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Prêmio Firjan de Sustentabilidade: projeto da L’Oréal transforma resíduo de cosmético em tijolos

Carla Pinheiro, presidente do Conselho de Mulheres da Firjan (a quarta, da esq. para dir.), entrega premiação para L'Oreal durante o Rio Construção Summit

Carla Pinheiro, presidente do Conselho de Mulheres da Firjan (a quarta, da esq. para dir.), entrega premiação para L'Oreal durante o Rio Construção SummitFoto: Vinicius Magalhães

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Publicado em 18/01/2024 09:34  -  Atualizado em  23/01/2024 10:24

Com o projeto de inovação disruptiva para tratamento de resíduo da indústria cosmética, a L’Oréal venceu o Prêmio Firjan de Sustentabilidade 2023, na categoria Resíduos Sólidos. O projeto Brick consiste em utilizar resíduos de cosméticos como matéria-prima para fabricação de tijolos. A iniciativa foi desenvolvida pelo Centro de Pesquisa e Inovação da L’Oreal América Latina, no Rio de Janeiro. A empresa já reciclou 15 toneladas de resíduos, desde novembro de 2022, com investimento de R$ 17.400 por ano.   
   
Um dos maiores desafios para as indústrias do setor é relacionado ao tratamento adequado dos resíduos de produção. Devido às características físico-químicas específicas dos materiais descartados, como sobras de produtos capilares, de proteção solar, dermocosméticos, coloração, entre outros, não havia metodologias de tratamento sustentáveis estabelecidas no mercado, que permitissem a reciclagem e a reinserção dos itens na cadeia de valor, segundo a L’Oréal.   
   
“Temos um programa global de Sustentabilidade L’Oréal para o Futuro, que é um compromisso público, estabelecendo metas para o grupo até 2030. Uma delas é reciclar ou reutilizar 100% dos resíduos gerados em nossas operações, inclusive nos centros de pesquisa. É da natureza da pesquisa gerar cosméticos de testes que serão descartados. Até o fim de 2022, eram enviados para coprocessamento, aproveitando o poder do material para ser uma fonte combustível para outros produtos”, explica Maria Eduarda Figueiredo, gerente de campus do Centro de Pesquisa e Inovação da L’Oréal Latam.   
   
O projeto desenvolvido com os parceiros Venativ Assessoria Ambiental e Cerâmica Marajó possibilitou a incorporação desses resíduos na fabricação de cerâmica, cujo processo de produção usa água e argila. “Em vez de 100% de água, o cosmético entrou substituindo parte da água. Assim, contribuiu também para a cerâmica utilizar menos água no processo. Conseguimos dar um novo uso para o resíduo, que antes ia para incineração”, detalha João Lopes, analista de sustentabilidade, responsável pelo projeto Brick.   
   
Após ensaios com diferentes concentrações, a pesquisa concluiu como ideal o uso de 5% a 10% de resíduos cosméticos em cada tijolo, e o restante de água e argila. Outra preocupação do projeto foi o cuidado para não gerar novos impactos decorrentes dessa solução. Foi calculada a emissão de CO2 no transporte entre o Centro de Pesquisa e a Cerâmica Marajó, e o resultado era equivalente ao gasto na destinação anterior (incineração). Além disso, a fonte de energia dos fornos da cerâmica é de biomassa, o que é um diferencial sustentável.   
   
O projeto começou a ser colocado em prática em novembro de 2022, e parte dos tijolos foi usada para construção de uma área no Centro de Pesquisa. “Assim fechamos a cadeia de resíduo – gerou, tratou e reaplicou no Centro. Retornou com valor agregado para a construção civil. Mas os tijolos podem ser usados também em construções comerciais, acrescenta Lopes.   
   
Inserido no manual global de resíduos da L’Oréal, o projeto está sendo divulgado para outros países, principalmente da América Latina. Esse material cosmético reciclado já representa mais de 50% do total da geração de resíduos no Centro de Pesquisa. Com isso, o índice de reciclagem do Centro teve avanço de quase 50% com o novo processo.   

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