A Firjan participou na quarta-feira (19/1) do primeiro encontro do Grupo de Trabalho (GT) Temporário, criado pelo Ministério da Infraestrutura, para avaliar o modelo de concessão do aeroporto Santos Dumont e os impactos sobre o aeroporto Galeão/Tom Jobim. Pela Portaria 62, do ministério, o GT tem prazo até 18 de fevereiro para apresentar um relatório final com suas recomendações sobre o edital de concessão, que já se encontra em análise no Tribunal de Contas da União (TCU).
O GT foi criado após forte manifestação de preocupação por parte das autoridades fluminenses, como governo do Estado, prefeitura do Rio e Assembleia Legislativa, em conjunto com o setor produtivo, incluído a Firjan e outras instituições, ao edital de concessão proposto pelo governo federal.
Sob a coordenação da Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, o GT é composto por 5 integrantes do governo federal e 5 representantes indicados pelo governo do estado do Rio de Janeiro. O gerente de Infraestrutura da federação, Isaque Ouverney, que participa do GT, considerou positiva a primeira reunião do grupo, “afirmando que o diálogo com o governo federal é importante neste momento”.
Conforme a portaria, o Grupo de Consultores em Aeroportos, responsável pela elaboração dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da sétima rodada de concessões aeroportuárias, deverá prover apoio técnico aos trabalhos desenvolvidos pelo GT. Os integrantes também poderão solicitar insumos à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com o objetivo de subsidiar o desenvolvimento dos trabalhos do GT. Também poderá ser admitido o apoio técnico de representantes da academia, instituições privadas, órgãos e entidades da Administração Pública federal ou estadual, assim como especialistas em aviação civil e/ou infraestrutura aeroportuária.
Modelo Rio
A Firjan considera fundamental o fortalecimento do hub aéreo internacional do Rio de Janeiro, com uma operação harmônica entre os aeroportos Santos Dumont (SDU) e do Galeão (GIG). Conforme estudo da federação, o SDU e GIG constituem um sistema multiaeroportos, atendendo a uma mesma região - a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ). Uma competição desenfreada entre ambos ocasiona perdas profundas para a economia fluminense, em especial para o transporte de cargas.
Conforme nota técnica da Firjan "Sistema Multiaeroportos do RJ", o Modelo Rio de integração entre os 2 terminais pode propiciar ao estado do RJ um acréscimo de 0,6% em seu PIB ao ano (R$ 4,5 bilhões).
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