As lições da pandemia da Covid-19 e a contribuição do setor empresarial para o avanço no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU foram o tema central do painel UN Global Compact Companies (Empresas do Pacto Global da ONU) da 6ª edição da reunião anual da Comunidade Global de Tecnologia Sustentável e Inovação (Global Sustainable Technology and Innovation Community – G-Stic, na sigla em inglês). O debate aconteceu nesta segunda-feira (13/2), na Expo Mag, na Cidade Nova, região central da capital fluminense, e foi mediado pelo gerente de Sustentabilidade da Firjan, Jorge Peron Mendes.

"As palavras solidariedade, cooperação e colaboração ganharam um novo significado e multiplicaram ações individuais e coletivas de financiamento com o foco na proteção à vida, saúde e qualidade de vida. Na Firjan, isso não foi diferente. Como signatária do Pacto Global, no âmbito do Programa Resiliência Produtiva, nós lideramos um conjunto de ações em três grandes frentes: construir propostas para o poder público, mobilizar empresas com soluções e gerar conteúdos e informações qualificadas não só para a indústria, mas também para a população”, iniciou Peron.

Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação do Ministério da Saúde, abordou os impactos e contribuições das empresas e destacou a necessidade da mudança do modelo de produção e consumo. "Saúde é desenvolvimento e não há dicotomia entre crescimento, inovação e sustentabilidade. É preciso criar novos espaços, não fazendo mais do mesmo", defendeu.

"No mundo, piorou muito a questão dos ODS nos últimos anos como efeito direto da pandemia. Contudo, chegamos em um momento que há um cenário para avançar nos Objetivos. Na COP15 (Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, em dezembro de 2022, no Canadá) parecia um momento similar, mas não era, as empresas não estavam no nível de hoje. A sociedade está cada vez mais atenta a avaliar os impactos negativos das empresas", pontuou Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil.

Gerente executiva de Responsabilidade Social da Petrobras, Rafaela Guedes Monteiro mostrou que a companhia procura entender a necessidade da sociedade, ao passo que Edson Carlos, presidente do Instituto Aegea, abordou o desafio de levar saneamento para áreas distantes e vulneráveis. Também presente, Francisco Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos da Klabin, finalizou o debate falando sobre os KODS, um conjunto de compromissos que norteiam a Agenda 2030 da empresa, com impacto direto em 14 dos 17 ODS.

Pela primeira vez nas Américas, o encontro prossegue até quarta-feira (15/2). A Firjan faz parte da programação do evento com palestras que reforçam seu compromisso com a sustentabilidade. Participaram do primeiro dia do evento Paulo Roberto Furio, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento dos Institutos Firjan SENAI; Carla Giordano, gerente regional de Pesquisa e Serviços Tecnológicos da Firjan SENAI SESI; e demais colaboradores da área de tecnologia e inovação da federação. 

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