O Fórum de Diversidade e Inclusão Corporativas, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro (ABRH-RJ) com apoio da Firjan, foi realizado nesta quinta-feira, 12/9, em auditório da federação. Na pauta do evento, foram debatidas transformações importantes na cultura organizacional, ligadas aos temas: acessibilidade, neurodivergência, indígenas, pessoas negras, comunidade LGBTQIAPN+, interseccionalidade, mulheres e gerações. 

Durante a abertura do encontro, Adriana Torres, diretora de Gestão de Pessoas, Diversidade e Produtividade da Firjan, falou sobre o quanto é significativo a Firjan receber o fórum e sobre os desafios das empresas no que se refere aos investimentos em diversidade, equidade e inclusão. 

Esse momento precisa fazer diferença para todos e todas que estamos aqui e em nossa atuação diária. É muito importante e simbólico que esse evento esteja acontecendo aqui, na casa dos empresários e empresárias do nosso estado. Estamos falando dentro do ambiente de pessoas que estão em posição de decisão, que geram empregos e são agentes de um enorme impacto em nosso estado e no país. Adriana Torres, diretora de Gestão de Pessoas, Diversidade e Produtividade da Firjan.

“Esse momento precisa fazer diferença para todos e todas que estamos aqui e em nossa atuação diária. É muito importante e simbólico que esse evento esteja acontecendo aqui, na casa dos empresários e empresárias do nosso estado. Estamos falando dentro do ambiente de pessoas que estão em posição de decisão, que geram empregos e são agentes de um enorme impacto em nosso estado e no país. É preciso perceber e valorizar isso, pois o desafio da inclusão e da produtividade saudável é de todos e todas nós. Vamos usar esse espaço para discussões reais, inovadoras, onde pactuemos sobre ações consistentes, que nos levem para o ambiente corporativo que desejamos”, reforçou Adriana.

Lúcia Madeira, presidente da ABRH-RJ, organização que congrega, há mais de 60 anos, profissionais de Recursos Humanos, contou que o comitê de diversidade e inclusão da associação existe há sete anos. Ela iniciou seu discurso citando a consultora e ativista em direitos humanos e diversidade Mafoane Odara, com a frase “ativista é quem coloca a esperança em movimento”. 

É incrível a força que as empresas têm para promover mudanças na sociedade. Se você dá oportunidade de trabalho para uma pessoa diversa, você muda a vida deste indivíduo, da família dele e da sua empresa. Lúcia Madeira, presidente da ABRH-RJ.

“O foco deste fórum está voltado para o mundo corporativo. É incrível a força que as empresas têm para promover mudanças na sociedade. Se você dá oportunidade de trabalho para uma pessoa diversa, você muda a vida deste indivíduo, da família dele e da sua empresa. Trata-se de transformação econômica e social”, destacou Lúcia. 

Claudia Rodrigues, gerente de Diversidade, Saúde Integral e Cidadania Corporativa da Firjan, foi moderadora da mesa “Liderança inclusiva e seu papel no antirracismo”, junto à Ana Maia, diretora da ABRH-RJ, e à Luciana Barreto, jornalista e apresentadora da TV Brasil.

"Elaboramos um grande dossiê com recomendações para que tivéssemos uma área dedicada à diversidade, saúde integral e cidadania corporativa na Firjan. E colhemos alguns frutos. No ano passado, fizemos o censo que trouxe um olhar muito importante sobre a nossa organização. Sob o recorte racial, temos 45,8% de pessoas negras (pretas e pardas) trabalhando conosco. Desde fevereiro deste ano, quando a gerência nasceu, fizemos parcerias importantes, assinamos um pacto de equidade racial e participamos de ações para capacitação de jovens negros, visando a empregabilidade. Não adianta trazer iniciativas muito criativas se não existirem normas, uma política de diversidade e um posicionamento da empresa", afirmou Claudia.

Claudia Rodrigues, gerente de Diversidade, Saúde Integral e Cidadania Corporativa da Firjan. Foto: Paula Johas / Firjan.

Colaboradoras da Firjan também estiveram presentes na mesa “A representatividade indígena e o papel das empresas”: Geane Ferreira e Juzelia Bastos, analistas da Gerência de Responsabilidade Social da federação, dividiram o espaço com Vall Munduruku, gestora pública, youtuber e liderança indígena.

Empresas como Águas do Rio, Copacabana Palace e TV Brasil, entre outras instituições, também puderam compartilhar com o público presente experiências positivas sobre inclusão de pessoas neurodivergentes, direitos das pessoas LGBTQIAPN+ e avanços e desafios para a equidade de gênero.