A possibilidade de futuras parcerias entre a Firjan, a Fiocruz e o Instituto Pasteur Paris foi discutida no evento “Pesquisa Científica e Parcerias Industriais: Inovação e Tecnologia”, realizado em 13/04, na Casa Firjan, com representantes franceses, da comunidade científica brasileira, de indústrias fluminenses e de startups. A mediação foi conduzida por Nacer Boubenna, adido científico da Embaixada da França no Brasil.
“Foi em parceria com a Fiocruz que, em outubro do ano passado, entregamos uma relevante contribuição para o Complexo Industrial da Saúde do Rio de Janeiro. Inauguramos o Laboratório de Biologia Molecular, que conta com um espaço de biossegurança nível 3 capaz de apoiar pesquisas de medicamentos, vacinas e insumos, inclusive para novas doenças emergentes. Essa iniciativa reforça a relevância da participação da Firjan SENAI SESI no apoio das pequenas, médias e grandes empresas do setor”, avaliou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, durante a abertura do evento.
Na ocasião, houve a apresentação do modelo de inovação do Instituto Pasteur Paris e do sistema de transferência de tecnologia do Instituto e as oportunidades para cooperação e o desenvolvimento de parcerias industriais entre a França e o Rio de Janeiro em pesquisa aplicada, inovação, soluções e produtos na área de saúde.
“Nossa missão é promover a descoberta e a inovação, fomentando novos projetos de pesquisa e facilitando a transferência de tecnologias, sempre em benefício da sociedade. Dessa forma, trabalhamos com três eixos: aceleração de produtos, educação e estratégia”, explicou Isabelle Buckle, vice-presidente executiva de Transferência de Tecnologia e Parceria Industrial do Instituto Pasteur.
Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, agradeceu à Embaixada da França pela correalização com a Firjan desse encontro: “Nossa visão é que o complexo econômico industrial de saúde precisa fortalecer os laços entre a pesquisa científica, a inovação, a tecnologia e o setor produtivo do nosso país. Nossa instituição e o Instituto Pasteur foram criados para responder a grandes desafios de saúde pública. Os desafios hoje são imensos, por isso o trabalho precisa se intensificar. Precisamos fazer chegar os resultados da pesquisa à sociedade e a relação com o setor industrial constitui parte vital desse esforço”.
“Gostaríamos de trabalhar, através de parceria entre as instituições presentes, para que façamos um investimento consciente e eficiente e consigamos resolver o problema da saúde pública”, afirmou Rodrigo Correa, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz.
André Totino, diretor de Assuntos Governamentais da Sanofi, ressaltou a importância da cooperação com os institutos de pesquisa: “A excelência de institutos como o Pasteur e a parceria com outras instituições de grande excelência tende a fomentar a importância e a qualidade da ciência. Isso contamina positivamente empresas de capacidades industriais que buscam continuar cooperando e aprimorando a forma como se relacionam com os objetivos de saúde pública”, disse.
A Firjan SENAI participa de projetos de inovação com unidades e infraestrutura em todo o país. “Desde 2007 temos um trabalho que foi intensificado a partir da mobilização empresarial para a inovação, criando uma rede de institutos para que pudéssemos apoiar a indústria e contribuir de forma bem estruturada para o desenvolvimento tecnológico. Temos muito a aprender com o modelo do Instituto Pasteur e temos em comum vários modelos de colaboração. Portanto, são diversas possibilidades de cooperação técnica”, declarou Carla Giordano, gerente regional de Pesquisa e Serviços Tecnológicos da Firjan SENAI.
Visita de franceses
Nesta quinta (14/04), uma comissão do Instituto Pasteur Paris visitou o Laboratório de Biologia Molecular (Lab Biomol) do ISI Química Verde. Participaram Chlóe Rabiet, encarregada das Relações com as Américas e Europa, da diretoria internacional; e Alexandre Batch, chefe de Criação e Desenvolvimento de Startups. Foram recpecionados, na ocasião, por Paulo Roberto Furio, gerente de Tecnologia e Inovação dos Institutos SENAI de Tecnologia Ambiental e de Inovação em Química Verde; e por Antonio Augusto Fidalgo Neto, coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do ISI Química Verde.
