Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, na abertura do evento, na Casa FirjanFoto: Marcelo Martins/Firjan
Para promover debates inovadores na área educacional e favorecer a troca de experiências entre escolas e profissionais da área, a Firjan SESI e a Casa Firjan realizam o II Encontro de Educadores do Século XXI. O evento gratuito, realizado em 27 e 28/9, na Casa Firjan, contou com especialistas e representantes do Ministério da Educação (MEC), das redes estadual, municipais do Rio de Janeiro e de outros estados e da rede Firjan SENAI SESI.
“A educação é um dos grandes desafios brasileiros hoje, seja pela necessidade de alcançarmos melhores resultados em qualidade e equidade, seja pelas inovações tecnológicas e novas demandas sociais, que se somam ao contexto neste século XXI. Para fazermos frente a esses desafios, a formação continuada dos profissionais de educação é, sem dúvida, um fator dos mais relevantes. Como contribuição, a Firjan SENAI SESI inaugurou na Casa Firjan um portfólio voltado para os educadores, com cursos, palestras e seminários”, ressaltou Luiz Césio Caetano, 1º vice-presidente e presidente eleito da Firjan.
Caetano frisou também que a Firjan SENAI SESI foi pioneira no modelo que associa o Ensino Médio a Cursos Técnicos nas várias áreas tecnológicas, contemplando elementos inovadores, como robótica e espaços de arte e cultura.
Confira a íntegra da abertura e de demais momentos da programação do 1º dia do evento no auditório Aquário:
“Educação profissional e tecnológica é um desafio positivo, que nos aquece e motiva. Somos parceiros da Firjan, temos que estreitar relações para atender à população excluída e aumentar a oferta de vagas qualificadas. O PLP 121/24, que já passou no Senado e prevê a ampliação de vagas como parte do pagamento da dívida dos estados, agora vai para a Câmara. Sem recursos, pouco se avança. Sem recursos, pouco se avança. Temos índices muito baixos de matrículas no Ensino Médio, 12%. O Ensino Médio aliado ao profissionalizante gera renda, emprego e perspectiva para o jovem”, destacou Marcelo Bregagnoli, secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC.
Já Roberta Barreto, secretária estadual de Educação do Rio de Janeiro, reforçou que é preciso compreender as dificuldades dos educadores. “Os desafios são constantes, como a necessidade de ampliar o uso da tecnologia. Não queremos uma inteligência artificial que substitua os professores, mas que ajude em nossas práticas e facilite a aprendizagem”, declarou.
Os desafios da profissionalização docente e o novo Plano Nacional de Educação (PNE) foram apresentados por Armando Amorim, diretor na Secretaria de Articulação do MEC. Ele alertou para o risco de apagão de professores, devido à falta de docentes para suprir todas as vagas nas redes estaduais, municipais e particulares do país na educação básica. “No Brasil, até 2040, haverá um déficit de 235 mil professores. Por isso o PNE – o PL 2.614/24 – que está no Congresso aponta alternativas para o problema. A remuneração inadequada, o excesso de trabalho e a falta de estrutura das escolas não atraem os profissionais. E 40% dos professores deixam o cargo nos primeiros cinco anos”.
Na ocasião, foram discutidos ainda: inteligência artificial, Ensino Médio integrado; letramento de futuros; abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática); neurociência; avaliação para equidade; ecossistemas de aprendizagem; e inclusão nas Ciências, além de oficinas de educação ambiental, Design Thinking e outras.
Exposição de Arte, Ciência e Educação
O evento também contou com a mostra “Da Terra ao Céu, um museu a céu aberto”, que trouxe a experiência do Canto de São Francisco, no Vale do Cuiabá, em Petrópolis, Região Serrana. Um painel e uma réplica do Canto de São Francisco, onde canto é entendido como lugar e voz, contaram a história do projeto iniciado há 15 anos na Escola de Educação Integral Padre Quinha. O Instituto Superior Pró-Saber, a PUC-Rio, a Fiocruz, o SESI e artistas como Luiz Aquila fortaleceram o conceito de Educação como Obra de Arte. A curadoria da exposição foi de Ana Dias.
A Escola Padre Quinha é o Colégio de Aplicação do Instituto Pró-Saber, que formulou, implantou e coordena este projeto pedagógico. É uma escola pública que mantém parcerias com a Mitra Diocesana e a Prefeitura de Petrópolis.
Assista também toda a programação do 1º dia do auditório Arena: