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Firjan, Porto do Açu e Pacto Global da ONU lançam Grupo de Trabalho de Negócios Oceânicos

O 1º vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, fez a abertura de evento realizado na Casa Firjan

O 1º vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, fez a abertura de evento realizado na Casa FirjanFoto: Vinicius Magalhães

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Publicado em 26/07/2023 15:50  -  Atualizado em  26/07/2023 18:38

Criado pelo Pacto Global da ONU para impulsionar a descarbonização de portos e dos transportes marítimos, o Grupo de Trabalho de Negócios Oceânicos, foi lançado em evento na Casa Firjan, nesta quarta-feira, 26/07. O GT, que será liderado pelo Porto do Açu, terá o objetivo de buscar alternativas para a redução de emissões de carbono.

A Firjan é signatária do Pacto Global e organização âncora do hub dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS RJ). Para Luiz Césio Caetano, 1º vice-presidente da Firjan, o lançamento do GT reforça o engajamento da federação nas pautas ligadas à sustentabilidade, além da parceria com o Pacto Global e o Porto do Açu. “Quando nos comprometemos com a descarbonização das atividades marítimas, é importante olhar para este Grupo de Trabalho dentro de um contexto maior. O estado do Rio tem grande potencial para o desenvolvimento de hubs de energia a partir do gás natural e energias renováveis, como hidrogênio verde, solar e eólica offshore, que levam a uma menor pegada de carbono dos nossos produtos”, comentou Caetano na abertura do evento. 

O GT de Negócios Oceânicos é o primeiro hub corporativo do país com o objetivo de impulsionar a transição energética dos portos e transporte marítimo. Uma das ações a ser desenvolvida, o mapeamento dos cenários nacionais e internacionais quanto à transição energética e descarbonização dos setores marítimo e portuário, está na agenda da Ocean Stewardship Coalition, a cargo da equipe global de Oceano do Pacto Global, baseada na Noruega.  

José Firmo, CEO do Porto do Açu, destacou o quanto a descarbonização no transporte marítimo e nos portos se tornou uma estratégia diferencial no negócio. “Hoje, 90% das exportações passam pelo transporte marítimo. A atividade portuária vem mudando totalmente, para reduzir as emissões de carbono que vêm da navegação e correspondem a 3% das emissões de  CO2 do planeta”, afirmou Firmo. 

A vocação natural do Brasil para estar à frente de uma transição econômica baseada em nova matriz energética foi enfatizada por Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, que destacou o bom entendimento entre os setores empresariais e as entidades civis para a busca de um desenvolvimento com soluções sustentáveis. Hugo Leal, secretário estadual de Energia e de Economia do Mar, elogiou a criação do Grupo de Trabalho para a internalização da cultura de sustentabilidade, cujo potencial, no Rio de Janeiro “pode tornar renovável  mais de 60% da matriz energética”. Já Eduardo Nery, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), enfatizou a sinergia entre as mais de 1.200 empresas brasileiras de navegação com as administrações dos portos particulares e portos públicos em ações ambientais que visam à preparação para a transição energética.  

Representando o Cluster Tecnológico Naval, o almirante Ilques Barbosa Júnior salientou que o planeta não sobreviverá sem a sustentabilidade. “Ao longo de muitos anos, observo cada vez mais a degradação de oceanos, encontrando dejetos em alto-mar. Precisamos encarar o planeta como um organismo vivo, essencial para a sobrevivência humana”, disse o almirante.  

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