O ex-presidente da República Michel Temer recebeu nesta segunda, 27/11, a Medalha do Mérito Industrial do Rio de Janeiro durante reunião dos conselhos Firjan/CIRJ, na sede da federação. Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, entregou a homenagem a Temer, lembrando a importante trajetória política do homenageado, desde quando foi secretário municipal de Segurança Pública de São Paulo. Também participaram da cerimônia o 1º vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano; o 2º vice-presidente da Firjan, Carlos Erane de Aguiar; o 1º vice-presidente CIRJ, Carlos Fernando Gross; o 2º vice-presidente CIRJ, Raul Sanson; o presidente do Conselho Superior da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Ruy Barreto Filho; além de demais representares das diretorias Firjan/CIRJ.

“Durante seu mandato como Presidente da República, de maio de 2016 a janeiro de 2019, Temer fez um trabalho de Hércules, ao conduzir o país em um difícil período pós-impeachment e ainda alcançou importantes conquistas como a aprovação da Reforma Trabalhista. Em sua trajetória como homem público, tanto no Legislativo como no Executivo, sempre prezou pelo diálogo e foi um importante interlocutor com o setor industrial. Queremos agradecer todo seu empenho”, destacou Eduardo Eugênio, ao explicar que a medalha é entregue desde 1966 a personalidades dos cenários político, econômico ou social, escolhidas por uma comissão especial. O nome é ratificado pela diretoria da Firjan.

Temer mostrou gratidão não só pela medalha, mas por todo o apoio que a Firjan lhe deu ao longo da vida pública e do mandato presidencial. “Eduardo Eugenio esteve comigo várias vezes levando questões da indústria. O Brasil carece de uma harmonização político-administrativa. Muitos problemas que temos derivam do descumprimento da Constituição. A polarização para debate de ideias é fundamental para a democracia. Mas no Brasil, a oposição quer destruir o que o governo anterior fez”, ponderou.

O ex-presidente lembrou que no seu governo conseguiu aprovar as reformas Trabalhista, da Previdência, do Ensino Médio e o teto de gastos. “Foram 936 dias de governo, mas pudemos tratar de temas fundamentais. Fui deputado constituinte em 1988. A Constituição tem 35 anos e ainda está atual principalmente porque unimos princípios liberais e os sociais. E sobre as relações internacionais, prevê a busca de soluções pacíficas”, disse Temer.

Biografia

Michel Temer assumiu definitivamente a Presidência da República em 31 de agosto de 2016, após o Senado Federal aprovar o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Foi eleito vice-presidente em 2010 e reeleito, em 2014. Ocupou por três vezes a presidência da Câmara dos Deputados (1997-1999, 1999-2001 e 2009-2010).  

Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), possui o título de Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Autor de vários livros, é considerado um dos maiores constitucionalistas do País. 

Michel Temer iniciou sua carreira política como oficial de gabinete de Ataliba Nogueira, secretário de Educação no Governo do Estado de São Paulo entre 1964 e 1966. Em 1970 tornou-se procurador do estado. Em 1983, foi nomeado procurador-geral do Estado de São Paulo. No ano seguinte, assumiu a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, cargo que voltou a ocupar no início dos anos 1990.

Elegeu-se deputado constituinte pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e participou ativamente da Assembleia Nacional Constituinte, quando se destacou pela posição moderada, sóbria e pelo grande conhecimento de direito constitucional. Após a Constituinte, foi reeleito deputado federal e exerceu seis mandatos – todos pelo PMDB. Licenciou-se do cargo somente para reassumir a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e, depois, a Secretaria de Governo.