde. O evento na Casa Firjan, em 7/11, com auditório lotado, reuniu startups, indústrias e instituições públicas ou privadas.
Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, salientou que, com os avanços na medicina, a nanotecnologia permite tratamentos mais direcionados e eficazes. “Na energia, melhora a eficiência dos painéis solares e baterias. Além disso, cria materiais mais resistentes e leves, beneficiando indústrias como a aeroespacial e a automotiva. E mais: também contribui para a remediação ambiental, com nanomateriais que absorvem poluentes, por exemplo. Em nossos Institutos SENAI de Inovação já temos projetos de nanotecnologia aplicados à saúde". Caetano pontuou ainda que, com o programa Conecta Lab, a Firjan contribui com as micro, pequenas ou médias empresas no processo de implementação de soluções inovadoras.
O meet up, mediado por Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan, mostrou o êxito do programa de nanotecnologia, com edital iniciado em 2018. O assessor da diretoria científica da Faperj, Luís Cristóvão de Moraes Porto, disse acreditar “na continuidade desse programa exitoso, apesar da mudança na presidência da fundação”. Jerson Lima nessa quinta-feira, 7/11, foi substituído por Caroline Alves da Costa.
Assista abaixo a íntegra do evento:
Já o diretor do CBPF, Marcio Portes de Albuquerque, esclareceu que o órgão atua em diversas frentes e que a nanotecnologia é uma área estratégica. “Esse trabalho em rede é muito estratégico para a ciência, para a tecnologia e para a inovação porque coloca pessoas trabalhando juntas, que talvez nunca se conectariam se não fosse por esse motivo”.
O objetivo da rede foi enfatizado por Alexandre Malta Rossi, coordenador da NanoSaúde: fortalecer os laços de cooperação e parceria entre a academia e a indústria do estado, com foco na inovação. “Além disso, combina a produção científica de alta qualidade, o desenvolvimento de novos produtos para a saúde e o atendimento às necessidades do complexo industrial e hospitalar”. Hoje possui mais de 30 laboratórios de universidades e centros de pesquisa, no Rio de Janeiro, atuando em estreita colaboração com quatro grandes hospitais do estado e 13 startups associadas.
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Eric Romani, pesquisador-chefe do Instituto SENAI de Inovação em Inspeção e Integridade da Firjan, destacou a importância da rede nacional de Institutos SENAI e do Centro de Inovação SESI em Saúde Ocupacional. Ele descreveu o trabalho realizado com nanocristais orgânicos e explicou que “a rede de institutos da Firjan SENAI SESI pode apoiar desde a construção até a submissão do projeto no órgão de fomento, a execução e gestão compartilhada nesse processo e trocando as boas práticas na gestão do projeto”.
Das seis empresas que se apresentaram no evento, cinco são geridas ou formadas por mulheres. Isabelle Mazza, CEO da Flower Nanotechnology, em Niterói, é uma delas, que é acelerada pelo Conecta Lab da Firjan: “Participar do meet up da federação foi um grande diferencial, com um ambiente super favorável para colaboração e interação com outros empreendedores e pesquisadores nessa área, que só tende a crescer”. A Flower desenvolve soluções avançadas em microfluídica e nanofibras para empresas que buscam a inovação em suas operações em áreas como cosmética, diagnósticos médicos, pesquisas laboratoriais, têxteis de alto desempenho, engenharia de tecidos e filtração avançada.