
Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, durante abertura do evento, no auditório Aquário da Casa FirjanFoto: Paula Johas
Às vésperas do encontro da cúpula dos chefes de Estado dos Brics, na capital fluminense, a Casa Firjan foi palco do Fórum Empresarial Brasil Rússia, nesta quinta-feira (3/7). O evento reuniu lideranças empresariais dos dois países e destacou a indústria fluminense, que, com o segundo maior PIB brasileiro, teve um fluxo comercial bastante expressivo, alcançado US$ 865 milhões em 2024 em transações com a Rússia.
O evento foi aberto por Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, que também representou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e destacou a importância nas relações comerciais do Brasil com a Rússia, sobretudo com exportações de fertilizantes e combustíveis.
“A Rússia está entre os 20 principais parceiros econômicos do estado do Rio e fornece insumos para o setor de metalurgia e energia. De nossa parte, vendemos para lá máquinas e equipamentos médicos, entre outros produtos diversos”, informou o presidente.
As importações fluminenses para a Rússia mais do que dobraram no último ano, passando de US$ 380 milhões para US$ 860 milhões. Enquanto o volume de exportações do Rio de Janeiro para a Rússia cresceu 14% em 2024.
“É motivo de satisfação que delegações de empresários dos países do bloco estejam intensificando o diálogo para o fechamento de novos negócios, ao mesmo tempo em que as autoridades negociam e buscam avançar em iniciativas para ampliar o comércio comum, fomentando a geração de divisas para esses países”, reforçou Caetano.
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Evento contou a participação de Mauro Varejão, diretor da Firjan CIRJ (na primeira fileira, o segundo, da dir. para esq.) | Foto: Paula Johas |
Presidente do Conselho Empresarial Brasil-Rússia, Pavel Cardoso falou do esforço conjunto entre os dois países na consolidação de uma agenda econômica moderna e mutuamente benéfica.
“Em 2024, o comércio bilateral entre os nossos países alcançou o patamar histórico de US$ 12,4 bilhões, com um crescimento de 9,3% em relação ao ano anterior. Isso demonstra o vigor dessa parceria. Mas, ao mesmo tempo, é um sinal claro de que podemos ir além”, expôs Cardoso, que também é presidente da Associação Brasileira da Industria da Café (Abic).
Atualmente, o Brasil exporta carnes, soja, café verde, amendoim e produtos químicos para a Rússia e importa fertilizantes, diesel e insumos industriais. No entanto, Pavel Cardoso afirmou que o momento é da transformação. “Nosso plano de ação para o período 2025-2028 tem o objetivo claro de levar esse comércio a US$ 16 bilhões. Com mais valor agregado e maior integração entre os nossos países e para isso proponho frentes de ações concretas”, sentenciou.
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Pavel Cardoso, Caetano, Luciano Inácio (Sincafé-RJ) e Celírio Inácio da Silva (Abic), | Foto: Paula Johas
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