A Firjan SESI e o Viva Rio lançaram na terça-feira, 29/09, o programa “Atitude empreendedora e saúde emocional”, série de cinco lives gratuitas, com o objetivo de promover o diálogo e levar apoio a moradores de favelas e periferias na pandemia. Com moderação de Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan, e Luana Almeida, analista de Projetos Especiais da Firjan SESI Cidadania, o primeiro encontro, “Vamos falar sobre atitude empreendedora e saúde emocional”, teve discussões sobre as mudanças na vida econômica e social na pandemia, as formas de enfrentamento à crise e o agravamento das questões de saúde mental. A iniciativa integra o conjunto de ações do Programa Resiliência Produtiva Firjan.
Parte do Ciclo Adaptabilidade da Casa Firjan, a iniciativa, que terá lives sempre às terças, às 16h, até 27/10, visa promover diálogos sobre a importância da atitude empreendedora voltada para o reconhecimento de potencialidades, o autocuidado e o fortalecimento de redes de apoio num cenário de incertezas, agravado pela maior crise sanitária do país.
“Estou no programa SESI Cidadania há dez anos, contribuindo para a mudança efetiva de vida das pessoas, através do desenvolvimento de competências. Isso, sim, é investir na saúde mental e na autoestima. É disso que a favela precisa: ter voz e escuta ativas”, ressalta Janice Delfim, agente SESI de Cidadania no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa.
Estudos do Data Favela e do Instituto Locomotiva de Pesquisa mostram que mais de 13 milhões de pessoas vivem em favelas no país e movimentam R$ 120 milhões anualmente. O Rio de Janeiro, segundo o levantamento, é o único estado do Sudeste com mais de 10% da população em favelas.
“A pandemia intensificou a desigualdade. Os pequenos negócios nas comunidades têm sido muito afetados. O objetivo do programa é dar suporte à população mais vulnerável”, afirma Luiz Césio Caetano, presidente do Conselho Empresarial de Responsabilidade Social da Firjan.
Os participantes também falaram sobre mobilização, um dos pilares do Programa Resiliência Produtiva, conjunto de ações da Firjan para enfrentar a crise da Covid-19, que teve como desdobramento uma parceria com o SOS Favela, rede de solidariedade criada para reduzir as consequências do isolamento social nas comunidades.
“Se há lugar para empreendedorismo, é na favela. O potencial de resiliência é muito forte. O SOS Favela mobilizou os dois lados, as lideranças comunitárias, que são potentes, e a sociedade que tem recursos para fazer doações. Muita gente ajudou”, conta Rubem Cesar Fernandes, diretor executivo do Viva Rio.
Assista ao primeiro encontro da série: